No dia 18 de março foi realizada a derradeira rodada final da primeira fase do Campeonato Candango de 2020. As partidas decretaram os dois clubes rebaixados (Ceilandense e Paranoá), os oito classificados para as quartas de final e os dois eliminados da competição.

Apenas um jogo deixou de ser realizado: Gama x Real Brasília deveria ter sido realizado na semana seguinte, porém a determinação da CBF de parar todos os campeonatos se justificou com o advento da pandemia da COVID 19 (ou Coronavirus). Sem haver uma cura conhecida para a doença, a forma encontrada para combater a pandemia foi buscar o isolamento social a fim de evitar o contágio.

Mas o tempo foi passando, os números de contaminados e mortos só foram aumentando e o tão desejado retorno da bola aos gramados (que os otimistas previam voltar em um mês) acabou ficando cada vez mais distante.Ainda que o Coronavirus obrigará o planeta a mudar seu comportamento até que se descubra o seu antígeno, clubes, jogadores, dirigentes e torcedores sofrem com a ausência da bola rolando nos estádios.

CONSEQUÊNCIAS

A paralisação do futebol está gerando prejuízos inesperados para todos os clubes de futebol do mundo, mas em Brasília fica ainda mais desesperador para os oito clubes que permanecem na briga pelo título local. Exceto Gama e Brasiliense que disputam campeonatos nacionais, os demais clubes do Candangão fizeram seu planejamento visando o encerramento das atividades com futebol profissional no dia 25 deste mês, ou seja, no último sábado.

Então além de serem obrigados a continuarem a manter o seu quadro de funcionários, atletas, preparadores e estruturas de treinamento, ainda necessitarão renovar os contratos de seus jogadores a fim de se manterem na briga. Com futuro incerto, muitos jogadores deverão desembarcar de seus clubes atuais para outros que eventualmente tenham a promessa de seguir em atividade.

O tempo de contrato a ser renovado também é um mistério, já que a incerteza absoluta não permite adivinhar até quando o dirigente precisará contar com o atleta. Outro aspecto é fisiológico: ainda que os atletas se esforcem em manter a atividade física em suas residências, com certeza o preparo físico será prejudicado no retorno quando estes retornarem à competição.

SOLUÇÕES

Cientes de que a pandemia do Coronavirus ainda ficará um bom tempo entre nós, algumas federações procuram meios de que o futebol retorne às atividades da forma mais segura possível. Segundo matéria publicada pela CNN Brasil, a FERJ (Federação Estadual do Rio de Janeiro) elaborou juntamente com médicos dos clubes e uma comissão de sanitaristas e infectologistas o plano “Jogo Seguro”, que consiste em uma série de protocolos para tornar possível a realização de partidas de futebol.

Na proposta composta de doze páginas, todos os jogadores, comissão técnica e staff seriam submetidos a duas baterias de testes rápidos de COVID 19, uma a uma semana do jogo e outra a 72 horas antes da partida. Em caso de teste positivo, o indivíduo contaminado (sintomático ou não) seria obrigado a ficar 15 dias em isolamento social. Todos os casos seriam então comunicados à FERJ e também às autoridades de saúde.

Outros itens complementam a medida, como a não utilização dos vestiários, transporte individual para todos os envolvidos e com chegada em horários diferenciados para evitar aglomerações e cada atleta chegar uniformizado e ser responsável pela higiene de seu próprio material de jogo e treinos. A matéria completa pode ser visualizada aqui. Porém, o maior questionamento que é QUANDO as medidas poderão ser implementadas e os campeonatos voltem às atividades, ainda não há qualquer previsão.

O QUE DIZ A FEDERAÇÃO

Voltando ao cenário tupiniquim, a FFDF encerrará na próxima segunda-feira (4) as férias coletivas e assim retomará as atividades administrativas. Porém em comunicado expedido em seu site oficial, informou que não há qualquer tratativa local no sentido de retomar o campeonato local: “o futuro é incerto, pois dependemos da liberação de diversos órgãos do Governo, como a Secretaria de Esportes e de Saúde, por exemplo. Além do mais o MP precisa dar o seu ok também. Pois não adianta seguirmos em frente e depois sermos obrigados a parar” disse o presidente Daniel Vasconcelos.

O dirigente também alerta para o fato de ser obrigado a seguir as determinações da CBF e também lutar pelo objetivo maior que é o de poupar vidas: ” Vamos nos reunir e tomar uma decisão conjunta. Daí iremos avaliar quando devemos voltar com segurança, até porque estamos lidando com vidas. Não podemos correr riscos. Buscamos agora (as tratativas com entidades responsáveis), pois era necessário aguardar um posicionamento da CBF, que é a regente maior do nosso futebol” encerrou.

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