Estevão Lopes, atleta paralímpico brasiliense, defenderá as cores da UnB nas Olímpiadas Biônicas, competição internacional que reunirá equipes que desenvolvem tecnologias para aperfeiçoar a reabilitação de pessoas com deficiências motoras.

Na competição, pessoas com alguma deficiência física competem entre si utilizando sistemas de tecnologias assistivas de última geração. O brasiliense, que é cadeirante, competirá nos dias 13 e 14 de novembro pedalando de forma remota, e terá 22 adversários de outros países. Todo o evento será transmitido ao vivo por meio de uma plataforma online.

As Olímpiadas Biônicas são organizadas pelo Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH Zürich), sediado em Zurique, na Suíça. O evento seria realizado no país europeu, mas devido a pandemia do novo coronavírus, foi redesenhado para preservar a saúde dos atletas. A primeira edição aconteceu em outubro de 2016.

O Cybathlon é a modalidade que Estevão Lopes competirá. Ela reúne as mais avançadas tecnologias em neuroengenharia, onde o atleta recebe uma pequena carga elétrica na perna e realiza movimentos involuntários, fazendo com que a bicicleta entre em movimento.

O evento

Ao todo, 70 equipes de 23 países competirão nos seus respectivos locais de origem. O Brasil será o único representante da América Latina. A equipe é a EMA (Empowering Mobility and Autonomy – Empoderando Mobilidade e Autonomia – na tradução literal), que é um grupo de pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) e possuí o multi medalhista na paraconagem, Estevão Lopes como atleta e piloto.

Estevão começou no esporte em 2012, no mesmo ano em que sofreu uma lesão medular, causada por uma bala perdida ao sair do aniversário de um amigo. Após receber a notícia de que ficaria paraplégico, o advogado percebeu que precisava se reinventar, e iniciou carreira também como atleta paraolímpico. Hoje, coleciona medalhas, e já que a Olimpiada de Tóquio foi adiada, segue com seus projetos de alto rendimento, como as Olímpiadas Biônicas.