Os governos de Brasil e Japão assinaram, na tarde de hoje (10), dois memorandos para intensificar o intercâmbio esportivo entre os dois países. Parte do acordo diz respeito à inclusão do judô no currículo escolar do Brasil. Além disso, Brasil e Japão querem estimular a cooperação bilateral nas áreas de medidas antidoping, medicina esportiva e o engajamento de idosos e pessoas com deficiência no esporte.
Os documentos não trazem ações concretas, mas reforçam laços já estabelecidos entre os dois países e firmam intenções de aumentar, em breve, a parceria nesses campos. A visita de judocas brasileiros ao Japão e a vinda de mestres japoneses ao Brasil, para troca de experiências e difusão do esporte nas escolas brasileiras, já ocorre. Agora, ambos os países querem intensificar a prática.
“Trabalharemos para expandir a prática do judô entre as crianças em idade escolar. Acreditamos que o esporte é a melhor ferramenta de transformação da vida humana. Ele forma cidadãos e transforma realidades”, disse Décio Brasil, secretário Especial do Esporte, do Ministério da Cidadania.
O embaixador do Japão no Brasil, Akira Yamada, destacou o caráter educativo do judô. “Entre os muitos esportes, judô é muito importante para a nossa cooperação. Porque muitos judocas japoneses vieram ao Brasil ensinar judô aos brasileiros. E agora, o Brasil é um país forte no judô. O governo japonês está cooperando para que o governo brasileiro introduza o judô no currículo das escolas públicas porque através do judô podemos aprender disciplina, respeito. Tem um valor muito educativo”.
O embaixador Yamada celebrou a assinatura dos memorandos em um ano olímpico. O Japão se prepara para receber os jogos Olímpicos e Paralímpicos em Tóquio, a partir de 24 de julho. Para marcar a data, a embaixada japonesa divulgou vídeos com prefeitos de cidades vizinhas a Tóquio convidando os brasileiros a visitar o país e assistir, in loco, as competições.
A senadora Leila Barros (PSB-DF), ex-atleta de vôlei, e que já disputou três Olimpíadas, destacou a importância de investimento na prática esportiva entre os jovens e crianças. “Ser uma potência olímpica só será resultado do que fizermos na base. Temos que investir em alto rendimento sim, mas, acima de tudo, um trabalho lincado com a educação e cultura”.
Agência Brasil