A temporada de futebol de 2021 chegou ao fim com o encerramento dos campeonatos de base da Federação de Futebol do Distrito Federal, onde o Real Brasília conquistou duas taças. Além delas, a equipe também levantou os troféus do Candangão Feminino e do Candanguinho Sub-20.

Então, após quatro taças conquistadas, o presidente Belmonte falou com a imprensa sobre a temporada que passou e também das expectativas para a próxima temporada, quando terá pela frente uma Copinha e mais uma elite do Brasileirão Feminino, além dos estaduais.

Atualmente existem mais de 40 jogadores nascidos no DF que atuam em clubes de ponta do Brasil e do mundo, mas que não passaram por clubes da capital federal, já que aqui não tem uma tradição de formar jogadores. Pensando nisso, Belmonte decidiu ajudar na formação desses jovens atletas, e para isso, começou a investir na base, já sendo campeão do Sub-15, Sub-17 e do Sub-20.

O que nós queremos é colocar o DF como celeiro, falar que tal atleta veio do Real Brasília e todo mundo vai entender.

Belmonte, presidente do Real Brasília

Sobre a receita para ser forte na base e conquistar os títulos, Belmonte foi direto: “seriedade, escolha das pessoas certas para trabalhar, boa estratégia e estrutura física. Não é só dar uma bola e mandar o menino correr em campo, é necessário um acompanhamento”, completou.

Foto: Júlio César Silva

O trabalho feito com jovens atletas já gerou resultados fora de Brasília, com Kaio Nunes, que estava emprestado à Chapecoense nessa última edição do Brasileirão, e Davi Araújo, que estava no Botafogo.

A escolinha de futebol do Real Brasília começa a partir do Sub-7, e atualmente os treinos são no CT do clube, no Park Way, mas os planos de expansão já estão em andamento, e o objetivo da equipe é abrir aulas na Vila Planalto, Ceilândia e outras cidades, instalando a metodologia de trabalho desde a base até o profissional.

Parceria com o Flamengo

O trabalho de formar novos talentos estava sendo tão bem desenvolvido, que outro clube apareceu na jogada: o Flamengo-RJ. O clube carioca fez uma parceria com o Leão do Planalto em busca de captação de atletas. “É um ótimo reconhecimento, sinal de que estamos fazendo o trabalho certo”, afirmou Belmonte.

Ainda segundo o presidente, neste primeiro momento, o benefício não é financeiro, mas é feito para abrir portas para os jogadores e para o clube, que começa a ser visado em outros lugares.

Futebol Feminino

Foto: Júlio César Silva

O futebol feminino foi outro motivo de orgulho para o Real Brasília nesta temporada. O time fez sua estreia na elite do Brasileirão, e chegou a estar nas primeiras colocações, mas terminou na 10ª colocação após sofrer com diversas lesões no elenco.

Apesar de contar com algumas atletas que já sabiam o que era disputar a Série A1, a equipe não tinha experiência, não sabia sobre a logística técnica, mas mesmo assim, montou um time de qualidade. “Começamos o campeonato muito bem, mas perdemos Sassá e outras atletas por lesão, e então percebemos que não tínhamos peças de reposição, caímos de produção, empatamos jogos que dava pra ganhar. É isso que vamos mudar para este ano”, complementou Belmonte.

Sobre o elenco, o presidente do Real Brasília afirmou que tem cerca de 30 jogadoras, praticamente dois times do mesmo nível. Desde o Candangão, oito jogadoras à nível de titularidade chegaram, com passagens por grandes times do Brasil, pela Europa e pela Seleção Brasileira.

Após conquistar mais um título do Candangão Feminino, o Real Brasília se reapresentou nesta segunda-feira (13) para começar a preparação para a Supercopa, primeira competição de 2022. Duas atletas que estavam no Minas Brasília agora vestirão a camisa das Leoas do Planalto, e o presidente afirmou que ainda busca pelo menos uma zagueira.

A hegemonia é Real, ganhamos três anos e queremos ganhar mais três.

Belmonte

Futebol masculino

Se na base e no futebol feminino o ano foi excelente para o Real Brasília, no masculino as coisas foram bem diferentes. Com um formato em que dentre os seis de cada grupo, quatro se classificavam para as quartas de final e os outros dois eram rebaixados, a equipe ficou no pelotão de baixo, e terá que jogar a Segundinha no ano que vem.

Sobre isso, Belmonte falou sobre polêmicas envolvendo aliciamento de jogadores. “Nossa experiência não foi muito agradável no profissional masculino. Montamos um time com jogadores experientes, temos uma estrutura fantástica, na pré-temporada vencemos todos os amistosos, mas nos jogos nada funcionada. Depois de um tempo, descobrimos que o Ministério público estava investigando aliciamento dos jogadores, e por isso, hoje somos mais rigorosos com quem vai vestir a camisa do Real”, completou.

Para a Segundinha, Belmonte afirmou que confia em seus jogadores, e por isso, utilizará aqueles jogadores que não forem negociados após a Copinha na competição. Além disso, vai trazer jogadores pontuais para completar o elenco.

Defelê

Sobre as informações recentes envolvendo o Defelê, Belmonte afirmou que nada de irregular foi feito no estádio. “Apenas restauramos o que já estava no local. Antes, era um local destinado ao tráfico de drogas, a gente reformou tudo, fez a recuperação do vestiário, da estrutura de arquibancada, e agora vamos restaurar a tribuna de imprensa”, completou.

Todas as obras do local são feitas após o pedido de autorização aos órgãos responsáveis. Além de reformas pontuais, a iluminação também será arrumada para receber os jogos da Supercopa e do Brasileirão Feminino.

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