Com mais estádios abertos ao público, presença de torcedores aumenta no Candangão
O Candangão BRB 2024 vem dando amostras de que um dos fatores que dificultam o apelo popular ao nosso principal campeonato é sim o descaso com a estrutura dos estádios, que são predominantemente de posse do Governo do Distrito Federal, incluindo administrações e Secretaria de Esporte e Lazer do DF (SEL-DF). Uma simples avaliação pode confirmar tal análise. Tentaremos a seguir criar uma linha cronológica com o objetivo de mostrar com números o que se descreve acima.
Em 2023, o Candangão, que estava no seu segundo ano contando com o Naming Rights do Banco de Brasília – BRB, apresentou enormes dificuldades no quesito praças esportivas aptas a receber jogos de uma competição de Primeira Divisão. Uma das mais sentidas foi a ausência do Bezerrão (foto acima), danificado e parado desde 2020, quando o espaço foi utilizado com toda a razão como hospital de campanha, durante a pandemia da Covid-19. O problema foi a demora para a reforma, após a retirada do ponto de tratamento dos infectados.
Além disso, outros estádios, tais como o Abadião, o Serejão, entre outros, não podiam receber torcedores de ambos os times, sendo restrito apenas ao clube mandante. Isso sem contar que só tivemos o Rorizão, na Samambaia, e o Mané Garrincha, em duas oportunidades cada. Estádios JK e Defelê, que são geridos especificamente por Capital e Real Brasília, foram os mais acessíveis. Não se pode deixar de lembrar que o nosso vizinho Serra do Lago, em Luziânia, tornou-se casa das equipes candangas.
Memória do ano passado retomada, é válido também recordar que ao todo, durante os 51 jogos do Candangão BRB 2023, 26.467 torcedores acompanharam e puderam vibrar com seus times de coração nas arquibancadas. Entretanto, numa ainda pequena dose de sã consciência do poder público, torno a dizer, que são os proprietários de praticamente todos os estádios, apenas nas três primeiras rodadas do Candangão BRB 2024 o número de expectadores in loco já alcançou a metade do anterior, com 13.397 pessoas nas dependências dos locais das partidas.
Porque escrevo sobre lapso de sã consciência do poder público? Ora, se os espaços são públicos, ou seja, de posse do Governo do Distrito Federal – GDF, e os órgãos que avaliam, fiscalizam e liberam, ou não, os laudos de segurança, também são governamentais, bastava uma força-tarefa efetiva para se concluir o que é minimamente necessário para a abertura total dos estádios. Não é preciso queimar muitos neurônios para criar um mecanismo objetivando sanar todas as mazelas que ainda afastam o torcedor dos estádios.
Em tempo, a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), juntamente dos clubes, vêm fazendo a sua parte, profissionalizando-se cada vez mais. A casa maior do futebol no DF vem fomentando as suas competições, além de colocar a “casa em ordem”, pagando dívidas e reconstruindo a credibilidade no mercado, vide a manutenção do apoio do BRB por três anos consecutivos. Os times filiados, por sua vez, estão montando elencos fortes, estruturando seus organogramas de trabalho, entre outras diversas atividades, entre elas cuidam de casas (estádios) que originalmente não são suas. Alguns exemplos? JK (Capital), Serejão (Brasiliense), Abadião (Ceilândia), Rorizão (Samambaia), além do Defelê, que o Real Brasília remodelou e administra com bastante zelo.
Contudo, fica uma pergunta no ar. Até quando ficaremos reféns de estrutura física para, de uma vez por todas, podermos continuar em crescimento, contando inclusive com uma parte fundamental desse processo, o torcedor, verdadeiro patrimônio dos clubes de futebol?
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Vamos falar a verdade nua e crua! Esse aumento considerável de público no candnagão deste ano é razão da volta do Bezerrão. O Gama é que está fazendo a diferença! Os outros times do DF continuam como sempre, ou seja, levando meia dúzia de gatos pingados.
Gama e capital estão colocando muita gente nos estádio.
Concordo plenamente.
Desses 13 mil, 9 mil só do Gama no Bezerrão, ou seja fator Gama no Bezerrão foi preponderante. Agora, falta uma crítica mais contundente pela imprensa do DF ao Ibaneis, pelo abandono dos esporte local em detrimento do Flamengo, e à SSP que consegue fazer a segurança de qualquer clássico carioca mas não consegue fazer do clássico local!
Bom dia,vai entender parece que os torcedores dos times que vem de fora é mais importante que os torcedores, sendo a maioria daqui.
9 mil que nada , pode bota uns 11 mil .
O DF precisa construir novos torcedores nas escolas