O início da temporada 2020 para o Luziânia foi bastante turbulento. Sem apoio da prefeitura, o então presidente Fábio Silva (Bola) pediu renúncia do cargo restando poucas semanas para o início do Candangão. Com isso, a Diretoria do clube precisou trabalhar contra o tempo para fechar uma parceria a fim de colocar o time em campo.

Passadas onze rodadas, a expectativa do clube que era de evitar o rebaixamento foi concretizada. E acabou premiada com a classificação garantida nas quartas de final, onde aguarda o jogo final entre Gama x Real Brasília para saber o seu adversário.

Porém a Pandemia paralisou o campeonato e colocou vários planos na “geladeira”. O Candangão que deveria ter sido encerrado no final de abril até o momento não tem prazo para ser retomado. E o time bicampeão candango de 2014 e 2016 ganhou mais uma preocupação: o final do mandato da atual diretoria que se encerra no dia 18 de Junho próximo.

Eleita em 2016, a chapa encabeçada por Ivan Thomazi tomou posse após a vitoriosa gestão de Daniel Vasconcelos à frente do Azulão. Porém Thomazi não conseguiu manter o time do entorno no nível competitivo que se esperava e um ano depois deixou o comando para Fábio Silva. Hoje o atual presidente é o segundo vice (José Egídio) e este já adiantou que não concorrerá à reeleição.

Segundo Valdiron Gonçalves, Presidente do Conselho Deliberativo do Luziânia, a data da eleição ainda não foi definida, mas deverá ocorrer em breve: “Devido essa pandemia não houve nenhuma reunião ainda para tratar de eleição, na atual da diretoria” afirmou. Mas um nome já surgiu para assumir a pasta. Trata-se de Wellington Martins, ex-vice presidente de Daniel Vasconcelos entre 2012 e 2015.

Martins começou como auxiliar de roupeiro no clube em 2001 e também foi treinador da categoria sub-20 em duas ocasiões. Trabalhou ainda como Supervisor de Futebol em 2017 e Auxiliar Técnico de João Paulo Rustiguel nas Categorias de Base. Segundo entrevista ao DF+, a parceria com o gestor Bruno Mesquita deverá mantida caso seja eleito: “O meu projeto é manter a parceria que o Luziânia tem hoje com o pessoal da ARUC, que é o Bruno Mesquita. E uma das coisas que eu quero fazer é montar uma Diretoria que irá trabalhar, não será só duas ou três pessoas que irão comandar o Luziânia. Terá um Diretor de Marketing que hoje o Luziânia não tem, já fizemos um convite e ficou de dar resposta. O Vice-presidente será atuante, a parte médica eu vou fazer o convite e ele será membro da Diretoria e será responsável pela área médica, eu se eleito for não irei mexer com parte financeira, será o Diretor Financeiro, são algumas coisas que já estão no projeto” disse.

As eleições municipais estão marcadas para novembro, mas o pré-candidato Wellington Martins espera que o novo prefeito siga apoiando o Azulão inclusive financeiramente: “O Luziânia está em uma fase em que ele está precisando do apoio público, porque o Luziânia não tem um marketing, uma fonte (de renda) que o permite andar sozinho. Mas a minha visão é que tenhamos um Diretor de Marketing para captar patrocínios para o Luziânia conseguir andar com suas próprias pernas, mas é lógico que o apoio (que vier) do próximo prefeito que for eleito será bem vindo. Porque o Luziânia precisa até mesmo dos espaços que vem utilizando hoje da prefeitura, que são os campos, o estádio para treinamento”.

Martins também rasgou elogios ao ex-presidente Daniel Vasconcelos, hoje presidente da Federação de Futebol do DF. Disse que também espera ser apoiado pelo ex-dirigente responsável por dois títulos locais do clube: “Essa questão do apoio do Daniel eu já conversei com ele sobre a minha intenção de ser pré-candidato, ele não colocou nenhum empecilho. Mas a gente precisa sentar, conversar porque um cara como o Daniel todos conhecem a índole dele, o carinho que as pessoas têm com ele, é um apoio que irá me ajudar muito. E eu aprendi muito com o Daniel, esse tempo em que eu estive trabalhando com ele no Luziânia e na Federação, é um exemplo para mim e até para a minha família” elogiou.

Para finalizar, Wellington Martins falou sobre o atual momento do Luziânia e o que espera para o restante do estadual deste ano: “O campeonato hoje está uma incógnita, né? Os times que estavam se sobressaindo terão que começar do zero agora, e o Luziânia por ter nome forte e ter sido bicampeão, mesmo sendo montado às pressas faltando dez ou sete dias antes de começar o campeonato – aliás a gente tem que dar os parabéns pelo trabalho que o Bruno (Mesquita) fez nesse ano no Luziânia, porque pegar um time que não tinha uma peça de jogador e com pouco tempo levar esse time a se classificar entre os oito e fazendo goleada nas rodadas finais da primeira fase, é um mérito muito grande, para o treinador e para equipe toda que está lá” ressaltou.