Há 10 anos, o Estádio Mané Garrincha era inaugurado em uma final de Candangão

Foto: Valter Campano/Agência Brasília

Em 2013, após 1.027 dias de obras, o Estádio Nacional Mané Garrincha era inaugurado após ser reformado para a sua utilização na Copa das Confederações daquele mesmo ano e também na Copa do Mundo de 2014. Naquele 18 de maio de 2013, Brasília e Brasiliense decidiram o título do Candangão, que acabou terminando com o time amarelo.

Na época, foram investidos pelo dinheiro público cerca de R$ 1,2 bilhão para a reconstrução. Antes, o Mané contava com capacidade de 45.200 pessoas e após a reforma é capaz de confortar 72.788 pessoas, sendo o segundo maior do Brasil, atrás apenas do Maracanã (78.838). O Estádio perdeu a tradicional arquibancada geral, onde ficavam principalmente as torcidas organizadas, e ganhou bancos novos e vermelhos, além de uma arquitetura bem moderna que chama atenção por quem passa aos seus arredores.

A Arena foi motivo de orgulho para os brasilienses, mas alguns anos depois foram descobertos alguns escândalos de corrupção envolvendo a verba para construção. Apesar disso, o Estádio foi palco de grandes jogos e é um dos principais pontos turísticos da cidade.

Final do Candangão

Há 10 anos, o pontapé inicial do primeiro jogo do novo Mané era dado por Dilma Roussef, presidente na época e acompanhada do então governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Antes do jogo começar, a cantora histórica e viúva de Garrincha, Elza Soares, entoou o hino nacional. Com a bola rolando, o Brasiliense levou a melhor. O Jacaré havia vencido o jogo de ida por 1 a 0 e a festa foi feita naquela tarde sábado com o placar de 3 a 0.

O primeiro gol da Arena foi do lateral Jonathan Bocão, logo depois o atacante Washington fez o segundo. Para selar de vez o título, Romarinho saiu do banco de reservas para fazer 3 a 0 e fez seu pai, o ex-artilheiro Romário se emocionar nas arquibancadas. Cerca de 22 mil pessoas viram o título do Brasiliense.

Fora do Estádio, muitas pessoas reclamaram pelo fato de poucos ingressos terem sido distribuídos. Como aconteceu muito no ano de 2013 e 2014, várias pessoas também protestaram pelo valor de mais de R$ 1 bilhão investido.

Como está o Mané hoje

Após o fim da Copa do Mundo, o Estádio acabou ganhando a alcunha de “Elefante Branco” pelo fato de ser pouco utilizado. Muitos jogos de times de fora, principalmente cariocas e paulistas, foram trazidos durante esse período. Até mesmo alguns jogos das Olimpíadas de 2016 foram realizados no Estádio.

Em 2020, o GDF fechou com o consórcio Arena BSB, que hoje administra o Mané Garrincha. A empresa fez algumas mudanças de funcionamento dentro e ao redor do estádio. Bar, mercado, casa de shows e até mesmo uma academia de crossfit funcionam hoje no local que conta com estacionamento privativo.

Em 2021, o Banco de Brasília (BRB) fechou para o seu nome ser utilizado na Arena por R$ 7,5 milhões. Com o retorno das atividades pós-pandemia, o BRB, em parceria com o grupo Metrópoles, trouxe diversos shows nacionais e internacionais, além de jogos da Copa do Brasil, Campeonato Carioca e Paulista. Pelo Candangão deste ano, Gama e Brasília mandaram alguns de seus jogos no gigante brasiliense.

Para o restante do ano, alguns shows estão marcados para serem realizados e alguns jogos do Brasileirão da Série A podem ser realizados no Mané Garrincha até o fim da temporada.

Receba as notícias no seu celular

Agora, você recebe todas as notícias direto no seu celular, para acompanhar tudo da palma da mão. Basta clicar neste link que você será direcionado para a nossa comunidade no WhatsApp.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *