As Olimpíadas chegaram ao fim, mas para quem curtiu as madrugadas esportivas do outro lado do mundo, vem aí mais uma oportunidade. Na próxima terça (24), começam os Jogos Paralímpicos, onde o Brasil é uma das potências mundiais, e terá 260 atletas buscando medalhas – sendo 10 que moram ou nasceram no Distrito Federal.

Enquanto alguns atletas vão para a sua primeira Olimpíada, há quem já até conquistou medalha em outras edições, e também quem disputou os jogos como tenista e agora vai defender o Brasil e o DF no tiro com arco. Os Jogos Paralímpicos de Tóquio serão transmitidos pela Rede Globo, SporTV e BandSports.

Goalball Feminino – Ana Gabriely Brito, Jéssica Vitorino e Katia Silva
Foto: Divulgação

O Goalball é uma modalidade praticado por atletas que possuem deficiência visual, e tem como objetivo arremessar uma bola para acertar o gol adversário. Visando o primeiro pódio olímpico, a equipe feminina – que é a atual campeã do Parapan e bronze no último Mundial – conta com três atletas do DF, representando 50% das atletas convocadas, que são seis no total.

Ana Gabriely é uma das representantes nascidas no DF, mas que descobriu o Goalball no Rio de Janeiro. Ela é hoje atleta do Sesi/Suzano, onde já conquistou título brasileiro e também já foi campeã europeia atuando pelo Sporting, de Portugal.

Jéssica Vitorino que começou a praticar a modalidade em 2019, faz parte da Seleção Brasileira desde então, enquanto Katia Silva, mineira que mora no DF há sete anos, vai defender a amarelinha pela primeira vez. As atletas treinam juntas no Centro Olímpico e Paralímpico (COP) de São Sebastião.

Programação Goalball Feminino:

  • Dia 25/08 (05h30): Brasil x EUA
  • Dia 26/08 (21h) Brasil x Japão
  • Dia 28/08 (05h30) Turquia x Brasil
  • Dia 29/08 (21h) Brasil x Egito
Goalball Masculino – Leomon Moreno
Leomon e sua equipe medalhista nas Paralimpíadas de Londres. (Divulgação/Instagram)

Nascido no Riacho Fundo, Leomon Moreno tem 27 anos e é o craque da Seleção Brasileira de Goalball Masclunino, que é bicampeã olímpica. O atleta foi o primeiro atleta brasileiro na história deste esporte a representar um time estrangeiro, defendendo o Sporting-POR, e é considerado um dos jogadores mais vitoriosos na modalidade. Hoje ele atua no Santos Futebol Clube.

Programação Goalball Masculino:

  • Dia 24/08 (21h): Brasil x Lituânia
  • Dia 26/08 (01h15): Brasil x EUA
  • Dia 28/08 (21h): Brasil x Argélia
Atletismo (400m da Classe T13)- Rayane Soares
Rayane em um dos treinos no Japão. (Foto: Divulgação)

Com apenas 22 anos, Rayane foi campeã mundial e se credenciou para disputar dois anos depois sua primeira Paralimpíada. Ela, que tem menos de 50% de visão no olho direito, deu seus primeiros passos correndo em uma estrada de barro do Recanto das Emas, e vive hoje em São Paulo-SP. É uma das grandes esperanças de medalhas do Brasil no atletismo.

Programação:

  • Dia 02/09 (a partir das 19h)
  • Dia 03/09 (a partir das 19h): final
Atletismo masculino – Ariosvaldo Fernandes e Wendel de Souza (atleta-guia)

Ariosvaldo, mais conhecido com Parré, é um paraibano de Campina Grande que vive em Planaltina. Um dos mais experientes paratletas do DF, vai para a sua quarta Olimpíada, e coleciona 11 medalhas em Parapan-Americanos, além de uma em Mundial.

Parré treina no Centro Integrado de Educação Física (CIEF), na Asa Sul, e vai disputar os 100m e 200m da Classe T53, para quem tem comprometimento dos músculos abdominais e dorsais.

