O DF e o Entorno sofrem com a falta de incentivo financeiro para o esporte, mesmo assim, novos talentos não param de surgir, como é o caso do garoto João Víctor, ou mais carinhosamente chamado de Joãozinho, que tem apenas 6 anos de idade e é um dos jovens que fazem parte do Projeto Arcanjo, projeto social de Santo Antônio do Descoberto.

Com quase 7 anos, Joãozinho tem um currículo de gente grande, já tendo conquistado títulos nacionais e internacionais em sua categoria no jiu-jitsu, entre eles, o Campeonato Brasiliense, Copa do Brasil, Brasileiro e até uma etapa de Abu Dhabi.

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Quem vê o garotinho sempre no primeiro lugar do pódio nem imagina o esforço e as dificuldades para conseguir alcançar resultados. Quem nos conta um pouco da trajetória é Apoliano, seu pai e também treinador, que desde cedo incentivou o filho a dar os primeiros passos no tatame.

“Eu adaptei a minha casa com tatame, saco de pancada e corda naval, não só para o jiu-jitsu, mas também para desenvolver coordenação motora, desde quando Joãozinho era bem novo.” contou Apoliano, que também é diretor de artes marciais do Projeto Arcanjo.

Joãozinho e seu pai Apoliano (Foto: Arquivo pessoal)

O pai conta que João também é praticante de judô, mas apesar dessa veia presente nas artes marciais, ele também gosta de andar de bicicleta, ir para o clube e de jogar futebol.

Para conseguir treinar e competir, o pequeno ganhou incentivo da Odontomix, clínica odontológica de Santo Antônio do Descoberto que auxilia o garoto e sua família. Porém, não é só o sonho de João que Apoliano visa conquistar, ele também quer levar o jiu-jitsu para mais jovens da cidade.

O principal incentivador do jovem atleta de jiu-jitsu é o Projeto Arcanjo, onde o atleta treina grande parte do seu tempo. O projeto já foi premiado como o que mais se desenvolveu em Brasília e Entorno. O carro chefe da organização é o futebol, até exportando atletas para grandes times do futebol local e nacional, mas tenta com as artes marciais expandir ainda mais o trabalho feito.

No futebol já mandamos jogadores para Flamengo e Fluminense, mas é uma luta constante. A gente tem o Apoliano (pai do Joãozinho) que lutamos para botar ele num trabalho definitivo nas artes marciais para ele poder dar aula para os meninos, tirar o salário dele. Hoje temos um professor assalariado no futebol, já pedimos para a prefeitura para assalariar mais um professor no futebol e um nas artes marciais, que seria o Apoliano, mas ainda não conseguimos.

Israel, diretor de esportes do Arcanjos

Israel, que é mais conhecido como Goiano, divide seu tempo como diretor de esportes no Arcanjos e seu trabalho de gari, e acrescentou que o jiu-jitsu, até por ser um esporte de alto custo, precisa de mais incentivo financeiro. Para Apoliano e Goiano, além de todos aqueles que lutam pelo esporte, é claramente a dificuldade financeira a maior barreira para que o DF e o Entorno possam desenvolver cada mais atletas, além de formar cidadãos.

Joãozinho disputará o Mundial Mirim de Jiu-Jitsu em São Paulo do dia 25 a 28 de novembro, e a expectativa é grande para que ele possa repetir seus ótimos desempenhos.

Para aqueles que queiram ajudar Joãozinho ou o Projeto Arcanjos de alguma forma, basta entrar em contato com Apoliano (98530-8892) ou com Goiano (98547-7308).

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