Em 2017, o CFZ entrou na disputa da Segunda Divisão de forma discreta, sem muito alarde, e quase conseguiu o acesso. Na ocasião, a equipe também enfrentava dificuldades financeiras para montar seu elenco. Mesmo assim, com um pequeno investimento, a equipe levou a campo jovens de muita qualidade e conseguiu o empréstimo do volante Baiano, junto ao Real F. C. Além dele, Carlyle, ex-Brasiliense e Flamengo-RJ, ajudou a dar o tom da equipe. No ataque, Anjinho, hoje no Taguatinga, teve a missão de marcar gols.

E aquele grupo, com pouco investimento e desacreditado, chegou até às semifinais da competição, tendo sido eliminado para o Bolamense (que viria a ser campeão) num placar agregado de 2 x 1. Isso, depois de eliminar o Brazlândia, que tinha o elenco mais forte da competição (pelo menos no papel), ainda na fase de grupos.

Um ano se passou, mas os problemas continuaram os mesmos. A falta de aporte financeiro fez com que a diretoria tomasse uma atitude drástica para poder disputar o campeonato. Optou por mandar a campo uma equipe com média de idade inferior a 20 anos, com vários atletas nascidos já a partir dos anos 2000. O resultado, é claro, não poderia ser outro. Terminou como a única equipe que não pontuou na competição, marcando apenas seis gols e sofrendo outros 27. Sim, 27 gols sofridos pelo jovem CFZ.

PONTO POSITIVO

Mas nem tudo é trágico na campanha do CFZ. Os meninos mostraram que têm capacidade de, futuramente, brilharem no futebol candango, apesar dos maus resultados. Isso porque, contra Taguatinga e Capital, dois semi-finalistas, o CFZ chegou a abrir o placar das partidas, mas cedeu a virada no decorrer dos minutos. Isso, claro, se dá pela falta de experiência de juventude do grupo. Porém, caso a diretoria dê sequência ao grupo de atletas, como fez o Legião e Capital, num futuro próximo, o time poderá volta a brigar por uma vaga na Primeira Divisão.

PONTO NEGATIVO

Porém, mesmo em um elenco de jovens muito talentosos, é preciso ter experiência. Dois ou três expoentes técnicos e já rodados, para ajudar os garotos a atingirem seu potencial e controlar a ansiedade natural dos atletas mais novos. Esse ano, o grupo contou novamente com Carlyle, mas somente ele não bastou para dar equilíbrio ao CFZ dentro de campo. Para 2019, mesclar os talentosos jogadores de 2018, com alguns atletas mais experientes, pode ser a chave do sucesso do CFZ. Porém, é preciso que a diretoria comece a se planejar desde agora, para evitar novamente passar por tantas dificuldades financeiras.

CAMPANHA SEGUNDA DIVISÃO 2018

4 jogos / 0 vitórias / 0 empates / 4 derrotas / 6 gols pró / 27 gols contra

1ª Rodada – CFZ 2 x 5 Taguatinga
2ª Rodada – CFZ 0 x 7 Brazlândia
3ª Rodada – CFZ 3 x 10 Ceilandense
4ª Rodada – CFZ folgou
5ª Rodada – CFZ 1 x 5 Capital

Por Pedro Breganholi

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