Celso Teixeira fala sobre o novo desafio no Capital

Foto: Divulgação / Capital CF

Atual campeão do Candangão pelo Brasiliense, o técnico Celso Teixeira está de volta ao futebol do Distrito Federal. Paulista de 61 anos, o treinador saiu do Jacaré logo após a disputa da Série D, com a eliminação na segunda fase para o Nova Venécia-ES.

Celso estava no Itabaiana, de Sergipe, clube que ocupa a vice-liderança do estadual local. Agora, volta ao Candangão para comandar a recuperação do Capital, time que investiu bastante na formação da equipe, mas não vem conquistando resultados dentro de campo.

Buscando se recuperar, o Capital vai entrar em campo na sexta-feira (17), às 15h30, no JK. O adversário da vez é o Paranoá, em jogo válido pela 5ª rodada do Candangão.

Em conversa com a equipe do DF Esportes, Celso Teixeira falou sobre o novo trabalho no DF.

O senhor volta a Brasília após um título no ano passado, além de disputar a série D, pelo Brasiliense, qual a expectativa para esse novo desafio?

Eu estava no Nordeste, trabalhei muito lá, e queria ir mais para o sul do país. Então apareceu a oportunidade no Brasiliense, e eu acho que foi um grande trabalho. Conquistamos o título do campeonato estadual, posteriormente fizemos uma grande Série D. No mata-mata, tivemos aquela infelicidade de não passar. Voltei para o Nordeste, num clube onde fui campeão 10 anos atrás, e eles tinham uma grande expectativa, por isso a dificuldade da minha saída.

A gente não pensou duas vezes mesmo sabendo que aqui vai ter que recomeçar um trabalho. [Expectativa] por ter deixado lá uma equipe praticamente classificada, entre os quatro finalistas pela campanha que vem fazendo, e aqui nós temos que reverter esse quadro.

O senhor estava no Itabaiana-SE, um dos líderes da competição, o que o motivou a vir para o Capital?

O que motivou também, é saber que a equipe tem condições de reverter. Se eu olho pro plantel e vejo que não tem [condições], não tem dinheiro que me faria vir para cá. Com todo respeito que eu tenho aos adversários, eu não estou pensando em lutar pelo rebaixamento, sim eu estou pensando em chegar no topo.

Após algumas passagens pelo futebol candango, como o senhor enxerga o futebol do DF hoje?

Eu acho que o futebol de Brasília precisava ser um pouco mais valorizado em termos de divulgação mesmo, presença de público, até porque tem bons jogadores atuando aqui e a gente sabe que sempre é um campeonato muito difícil.

Sobre o elenco do Capital, o que vê de qualidades que podem ajudar na recuperação do time no campeonato?

É um time que a gente conhece 70%, mais ou menos, dos jogadores. Eu acho que isso facilita um pouquinho. É um plantel bem formado, não vem dando resultado dentro do campo, mas nós sabemos que podemos tirar mais desses jogadores e é com essa intenção que a gente vai trabalhar.

Eu vejo que ele está numa situação que ele não deveria estar. É lógico que se estivesse tudo certo, talvez eu não estaria chegando aqui pra tentar consertar alguma coisa. É um plantel que não condiz com a colocação que tem na tabela, com o futebol que eles podem apresentar. Vou exigir demais desses jogadores, porque eu tenho certeza que se for colocado em prática o potencial pelo qual eles foram contratados, que a gente conhece, nós vamos fazer a equipe subir de produção.

O senhor já assistiu os jogos do Capital no Candangão? Já tem uma ideia do que precisa ser corrigido para alcançar os resultados?

Nós temos um treinamento, mas eu não vou perder tempo. Até porque eu vim conhecendo alguns jogadores. A gente vai tirar proveito desse conhecimento que nós temos para ir montando uma equipe. Lógico que usar bastante daquilo que vinha sendo feito, mas eu não posso tardar em colocar em prática aquilo que eu penso numa equipe de futebol, ora trocando os jogadores, ora trocando a maneira de jogar.

Você vai me falar, “mas tem muito pouco tempo”. Justamente, eu vim sabendo que tem pouco tempo e a gente tem que solucionar o problema. Nós vamos usar todas as nossas armas pra solucionar o problema. Temos que mexer na equipe, mudar o esquema tático, se for necessário, trabalhar em cima daquilo que nós conhecemos e temos convicção.

Tem acompanhado o Candangão? Como analisa o nível da competição neste ano?

A gente vem sim acompanhando, porque quando a gente sai de um estado, e sabe mais ou menos como funciona, que tem boas equipes aqui, grandes jogadores, mesmo estando em outras equipes a gente acompanha esses atletas, para ficar bem informado e ver o nível da competição. Sabemos que uma hora podemos voltar a trabalhar em algum clube, ou no mesmo clube… Eu estou acompanhando sim e, nas últimas horas que nós também estreitamos as negociações, nós procuramos tirar maiores informações, não só do nosso time, como também das equipes adversárias, assistindo dois, três jogos.

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