Dando continuidade a série de audiências públicas com representantes de confederações olímpicas, a Comissão do Esporte da Câmara Federal realizou na terça-feira (2) outra discussão, desta vez, convidando as federações de basquetebol, futebol, handebol, rugby e voleibol.
Durante o evento, foram discutidas a atual estrutura de cada federação, os resultados recentes de cada uma e ainda feita uma projeção do futuro de todas as modalidades nos jogos olímpicos de Tóquio em 2020.
Estiveram presentes o Secretário da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), Carlos Roberto Fontenelle, representantes da Comissão de Atletas de Handebol, Jaime Torres e Duda Amorim (que participou via webconferência diretamente da Hungria), o Presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Ricardo Luiz de Souza, o Supervisor da Base da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Roberto Teixeira, a atleta de Rugby Beatriz Muhlbauer, o Superintendente Técnico da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), João Nogueira, o atleta de voleibol de praia, Oscar Brandão e o CEO da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Radamés Lattari.
Retrospecto
Dentre os esportes que foram discutidos, o voleibol é o que mais trouxe conquistas olímpicas para o Brasil até hoje. Desde os jogos de Los Angeles, em 1984, até a última olimpíada, o país subiu 23 vezes ao pódio, e só não trouxe nenhuma medalha nos jogos de Seul, em 1988.
Já o futebol vem em segundo lugar, com oito, sendo que a primeira e tão esperada medalha de ouro veio nas Olimpíadas Rio-2016.
O basquete trouxe, até hoje, cinco medalhas, mas desde os jogos de Sydney, na Austrália, em 2000, não chega a uma conquista.
Os atletas brasileiros de handebol e rugby nunca subiram ao pódio, porém, o handebol tem um título mundial.
Mais transparência
As confederações de basquete e handebol passaram recentemente por graves problemas após diversas denuncias de irregularidades e corrupção em gestões anteriores. Durante a audiência, o secretário Carlos Roberto tocou no assunto e explicou o que foi feito desde então.
“Nós chegamos a ser suspensos a nível internacional em 2016, e o que encontramos em 2017 foram muitas dívidas astronômicas e salários atrasados, além de vários processos civis e trabalhistas. Contratamos uma empresa internacional para auditar tudo e implementar programas de gestão e ética”, revela.
Refinanciamento das dívidas
Outro assunto discutido foi o refinanciamento das dívidas das confederações, que é proposto no Projeto de Lei (PL) 2832/19, de autoria da senadora Leila Barros (PSB-DF). Ele cria o Programa de Modernização da Gestão do Esporte Brasileiro (Proesp). O texto atualmente tramita no Senado
Próximas audiências
A Comissão do Esporte ainda pretende ouvir mais confederações de esportes olímpicos até o final do ano. A próxima audiência acontecerá no dia 15 de outubro, com federações dos novos esportes olímpicos: beisebol, escalada, karatê, surfe e skate. Já no dia 29 de outubro, serão ouvidas as confederações de ciclismo, hipismo, levantamento de peso, tiro com arco e tiro esportivo.