O Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) condenou a diretora do Brasiliense, Luiza Estevão, a se retratar publicamente e a pagar indenização ao árbitro Christiano Gayo Nascimento. Gayo foi o quarto árbitro no duelo do Jacaré contra o Paysandu na Copa do Brasil 2020, em fevereiro deste ano.

O jogo, válido pela primeira fase da Copa do Brasil, terminou em 1×1. Como o regulamento prevê classificação do visitante em caso de empate, o Papão da Curuzu avançou na competição. À época, Luiza ofendeu publicamente a arbitragem. O portal Metrópoles, que estampa sua marca em algumas camisas do clube, postou matéria acusando Christiano de ter comemorado a eliminação do Brasiliense nos vestiários. As ações levaram o árbitro a procurar a Justiça.

Em defesa, Luiza negou que praticou qualquer ato ilícito contra o árbitro. Disse ainda que o fato de ele ser pessoa pública o deixa exposto a críticas.

Mesmo assim, o 7º Juizado Especial Cível de Brasília condenou a diretora do Brasiliense a se retratar publicamente com Christiano Gayo em até cinco dias, e nas mesmas mídias sociais em que as ofensas foram publicadas. Luiza também terá de pagar R$ 7 mil, referentes à reparação por dano moral.

Ao decidir pela condenação, o juiz de Direito entendeu que houve abuso no direito de liberdade de expressão. Considerou que o fato de Luiza ser diretora do Brasiliense lhe dá “elevada notoriedade”, e as declarações em redes sociais “geram reflexos que devem ser levados em consideração”. As ofensas, na visão do magistrado, geraram prejuízos à honra e integridade do árbitro.

Luiza vai recorrer

A sentença cabe recurso. Ao DFSports+, a diretora do Brasiliense confirmou que pretende recorrer. Veja o pronunciamento na íntegra:

“Lamento a condenação e lamento ainda os ocorridos daquela partida. Respeito a decisão, mas claro, vamos recorrer. Afinal, não falei nada que já não havia sido exposto na imprensa. Infelizmente não tenho como corrigir injustiças passadas, apenas exercer meus direitos e seguir em frente com outras ambições.”