Atletas do Distrito Federal nas Paralimpíadas Paris 2024

Foto: Ale Cabral/ CPB

Para quem já está com saudades dos jogos Olímpicos, vários esportes no decorrer do dia, belas histórias de superação e torcer para o Brasil, faltam poucos dias para matar essa saudade, dia 28 de agosto começam as Paralimpíadas Paris 2024, com disputas até o dia 08 de setembro.

Com 277 atletas, essa é a maior delegação do Brasil em uma edição dos Jogos disputada no exterior, sendo destes, 10 atletas nascidos no Distrito Federal, nas seguintes modalidades: tênis de mesa, natação, hipismo, goalball feminino e masculino, canoagem, badminton e atletismo.

TÊNIS DE MESA

Carla Maia é uma mesa-tenista do Distrito Federal que vai pela primeira vez participar de uma Paralimpíada como atleta. Repórter da TV Brasil, Carla já cobriu três edições dos Jogos Paralímpicos (Atenas 2004, Londres 2012 e Rio 2016). Foram 20 anos de dedicação ao esporte e, atualmente, a paratleta é a quinta do mundo na classe 1 e a número 18 no ranking conjunto das classes 1 e 2.

O tênis de mesa paralímpico é dividido em onze classes, sendo de 1 a 5 para cadeirantes, 6 a 10 para andantes e 11 para andantes com deficiência intelectual. Quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físico-motor do atleta.

NATAÇÃO

Wendel Belarmino | Foto: Miriam Jeske /CPB

Wendel Belarmino vai para sua segunda Paralimpíada. Em Tóquio 2020, o atleta ganhou três medalhas, sendo bronze nos 100m borboleta, prata no revezamento 4x100m livre 49 pontos e ouro no 50m livre, com o tempo de 26s03.

Devido a perda de visão gradativa, em 2019 Wendel foi reclassificado da S12 para a S11. A natação Paralímpica, é classificada em letras e números, sendo as letras o tipo de nado como S (nado livre, costas e borboleta), SB (nado peito) e SM (nado medley), e a numeração de acordo com o grau de comprometimento, de 1 a 10 atletas com limitações físico-motoras, 11 a 13 atletas com deficiência visual e 14 atletas com deficiência intelectual.

HIPISMO

Sérgio Oliva e a égua Coco Chanel | Foto: Cleber Mendes/MPIX/CPB

O servidor do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Sérgio Oliva, vai para a sua quinta participação em Paralimpíadas. Na edição Rio 2016, o atleta conquistou duas medalhas de bronze, na prova individual e livre, ambas no grau 1.  E para buscar mais essa conquista, sua parceira vai ser a égua Coco Chanel, que o acompanha nas competições internacionais desde 2016.

Assim como nas outras provas, o hipismo também tem sua classificação, sendo do Grau I ao Grau V, sendo da mais severa à de menos comprometimento.

GOALBALL

O goalball é um esporte desenvolvido exclusivamente para pessoas deficientes visuais. Cada equipe tem três jogadores titulares e três reservas. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O jogo acontece da seguinte maneira, são dois tempo de 12 minutos com 3 minutos de intervalo. O objetivo é que a bola entre no gol. Os arremessos devem ser rasteiros ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. Para que os jogadores saibam a direção da bola, ela tem um guizo no interior e, por isso, enquanto a bola tá rolando, não pode haver barulho no ginásio.

O Distrito Federal será representado por quatro atletas nessa modalidade, sendo dois na equipe masculina e duas na equipe feminina. André Botelho Dantas, conheceu o esporte em 2009, em jogos escolares. Este ano, participa da sua primeira Paralimpíada em busca de trazer novamente a medalha de ouro para o Brasil. Falando em medalhista, também está na equipe o atleta Leomon, nascido em Brasília, indo para sua quarta participação. O jogador já conquistou 3 medalhas, sendo prata em Londres 2012, bronze no Rio 2016 e ouro em Tóquio 2020.

Leomon Moreno | Foto: Cris Mattos/CPB

Em busca de uma medalha inédita para a equipe feminina, a jogadora Ana Gabriely Brito, nascida em Brasília, conheceu o esporte no Rio de Janeiro. Em Tóquio, Ana participou da sua primeira Paralimpíada, quando a equipe não passou da primeira etapa. Atualmente, Ana joga pelo SESI. Outra atleta do DF é a Jessica Gomes, indo para sua segunda Paralimpíada, a jogadora também defende a camisa do SESI. 

BADMINTON

Badminton se tornou esporte Paralímpico pela primeira vez em Tóquio 2020. Nossa representante nessa mobilidade é Daniele Souza, que treina no Centro Olímpico e Paralímpico de Samambaia. Atualmente, a atleta é a 11ª no ranking da categoria simples WH1 e 8ª nas duplas femininas.

O Badminton Paralímpico é classificado como WH1 e WH2 (classes funcionais de cadeiras de rodas), SL3 e SL4 (classes funcionais de pessoas com deficiência nos membros inferiores que andam), SU 5 (classe funcional de pessoas com deficiência nos membros superiores) e SH6 (classes funcionais de baixa estatura).

CANOAGEM

Professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal, a atleta Aline Furtado será a representante do Distrito Federal na canoagem nos Jogos Paralímpicos. Aline iniciou recentemente a sua carreira no esporte, em 2021, após recomendações médicas. Atualmente a atleta treina três vezes ao dia, seis dias por semana.

A classificação na canoagem em KL1 (usa somente os braços na remada), KL2 (usa tronco e braços na remada) e KL3 (usa braços, tronco e pernas na remada).

ATLETISMO

E para finalizar, também temos um atleta-guia, Wendel Silva Souza, como guia de Daniel Mendes nos 400m. Wendel, nascido e criado na Samambaia, vai para a sua terceira Paralimpíada, como atleta-guia.

Por Sara Leite

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