Programação:

  • Dia 31/08 (23h)
  • Dia 01/09 (7h30): final
Parré já em Tóquio. (Divulgação: Instagram)

Wendel de Souza é de Samambaia Sul, mas mora em São Paulo, e é guia de paratletas no atletismo, já tendo no seu currículo título mundial e também do Pan, além de ter conduzido Felipe Gomes a medalha de prata nos Jogos do Rio 2016.

Foto: Ale Cabral/CPB
Ciclismo/Handbike Paralímpico – Jady Malavazzi

Jady Malavazzi, 27 anos, é atleta do Mackenzie e vai para a sua segunda Paralimpíada em busca de um pódio inédito. Ela é dona de duas medalhas em Mundial, uma de prata e uma de bronze. Apesar de ter nascido no Paraná, Jady mora e treina no Lago Norte.

Jady se preparando em Tóquio. (Divulgação: Instagram)

Jady passou por diversos empecilhos para conseguir ir aos Jogos Paralímpicos. Com problema de saúde durante pandemia, a atleta teve que interromper os treinos em 2020, mas conseguiu retornar a tempo de se preparar. Além disso, passou por problemas financeiros, e teve que recorrer a uma rifa para conseguir atualizar a sua handbike.

Programação:

  • Dia 30/08 (20h): contrarrelógio
  • Dia 02/09 (00h20): prova de estrada
Natação – Wendell Belarmino
Wendell com uma de suas várias medalhas conquistadas. (Foto: Divulgação)

Com apenas 23 anos de idade, Wendell Belarmino vem tendo resultados excelentes no seu início de carreira. Em 2019, foram seis medalhas no Pan de Lima e três no Mundial de Londres, além de ter recebido o prêmio de Atleta Paralímpico brasileiro do ano de 2019.

Mesmo sem competir em 2020, Wendell recorreu a outros meios durante a pandemia para manter a rotina. Enquanto a UnB, que era seu local de treino, segue fechada, ele treina no Mackenzie, e nos últimos testes antes de embarcar para o Japão, Wendell conseguiu bater recordes.

Programação:

  • Dia 26/08 (21h): eliminatórias 50m livre
  • Dia 27/08 (05h): final 50m livre
  • Dia 29/08 (23h25): eliminatórias 200m medley
  • Dia 30/08 (05h): final 200m medley
  • Dia 30/08 (23h30): eliminatórias revezamento 4×100 livre misto
  • Dia 01/09 (05h): final revezamento 4×100 livre misto
  • Dia 02/09 (21h): eliminatórias 100m borboleta
  • Dia 03/08 (05h): final 100m borboleta
Tiro com arco – Rejane Cândida
Rejane com sua medalha no Pan. (Foto: Divulgação)

Rejane Cândida é uma paratleta histórica, pois foi a primeira atleta brasileira a competir pelo Brasil como tenista em cadeira de rodas e também fez história conquistando medalhas, mas ela acabou tendo um problema na coluna que a impossibilitou de conseguir continuar competindo como tenista.

Só que Rejane não parou por aí. Em setembro de 2020, ela pegou no arco pela primeira vez, foi para algumas competições, e já no início deste ano, veio a prata no Pan do México. Então, o Comitê Olímpico Brasileiro a convidou para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, dessa vez, em uma modalidade diferente.

Programação:

  • Dia 31/08 (a partir das 05h30)
Adestramento paraequestre – Sérgio Fróes
Sérgio Fróes com o bronze na Rio 2016 (Foto: Divulgação)

No mês passado, o medalhista olímpico Sérgio Fróes, 38 anos, foi convocado para a sua quarta Paralimpíada. O servidor do TDJFT pratica a modalidade há mais de 10 anos, e conquistou dois bronzes na Rio 2016, além de ter um título Mundial no seu currículo. Sérgio também já foi eleito o melhor atleta paralímpico de hipismo em 2014.

Programação:

  • Dia 27/08 (a partir das 04h00)

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