As saídas do goleiro reserva Rafael Copetti, do atacante Luquinhas e do volante Balotelli do Gama escancararam de vez as dificuldades financeiras por qual passa o atual campeão candango. Único invicto e primeiro clube a garantir classificação antecipada para as quartas de final do estadual, o clube ainda não planejou o retorno às atividades e corre o risco de perder mais atletas para a sequência do Candangão. Um deles é o zagueiro Gustavo Henrique, titular da zaga verde ao lado do veterano Emerson Silva.

Natural de Brasília, Gustavo Henrique tem 29 anos e já jogou no Náutico-PE, Botafogo-PB, Imperatriz-MA e Madureira-RJ. Curiosamente, o jogador foi titular do Gama nos seus dois últimos títulos conquistados (2015 e 2019). O jogador que possui a confiança do técnico Vilson Tadei estaria com salários atrasados e teria recebido sondagens de dois clubes para deixar o Gama: um Brasília e outro do Rio Grande do Sul.

Embora possua contrato em vigor com o Gama até o final da temporada, o atleta poderia sair de graça via judicial, como fizeram os seus antecessores. No entanto pesa à favor de sua permanência a identificação com a torcida com companheiros de clube. Por este motivo, o jogador ainda não abriu negociações com os clubes interessados em seu futebol.

Mais podem dar adeus

Em situação financeira delicada, a insatisfação dos atletas e funcionários do clube vem aumentando gradativamente internamente. Segundo fontes ouvidas pelo DF+, a maioria dos atletas promete não retornar às atividades caso a Diretoria do clube não realize o pagamento das folhas em atraso. Por outro lado, a Diretoria do Periquito promete quitar as pendências com um recurso vindo do exterior (Espanha). Só que a promessa já dura pelo menos dois meses e até agora os atletas não viram a cor do dinheiro.

Outra possível esperança do time é um eventual patrocínio do BRB. Um movimento provocado por torcedores do time, afrontados com o investimento feito pela entidade com o Flamengo-RJ, acabou gerando um encontro da Diretoria do Banco com representantes do futebol local, incluindo o presidente do Gama, Weber Magalhães. A promessa do banco era de oferecer um patrocínio aos clubes candangos afetados pela paralisação dos jogos durante a pandemia, mas até o momento itens importantes do possível acordo como valores e prazos não foram divulgados.