O Campeonato Candango está previsto para começar somente no dia 26 de Janeiro, e o Ceilândia já iniciou o seu planejamento para fazer uma boa competição e voltar a lutar pelo título. No entanto, além das preocupações normais de todo dirigente com relação ao elenco e comissão técnica e pessoal de apoio, o Gato ganhou uma preocupação a mais: o estádio Abadião.

Assim como a maioria dos estádios do Distrito Federal, a casa do Ceilândia também sofre com o abandono por parte da Administração Regional da Cidade. O mato cresce nos arredores e as pragas começam a tomar conta do gramado. A pintura já está descascando e a sujeira toma conta das arquibancadas. Desta forma o DF Sports se dirigiu até o local à convite do vice-presidente do clube alvinegro Almir de Almeida para acompanhar o real estado do local que abrigou a decisão do título da série A2 do Brasileiro Feminino.

Para não depender da boa vontade do poder público, o dirigente do Ceilândia afirmou que o clube irá arcar com as despesas para colocar o estádio em condições de abrigar competições oficiais. A lista de benfeitorias é considerável: com relação ao gramado, é preciso cortar a grama até a raiz, combater as pragas, cobrir com areia, adubar e irrigar. Também é necessário roçar os arredores do estádio e retocar a pintura. E para atender as exigências do Estatuto do Torcedor, Almir pretende construir uma lanchonete e dois banheiros do lado da torcida visitante.

Vice-Presidente do Ceilândia Almir de Almeida iniciando os trabalhos de reforma do Abadião. Foto: Marcelo Gonçalo/DF Sports

O Vice-Presidente do Ceilândia estima que só para liberar o estádio irá gastar algo em torno de R$ 10 mil reais: “Cinco mil é só o custo do arquiteto que irá elaborar o projeto básico” afirma. O dirigente se ressente do uso político do estádio que é utilizado para outras competições, tais como futebol amador, futebol americano, infantil, juvenil, juniores, feminino e segunda divisão. De todos os clubes e categorias que utilizam o espaço, apenas o Minas Icesp se dispôs a ajudar nas despesas, já que pretende utilizar o local para mandar os seus jogos no Campeonato Brasileiro da Série A1 em 2019. O prazo estipulado para o término das obras é de 60 dias (dois meses).

Apesar das dificuldades, Almir de Almeida isenta a Administração Regional de Ceilândia sobre o eventual abandono do espaço: “Não é justo, mas temos que cuidar. Esse gramado aqui foi o Ceilândia que fez em 2005. A gente sabe que o governo está em dificuldades, está difícil para todo mundo. Espero que quem vier mandar seus jogos aqui (Abadião) ajude também a cobrir os custos” disse o dirigente que não quer que o Abadião passe a ser administrado pela Secretaria de Esportes por conta da burocracia.

Reforma

Almir ainda sonha com o dia que o Abadião receba verbas para transformar o acanhado estádio em uma arena no futuro. Segundo suas palavras, existe um projeto já aprovado para aumentar a capacidade do estádio dos atuas cinco mil para dez mil. O projeto abrange a construção de outra arquibancada no lado oposto ao da atual cabine de transmissão: “Existe o projeto que está na Novacap para aumentar a capacidade do Abadião. A emenda foi liberada pelo ex-deputado Policarpo, e autorizada pelo ex-governador Agnelo Queiroz. Porém a verba acabou sendo dirigida para outra função. O que nós recebemos e temos muito a agradecer foi uma emenda da Deputada Distrital Luzia de Paula que permitiu construir o sistema de irrigação” afirmou.

Com relação ao futuro, Almir de Almeida acredita que o governador eleito Ibaneis Rocha irá apoiar mais o esporte local do que o atual: “Acredito muito na fala do Ibaneis (Rocha) que irá desburocratizar os procedimentos. Já ajuda bastante” disse.

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *