Conservador, Ceilândia espera repetir sucesso em temporadas anteriores

Atual “Bivice-campeão” candango, o Ceilândia iniciou seu processo de fortalecimento do futebol profissional a partir de 2020. Naquele ano, com a grana curta, o Ceilândia teve que recorrer à ajuda do Real Brasília para entrar em campo. A parceria permitiu a permanência do Gato Preto na elite e ajudou bastante no projeto da temporada seguinte.

Pra quem conhece a história do Ceilândia e do técnico Adelson de Almeida, sabe historicamente da característica defensiva de suas equipes (retranqueira?). Em 2021, o time fez boas apostas em atletas até então fora do radar que se mostraram acertadas. O lateral direito Matheus Boxexa, de 22 anos, foi um dos destaques daquela equipe, assim como o lateral Andrezinho, fera do Sobradinho mas que estava fora do radar desde uma lesão sofrida no joelho. Junte a isso a experiência de jogadores tarimbados do nosso futebol, como os volantes Clécio, Liel e Werick. O resultado foi o vice-campeonato daquele ano, desbancando equipes na teoria mais qualificadas como Capital e Gama.

No ano seguinte, a grande surpresa foi o Ceilândia abandonar totalmente suas características para a montagem de um elenco ofensivo e versátil. O nome daquela equipe foi o meia Cabralzinho, que fortalecido pela companhia do volante Tarta e atacantes velozes da qualidade de Romarinho, o time foi apontado como candidato ao título daquele ano ao lado de Brasiliense e Capital. Não deu outra, o Gato Preto foi a mais uma final e garantiu mais um ano de calendário. A inédita classificação para a terceira fase da Copa do Brasil sobre o Avaí-SC foi o ápice daquela equipe, que passou a contar com o assédio do rival Brasiliense em seus destaques. O time perdeu força, mas mesmo assim fez um bom início no Brasileirão da Série D. Mas a barra pesou e o time não conseguiu manter a performance, terminando na quinta posição do grupo A5 e fora da zona de classificação. Para completar, pediu para não participar da Copa Verde e ficou de fora de mais uma competição nacional.

Para este ano, o Ceilândia passou por algumas mudanças. A equipe manteve a espinha dorsal da equipe vitoriosa da temporada anterior e foi ao mercado para buscar peças de reposição. Deixaram o time o goleiro Léo Unamuzaga, os zagueiros Gilson Bahia e Medeiros (Paranoá), os laterais Gabriel Vidal (Goianésia-GO) e Crystian (Brasília), os volantes Tarta e Gabriel Henrique (Brasiliense), os meias Cabralzinho (Samambaia) e Gabriel Pedra (Paranoá), além dos atacantes Mirandinha (Brasília), Matheus Guarujá (Varzim-POR), Romarinho (Samambaia) e Roberto Pitio (Sem clube).

Para esta temporada, a diretoria do Gato manteve a política “pés no chão” e foi bastante conservadora ao buscar reforços. A maior parte deles veio do Real Brasília, que disputou a segundinha local e subiu de volta à elite. Do Leão do Planalto chegaram o zagueiro Eduardo José, os volantes Geovane e Werick e o meia Filipe Cirne. Completam a lista de reforços o zagueiro Euller (Flamengo-PE), o volante Andrey (Santa Maria), o lateral direito Júlio César (Patrcinense-MG), os meias Igor Baiano (Ceilandense) e Bernardo (Brasiliense) além dos atacantes Milla (Paraná Clube), Alípio (Tombense-MG) e Paulo Renê (Aparecida-GO). Por enquanto, a mudança do alvinegro em SAF não revelou grandes mudanças na gestão.

O clube disputou dois amistosos de preparação, um contra o Goianésia-GO (derrota por 1×0) e outro diante do Grêmio Anápolis (vitória por 2×0). Ainda em formação, o técnico Adelson de Almeida tem entrado em campo com a seguinte escalação: Matheus Kayser; Wisley, Euller, Eduardo José e China; Andrey, Geovane e Filipe Cirne; Felipe Clemente, Milla e Americano. Confira abaixo o atual elenco do Ceilândia para a temporada 2023:

ELENCO

Goleiros: Matheus Kayser; Fernandes e Henrique Marchezan;
Zagueiros: Eduardo José, Euller, João Afonso, Liel e Fernandinho;
Laterais: China, Gleissinho, Fabrício e Júlio César;
Volantes: Andrey, Werick, Wisley e Geovane;
Meias: Filipe Cirne, Bernardo e Igor Baiano;
Atacantes: Milla, Felipe Clemente, Americano, Maycon Valeriano, João de Deus, Pedrinho, Alípio e Paulo Renê;