Da cultura ao esporte: conheça a nova contratada do Brasília Vôlei
Nandyala Santos Gama, ou apenas Nandyala, 30 anos, natural do Rio de Janeiro e 1,85 metros de altura. Essa é a ficha técnica da nova contratação do Brasília Vôlei para a temporada 2024/2025. A central, que estava atuando pelo Unilife Maringá-PR, chega para compor o elenco ao lado de mais seis atletas: Geovanna (ponteira), Marina (levantadora), Nicole (levantadora), Lívia (central), Victoria (líbero) e Milena (ponteira).
Além delas, outras cinco jogadoras da temporada passada renovaram contrato e permanecem no grupo. Além das ponteira Ana Medina e Naiara, a líbero Vitória, a oposta Laiza e a central Marina assinaram mais um ano com a equipe representante do Distrito Federal na Superliga A Feminina. Assim, o plantel que ainda não tem a confirmação se continuará com Ângelo Vercesi no comando, conta com 11 nomes para a disputa da competição nacional.
No que tange à Nandyala, a história da experiente central não se resume ao desporto. Vinda de uma família bastante ligada à cultura, a jogadora é filha de um dos fundadores de um dos maiores grupos musicais do país que marcou história nos anos 90 e 2000, a banda Cidade Negra. Trata-se do cantor, compositor e guitarrista, Da Ghama (Paulo Roberto da Rocha Gama).
Mas a ligação da Nandyala com a cultura não para por aí. Sua mãe, Renata Cobre é produtora cultural, além de possuir uma marca de tricô feitos à mão, a Tricobre. A comunicação também é parte fundamental de sua árvore genealógica. O irmão Ébano Gama é publicitário. A própria atleta se formou em Estudo da Comunicação, na Califórnia, quando este atuando pela equipe do San Jose State University, entre 2014 e 2018: “Fui para jogar com bolsa de 100% e para fazer uma grana, de vez em quando eu ficava de babá dos filhos dos meus técnicos. Ganhava meus 15 dólares a hora (risos), mas era bico esporádico mesmo, a minha principal meta era ser atleta e estudante mesmo. Eu já queria fazer publicidade e lá me foi oferecido o curso de Comunicação e achei ótimo. E notei que com esse diploma eu poderia me especificar mais, no jornalismo, na publicidade… Fico feliz e empolgada em ver outro caminho se formando bem antes de eu pensar em parar de jogar, mas é o que vou seguir, quando acontecer”, contou Nandyala.
A carreira e chegada ao Brasília Vôlei
Apesar de ter raízes bastante fortes com a música e a arte em geral, Nandyala deixa claro que não seguiu tal rota, pois realmente era focada em vencer como atleta de voleibol: “Me considero uma articuladora cultural devido a projetos que ajudo a tocar no Rio de Janeiro, principalmente da Casa Com a Música, da produtora cultural Robertinha Villas e do produtor musical Tuninho Villas, mas confesso que não toco nenhum instrumento musical, inclusive”, revelou sob ares de contentamento.
Já nas quadras, a jogadora tem passagem por clubes importantes do cenário nacional como Flamengo-RJ, Minas Tênis Clube-MG, Pinheiros-SP e Unilife Maringá-PR. Ela atuou também nos EUA, pelo San Jose State University. Agora chega ao Brasília Vôlei trazendo a experiência na bagagem. “Estou empolgada. É um time que venho acompanhando. É um time aguerrido, que vem batalhando por espaços lá em cima na Superliga, assim como o Maringá, que tenho muito respeito”, ponderou.
Ainda em relação à sua apresentação à nova agremiação, Nandyala enfatiza sobre a sua rodagem na carreira:
“Por saber que sou uma das atletas mais velhas. É algo novo para mim, bem interessante e gostei disso. Não sei exatamente o que isso quer dizer, mas acho que toda atleta que chega ali na casa dos 30, vai entendendo que inevitavelmente a responsabilidade muda, o que não necessariamente quer dizer titularidade. Mas, de alguma forma, a gente precisa se dar a oportunidade de ajudar mais as meninas fora e dentro de quadra no que eu puder”
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