Encerrou-se na manhã deste sábado (6) o ciclo de oficinas do projeto Cerrado Academy: Metodologia Cerrado Basquete. As clínicas, como são chamadas as oficinas, foram idealizadas pela diretoria do Cerrado e reuniram durante quatro sábados (08/06, 25/06, 22/06 e 06/07) treinadores, instrutores dos núcleos sociais do clube e profissionais e estudantes de educação física, com o objetivo de compartilhar a filosofia do clube quanto à inicialização de atletas e o aperfeiçoamento nos fundamentos da modalidade.
A ideia inicial do projeto era promover as clínicas somente para a comissão de treinadores do Cerrado e dos núcleos sociais que o clube administra, buscando uma padronização do trabalho com os atletas em todas as áreas de atuação da equipe. No entanto, visando o crescimento e o desenvolvimento do esporte em Brasília, o presidente do clube, Dimitri Rodrigues, decidiu abrir as oficinas para professores e estudantes de educação física.
“A decisão de abrir as clínicas foi baseada no que a gente preza e acredita. Abrindo para estudantes de educação física, nós estamos atuando em um dos nossos propósitos, que é a massificação do basquete. A gente não quer criar uma metodologia que o Cerrado vai usar só em nossos atletas. Esses estudantes podem aplicar esse ensinamento em outros locais, e a gente vai estar formando, também, professores de basquete, pois é importante existir essa questão da renovação”, afirmou Dimitri.
Nos dois primeiros dias das clínicas, os treinadores do clube trabalharam com crianças até 14 anos, demonstrando como é feita a inicialização do jovem atleta no esporte. Já nos dois últimos dias, com o auxilio dos atletas da categoria sub-17, o trabalho foi feito demonstrando técnicas de aperfeiçoamento dos fundamentos da modalidade. De maneira muito interativa com o público presente, dúvidas eram esclarecidas e sugestões eram recebidas. A troca de experiências enriqueceu tanto o conhecimento de professores e alunos quanto dos técnicos e atletas.
Um dos professores presentes nas quatro oficinas, Renato Monteiro, 32, conta que a experiência do Cerrado Academy o ajudou a dar fôlego em um sonho antigo. Profissional da educação física há mais de 10 anos, ele pretende fundar um projeto para ensinar jovens a jogar basquete. “As clínicas foram muito importantes, pois na minha trajetória profissional eu tive muita dificuldade de conseguir conteúdo teórico para poder passar para os garotos. A falta de exercícios para trabalhar os fundamentos nas crianças de uma forma que elas gostem, inclusive adicionando alguma coisa lúdica, era o que estava fazendo falta, e a clínica me trouxe bastante conteúdo para suprir essa carência”, destacou Renato, muito satisfeito com conhecimento adquirido no projeto.
Dimitri ainda destacou que o projeto tem um viés muito maior do que só a formação de atletas e o desenvolvimento do esporte. Ele visa, também, fazer parte e abraçar a comunidade onde se está inserido o Basquete. “É importante abrir e mostrar nosso conhecimento, pois queremos que as pessoas venham participar, ajudem o projeto, contribuam… Então, quanto mais pessoas envolvidas, mais cresce a comunidade”.