Carta aberta de um amante do futebol do DF
O futebol do DF vem sofrendo com algumas restrições dos órgãos responsáveis por emitirem os laudos de liberação dos estádios. Algumas decisões são justas e outras bastante rigorosas. Essas sanções têm sido comuns, principalmente após o período da pandemia do Coronavírus. De fato, alguns estádios necessitam de ajustes, mas outros, mesmo passando por reformas, acabam não sendo liberados.
Na última rodada, o DF Esportes trouxe a informação de que apenas um jogo foi liberado para as duas torcidas: Ceilândia x Brasiliense. Quem esteve no Estádio Abadião para prestigiar, viu um espetáculo nas arquibancadas, como há algum tempo não se era visto, já que até as finais dos últimos anos acabaram sendo disputadas com torcida única. E um grande detalhe a pontuar, nenhum tumulto foi registrado nem antes, nem durante, tampouco após o grande jogo apresentado pelas duas equipes dentro das quatro linhas.
O Gato Preto e o Jacaré fizeram uma partida à altura da festa que foi feita dos dois lados. Com faixas, bandeiras, fumaças e cantos, o duelo lembrou tempos de outrora, quando os palcos dos jogos costumavam receber aficcionados dos dois clubes. É conhecido por todos que o futebol candango não vive o auge, como foi quando teve sucesso nacional. Mas, nas últimas temporadas tem tido um esforço grande de resgate da verdadeira identidade do futebol do DF, principalmente por parte da federação e boa parte dos seus clubes filiados.
Para que haja o retorno da cultura de arquibancada, as autoridades precisam falar uma língua só. A PMDF, a CBMDF, a Vigilância Sanitária e o GDF como um todo, precisam se aproximar mais dos clubes e da FFDF, para que as pendências sejam sanadas de uma vez por todas, para que os torcedores possam estar presentes, enriquecendo, assim, os jogos locais. Sem o apoio das arquibancadas, é impossível fazer futebol.
Capital x Gama no JK
Na última semana, uma grande polêmica foi a imposição das autoridades de que o Estádio JK poderia receber apenas a torcida do Capital, mandante do confronto contra o Gama. Mas, a torcida alviverde comprou ingressos e esteve presente mesmo assim. Assim como no Abadião, a atmosfera com a presença de apoiadores dos dois lados foi de um grande jogo, mesmo com a restrição da torcida do gamense.
Os fãs do Periquito foram prontamente identificados pela segurança privada, e colocados em um espaço à parte, com o intuito de zelar pela integridade física dos que ali estavam. As empresas que são contratadas, os torcedores e os times provaram que é possível sim comportar os dois lados. E é o que as autoridades públicas precisam também compreender. Jogos de torcida única acabam recebendo muitos apoiadores do time visitante, já que os responsáveis não deixam alternativa para aqueles que querem prestigiar o seu time do coração.
Vemos vários estádios ao redor do Brasil que apresentam condições inferiores e, mesmo assim, são vistas poucas restrições, de acordo com o bom senso de todos os envolvidos nos campeonatos deste esporte que não é apenas mas uma paixão do brasileiro, mas também é oficialmente um patrimônio cultural do nosso país. O que se pede pelos apaixonados pelo futebol candango é que todos, sem excesso, possam olhar com mais carinho nas decisões de liberação e que possam estar alinhados para entender e atender o interesse de todos.
Com a parte das autoridades sendo feita, fica a missão para os clubes colocarem preços acessíveis e que o público se esforce para comparecer, assim como são numerosos os jogos vindo de equipes de fora do DF.
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O atual inquilino do Palácio do Buriti não gosta do futebol do DF. Só se importa com o framengo, inclusive enchendo o clube carioca com o dinheiro do BRB. Não duvido nada se há ordem do governador para dificultar ao máximo o desenvolvimento do futebol daqui. Nuca vi tanta má vontade do GDF e afins!!! Não peço compreensão das autoridades locais, mas que, pelo menos, parem de prejudicar e atrapalhar!!!
A presença de público nos estadios de brasília já e pouca, com exceção do gama, e as autoridades ainda dificultam. Acredito que a federação tem sua parcela de culpa, pois deixa esses malditos laudos sempre para a ultima hora.
E o pior é que estas proibições de torcidas nos estádios, está trazendo um efeito danoso para o futebol candango. Mesmo quando é liberado, muita gente está deixando de ir aos estádios. com isso, cada ano os públicos são menores.
Na verdade dá a impressão de que a PM não quer é ter trabalho. Ou seja, só quer moleza, ficar só olhando, com todo o respeito que tenho pela corporação. Era também uma oportunidade de a corporação por em prática seus treinamentos, caso haja algum confronto. Seria mais uma espécie de treinamento prático, já que se trata, sempre, de públicos pequenos. Em vez de porem em prática um treinamento em situação real, seus comandantes preferem evitar uma oportunidade de se colocarem à prova em situação real.