Utilizando como sua principal arma o arremesso das linhas dos três pontos, com 20 bolas convertidas, o Cerrado foi superado, de uma maneira muito contestada, pelo Pinheiros na prorrogação. Entenda o caso
No jogo, após os primeiros três períodos, o Pinheiros vencia a partida. O Cerrado Basquete voltou para o quarto e último período arrasando e conseguiu a virada após a última cesta do atleta Ruan Miranda.
Essa última bola de Ruan daria o triunfo ao Cerrado. Porém, a arbitragem, interpretando de forma muito dura, penalizou a equipe com uma falta técnica. Motivo declarado: os atletas do banco de reserva tinham invadido a quadra antes do jogo ter chegado ao final.
Para entender o que aconteceu, é importante saber que não existe um normativo legal nas diretrizes do NBB a respeito da quantidade de casas decimais exigidas nos placares dos jogos (placar principal e de 24 segundos). Com o placar principal que contabiliza o tempo já estando totalmente zerado (0:00), que indica o término da partida, houve um travamento do placar de 24 segundos, parando em 00:05.
A arbitragem, de uma forma interpretativa e extremamente rígida, interferiu diretamente na vitória do Verdão do DF. Sob o argumento que os atletas teriam invadido a quadra para comemorar, aplicaram uma punição na equipe local.
“Isso ocorreu mesmo sabendo que o telão principal mostrava o tempo totalmente zerado, 0:00, como tempo da partida. Não levaram em consideração que o próprio técnico do Pinheiros também saiu da sua zona autorizada para pressionar a arbitragem pela falta técnica, e nesse caso não sendo punido no mesmo peso e medida”, revelou um representante da equipe.
Com essa oportunidade criada pela arbitragem, o Pinheiros cobrou e converteu o lance livre, levando assim a partida para a prorrogação e, ao final, venceu a partida pelo placar de 95 a 93.
Dessa forma, alguns atletas da equipe se sentiram injustiçados com a arbitragem. “Sem comentários, sem comentários. Nós veremos esse tipo de coisa novamente”, disse Antony Harris. Além disso, o jogador comenta que a euforia de ver o placar chegando cada vez mais perto e as esperanças crescendo não seria possível sem a defesa do plantel – que é o diferencial da equipe. “Estamos confiando no que o coach fala e Keyron (31 pontos) apenas mostrou o caminho para isso”, concluiu.
Harris é novo no Brasil e no NBB. O americano de 25 anos, apesar de ter surpreendido grande parte da torcida apaixonada pelo Verdão, diz que podia ter feito muito mais. Por isso, sinta-se à vontade para crer nele nos próximos jogos. “Eu não fui bem ontem para o tipo de jogador que sou. Confie em mim, quando digo que você vai ver jogos melhores”, garante.
A equipe continuará na capital federal para o jogo de sexta-feira (28/10) contra o Bauru, às 20h. A partida será interessante e poderá ajudar o Cerrado a subir na tabela.