Do Gama para os EUA: atleta conquista bolsa em universidade do Novo México

Foto: Agência Brasília

De 11 para 12 anos, Tyfane Martins começou a sua trajetória no Centro de Iniciação Desportiva (CID) do Gama. Hoje com seus 24 anos, a atleta está na New Mexico Junior College, universidade no Novo México, nos EUA. Através das suas ótimas performances, a brasiliense conquistou uma bolsa na instituição.

Tyfane é a prova que educação e esporte caminham juntos, pois seu primeiro contato com o atletismo foi fazendo testes no Centro Educacional (CED) 7 do Gama. Na época, o professor Ademir Francelino viu potencial na pequena corredora e a indicou para disputar a Olimgama, a maior competição esportiva de estudantes das redes públicas e privadas do Gama. “Nisso, são 12 anos na mão do professor Ademir, que foi a pessoa que me moldou como atleta e fez com que essas portas se abrissem para mim”, explicou Tyfane.

Além do CID, a atleta foi beneficiada por outro programa da Secretaria de Esportes e Lazer, o Compete Brasília, que beneficia atletas e paratletas de alto rendimento com a concessão de passagens aéreas ou terrestres.

Mesmo tão jovem, Tyfane já possui grandes marcas expressivas para a conquista da bolsa. Durante esses 12 anos no atletismo, ela foi campeã brasileira, sul-americana, recordista em todas as categorias do sub-16 ao sub-23 e também finalista do Troféu Brasil, que conta com participação de atletas olímpicos. A corredora acumula bons resultados nos 400m, 800m, 1500m e 3000m ao longo da carreira.

Vida nos EUA

De olho em um incentivo maior e no seu futuro, Tyfane pesquisou como conseguir bolsa em universidades americanas. A atleta contou que a estrutura oferecida no país também foi um grande diferencial no esporte de alto rendimento.

“A ideia de cursar em uma faculdade nos EUA foi por conta de uma estrutura que o Brasil ainda não nos oferece. No Brasil é difícil encontrar uma faculdade que dê bolsa 100%, com espaço amplo de treino, academia, fisioterapia. No Gama eu treinava em uma pista de barro, que também não era o tamanho oficial, o que contribuía para ter mais lesões”.
Tyfane Martins

Apesar da conquista da bolsa, Tyfane teve que arcar com os custos pré-viagem: passaporte, visto e passagem. Para cobrir o preço da traslado, teve que criar uma vaquinha virtual e conseguiu arrecadar o dinheiro necessário. “Meus pais me ajudaram bastante na questão financeira, a gente precisou fazer uma vaquinha e graças à Deus conseguimos cobrir tudo”, comemorou.

A atleta do Gama, que desembarcou em território norte-americano no dia 5 de agosto, está buscando se adaptar à uma cultura diferente e ainda vai escolher qual curso irá fazer. “Os primeiros dias estão sendo um pouco difíceis. A adaptação está sendo um pouco difícil porque é uma cultura muito diferente e eu não falo inglês fluente, apesar de já ter estudado. Mas, está sendo uma experiência muito boa e estou muito feliz. A oportunidade que eu estou tendo, poucos tem, já que a proporção é de 1 a cada 100 atletas selecionados para conseguir bolsa em uma faculdade”, afirmou Tyfane.

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