Com a vantagem conquistada em casa, através da vitória por 1 x 0, no duelo de ida, o Brasiliense foi a cidade de Campina Grande-PB, na noite desta segunda-feira (25), finalizar o duelo contra o Campinense-PB e manter o sonho do acesso à Serie C do futebol brasileiro. Mesmo jogando pelo empate, a equipe amarela, que se deparou diante das péssimas condições de campo no estádio Amigão, segurou os donos da casa durante quase todo o jogo, mas acabou sofrendo um gol no final da partida, marcado por Denilson. Assim, como em 2014, acabou sendo eliminado da competição na decisão por pênaltis, travando mais uma vez o objetivo do acesso na fase de oitavas de final da Série D.
O jogo
Não foi uma partida bonita de se ver. O gramado do estádio Governador Ernani Sátyro, o “Amigão”, não estava bom. A grama estava alta e, curiosamente, molhada, sendo que não caiu chuva durante o dia do jogo. Para além da questão do péssimo gramado, as equipes pareciam estar sem ânimo para um duelo tão decisivo nesta segunda-feira. As jogadas de ataque não se convertiam e o setor ofensivo, de ambas as equipes, pouco assustou, consequentemente.
Os poucos torcedores do Jacaré torciam de um lado. Já os raposeiros, que compareceram em um bom número, torciam do outro, incitando gritos de cobrança, como quem esperava ver mais em campo. Porém, o primeiro tempo acabou não reservando fortes emoções e terminou zerado no placar.
Na volta para o segundo tempo, a postura das equipes mudou. Querendo a classificação, o time da Raposa tentava aparecer mais, criando oportunidades pelas pontas e abusando da infiltração na defesa do Jacaré, que mesmo com um time experiente, tentava criar algumas boas oportunidades aproveitando os erros do Rubro-Negro.
Os cartões foram surgindo na medida em que o marcador apontava que o fim do jogo estava próximo. Uma falta daqui, outra dali, indicava que, com o passar do tempo, o Brasiliense levaria a classificação no tempo normal, tendo em vista que o placar em 0 x 0 era favorável à equipe candanga.
Tudo ia muito tranquilo para os comandados por Aílton Ferraz, até o goleiro reserva do Campinense, Delone, ser expulso aos 40 minutos do segundo tempo, deixando os nervos mais aflorados nos instantes finais. Foi justamente daí que Denilson viu a oportunidade de mudar o que todos já achavam que era realidade. Após uma excelente jogada pela direita, o jogador rubro-negro se antecipou à marcação do zagueiro Lúcio e, de letra, mandou para o fundo da rede aos 44′, delirando o torcedor que estava presente no Amigão. O gol gerou um mix de sensações entre quem estava no gramado, pois estava a caminho as tão temidas cobranças de pênaltis.
Decisão de pênaltis equilibrada, mas quem levou a melhor foi o Campinense
Ao término da partida, exaustão entre os atletas de ambos os times. A situação do gramado fez dos jogadores explorarem em dobro a parte física, fator que poderia comprometer até a batida dos pênaltis. Porém, após o tempo de descanso passado, Ailton Ferraz escolheu seus cinco batedores: Felipe Cirne, Gabriel, Tartá, Wellington Saci e Nunes.
Com o início da decisão, todos os atletas escolhidos foram acertando suas cobranças, até chegar a vez de Tartá, que bateu forte, tentando deslocar o arqueiro adversário, mas acabou acertando a trave. Mesmo com o restante dos jogadores candangos convertendo, na última batida do Campinense, feita por Eduardo, de cavadinha, foi fatal e sacramentou a eliminação do Jacaré mais uma vez da Série D, em uma decisão por pênaltis.
Ailton Ferraz sobre os pênaltis: “É uma loteria”
Para o treinador candango, Aílton Ferraz, o esperado era que a equipe do Campinense criasse mais. Porém, ainda assim, o seu time sobre conduziu bem a partida. Ainda segundo o técnico, alguns fatores interferiram durante o jogo, como a saída de Morais, que vinha de lesão, assim como Erick Flores. “Numa bobeira eles encontraram o gol. Faltou a nós um controle melhor de posse de bola. Sobre o pênalti, eles bateram bem. É uma loteria. O Tartá teve uma infelicidade e eles passaram. A gente Jamais imaginaria isso pelo retrospecto que tínhamos fora de casa, mas futebol é assim”, desabafou.
Agora, com a eliminação, o Brasiliense encerra seu calendário em 2018. A diretoria da equipe irá se planejar novamente, para, provavelmente a partir de novembro, começar a preparação para a temporada 2019, onde a equipe, que já está garantida no Campeonato Brasieliro da Série D 2019, terá Copa Verde e Copa do Brasil para disputar.
FICHA TÉCNICA
CAMPINENSE-PB 1 (5) x (4) 0 BRASILIENSE
Campeonato Brasileiro da Série D 2018 – oitavas de final – volta
Estádio Amigão, Campina Grande-PB
Segunda-feira, 25/06/2018 – 21h15
Público: 5.194 pagantes
Renda: R$ 85.540,00
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima – RS
A1: Leirson Martins – RS
A2: André Bittencourt – RS
4º árbitro: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro – RN
Analista de campo: José Nilman de Lima – RN
CAMPINENSE-PB
Jeferson; Alex Murici, Rafael Jansen, William Goiano, Zeca; Felipe Macena, Gustavo Henrique (Denilson), Jackinha (Marcelinho), Thiago Potiguar (Marcinho); Eduardo e Danilo Bala.
Técnico: Ruy Scarpino.
Gol: Denilson (44’ – 2º T)
Cartões amarelos: Marcinho, Alex Murici e Denilson.
Cartão vermelho: Delone.
BRASILIENSE
Edmar Sucuri; Gabriel, Lúcio, Preto Costa e Wellington Saci; Tiago Pedra, Érick Flores(Filipe Cirne), Radamés, Morais(Tarta); Nunes e Peninha (Welton).
Técnico: Ailton Ferraz.
Cartões amarelos: Edmar Sucuri, Preto Costa e Radamés.
Cartão vermelho: não houve.
Por Geovanna Teixeira, de Campina Grande-PB, especial para o DF Sports