Árbitra representará o DF em competição nacional de Judô
No próximo final de semana começará, no Rio de Janeiro, a Seletiva Nacional Sub-13 e Sub-15, e também o Campeonato Brasileiro Sub-18 de Judô, em lutas que acontecerão na Arena de Deodoro, conhecida também como Arena da Juventude. Mas além dos atletas que irão representar o Distrito Federal, a capital também estará representada na arbitragem por Lilian Negreiros, que mesmo com apenas 43 anos, é uma das mais experientes no DF e aspirante a continental.
Lilian nasceu no Rio Grande de Norte e, apesar de ser comum no judô ter referenciais familiares, em sua família não havia ninguém que já tivesse lutado em nenhuma modalidade. Apesar disso, desde criança ela gostava das lutas e queria praticar, mas acabava sofrendo com o preconceito e o machismo da época.
Aos 10 anos, veio a sua primeira experiencia no mundo das lutas, quando iniciou no karatê, onde ficou treinando e lutando por dois anos. Em 1992 ela finalmente conheceu o judô, de onde não saiu mais. O chamado veio de um antigo professor de educação física, que a convidou para fazer aulas experimentais da modalidade. Com mais competições, ela decidiu seguir como atleta do judô e deixar o karatê de lado um ano depois.
Como atleta ela se destacava, sempre ganhando medalhas nas competições que disputava, sejam as escolares, estaduais, ou algumas competições que aconteciam em outros estados. Em 2000 veio a decisão que mudou o rumo da sua carreira: ela acabou tendo que desistir das lutas pois o estudo e o trabalho não a permitiam conciliar com o esporte. Na época, ela estudava jornalismo, e já trabalhava como agente socioeducativa no regime de escala 12x48h, o que acabava minando seu tempo para os treinamentos.
Mas mesmo não treinando mais, ela já iniciava na arbitragem, atuando em competições menores, também inspirada pelo seu antigo professor que a levou ao judô, o Sensei Fábio Romano. Ela ainda tentou voltar a competir como atleta, mas já com três filhos pequenos, viu que seria complicado, e mesmo tendo iniciado sua filha mais velha na modalidade, que na época tinha 3 anos, ela resolveu seguir apenas como árbitra e passou a se dedicar para isso.
Lilian estudou as mudanças do esporte, principalmente na parte tecnológica, quando houve a inserção do vídeo retardo, que é o VAR do judô, os placares eletrônicos e também a inovação de se usar rádio comunicadores durante as lutas.
Graduação
Atualmente, Lilian é uma aspirante a continental, que é a última etapa para um árbitro de judô aqui no Brasil. As etapas começam dentro dos estados, com a graduação Regional e a Estadual, na sequencia, passam a fase nacional, que vai de nacional C até o nacional A, e só ai, na sequência, passa a ser um aspirante a continental. Já a nível nacional, as graduações são FIJ B, que é a do continente, e a FIJ A, que é a credencial mundo.
A árbitra chegou em Brasília há cinco anos, em 2018, quando o seu marido foi convidado para integrar a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), orgão a qual ela também integrou desde então, mudando em 2021 para o Ministério das Comunicações. Ela busca se especializar cada vez mais na área, chegou como nacional B e hoje, com as provas nacionais e também com os eventos que vem participando no DF, chegou na categoria máxima.
Lilian falou com exclusividade ao DF Esportes sobre a sua convocação para as competições e pela oportunidade recebida
Fico muito feliz pela oportunidade recebida, e com certeza vou me esforçar muito para poder representar da melhor forma possível a nossa federação e também o Distrito Federal. Sempre que tenho uma convocação como essas fico muito feliz. Sei que terei uma grande responsabilidade, mas estrou pronta para mais esse desafio na carreira.
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