Ter um jogador que já jogou a Copa do Mundo e também atuou pelo seu time, é uma honra que apenas torcedores de 235 equipes no Brasil podem comemorar. Seja no começo da carreira ou no final dela, vários clubes tiveram em seus elencos, atletas que disputaram a maior competição de futebol do planeta. No Distrito Federal não foi diferente. Confira agora os atletas que já apresentaram seu talento em terras candangas e que estiveram em um Mundial de seleções.

CEUB

Rildo – Um dos grandes laterais que já passaram pela seleção, Rildo teve uma passagem entre 1973 e 1976 pelo CEUB, na época do auge da extinta equipe candanga, que foi a primeira do DF a disputar o Campeonato Brasileiro. Ele disputou 45 jogos e marcou 2 gols. Rildo esteve na Copa de 1966, quando o Brasil vinha de duas conquistas seguidas, e ainda marcou um gol na única partida que jogou (vídeo abaixo). Ele era cotado pra também jogar a Copa de 1970, tendo sido titular em todos jogos das Eliminatórias, mas uma lesão e problemas cardíacos acabaram tirando o lateral de mais um Mundial.

Paulo Victor – O ex-goleiro da seleção iniciou sua carreira em Brasília e só depois disputou uma Copa do Mundo. Paulo Victor iniciou sua carreira em 1975 no CEUB, e foi se mostrando um ótimo goleiro. Acabou indo jogar depois no Brasília, que teve alguns jogadores da extinta equipe em seu elenco, para disputa do Campeonato Brasileiro. Após o começo na capital federal, Paulo Victor chegou ao Fluminense-RJ e foi campeão brasileiro em 1984, se tornando um dos ídolos do clube.

TIRADENTES

Polozzi – José Fernando Polozzi era um zagueiro de muita força física e presença no jogo aéreo. Ficou conhecido por formar uma dupla de zaga chamada de paredão com Oscar, outro grande zagueiro da época. Com o futebol apresentado, se juntou ao grupo que disputou a Copa do Mundo em 1978. Aquele grupo terminou invicto, com três vitórias e um empate, porém eliminado.  Após o Mundial, Polozzi nunca mais teve chances na seleção. No fim de sua carreira, veio para o futebol candango defender o  extinto Tiradentes, que tinha sede na cidade de Ceilândia.

C. R. GUARÁ

Eder Aleixo – Um dos grandes atacantes da história do Atlético Mineiro, sendo hoje o 13º que mais fez gols pela equipe de Belo Horizonte, Eder foi conhecido por suas confusões dentro e fora de campo, mas também pelos seus vários gols, e pelo seu canhão certeiro, que era um tormento aos goleiros adversários, o que o levou a receber o apelido de “ O bomba de Vespasiano”.

Eder jogou a copa de 1982 e era tido como certo em 1986. Porém, no último jogo da equipe nas eliminatórias, deu um soco no rosto de um lateral da seleção do Peru e encerrou ali sua passagem pela Seleção. No DF fez sucesso no Guará, quando ajudou a equipe a conquistar o inédito titulo de campeão brasiliense, em 1996.

BRASILIENSE

Júnior Baiano – Vice-campeão da Copa do Mundo de 1998, Júnior Baiano chegou quase 10 anos depois ao Brasiliense, após algumas polêmicas. Em sua passagem pelo Jacaré, o zagueiro conquistou dois títulos estaduais, em 2007 e 2008, antes de deixar Brasília e voltar para o Rio de Janeiro. Defendeu Volta Redonda e Macaé antes de encerrar sua carreira no futebol dos Estados Unidos.

Vampeta – O Brasiliense pode se considerar um time privilegiado por ter dois pentacampeões que já passaram pelo clube. Vampeta veio para o Brasiliense após ser campeão no Oriente Médio, mais precisamente pelo Al Samyia, do Kuwait. Foi contratado para jogar com um outro velho conhecido do futebol brasileiro e seu amigo, Marcelinho Carioca, na primeira e única participação da equipe na Série A do Brasileirão. Porém, a equipe acabou rebaixada e o “velho Vamp” deixou o clube pela porta dos fundos.

Lúcio – Já o veterano Lúcio participou de três Copas, sendo um dos destaques do pentacampeonato em 2002. O zagueiro foi revelado pelo time do Planaltina E.C. e, desde então, sua carreira decolou, tendo disputado os maiores campeonatos de futebol do planeta. Atuou no rival Gama no começo de 2018 pelo estadual. Após fazer bons jogos na equipe, foi contratado pelo Brasiliense, que disputa a Série D do Brasileirão.

Cicinho – Foi um dos grandes laterais direitos de sua geração. Teve passagens vitoriosas pelo São Paulo, onde foi campeão da Libertadores da América e também campeão mundial e pelo Real Madrid, onde ganhou o Campeonato Espanhol. Ele teve vários problemas na carreira, desde lesões, até problemas particulares, que acabaram atrapalhando o segmento de sua carreira. Chegou no Brasiliense em outubro do ano passado, mas teve sua passagem abreviada por novamente apresentar problemas com lesões, dessa vez nos dois joelhos, jogando apenas dois jogos. Ao rescindir com o Jacaré, Cicinho voltou a São Paulo para anunciar o fim de sua carreira.

Por Rômulo Maia e Pedro Breganholi

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