Após quase cinco meses de competição, a temporada 2020/21 da Superliga Feminina chegou ao fim para o Brasília Vôlei nesta quarta-feira (17), ao ser eliminado nas quartas de final pelo Itambé/Minas.

Se momentaneamente o resultado é negativo, em uma avaliação geral, as representantes da capital do país na elite do voleibol fizeram bonito.

Promovido da Superliga B, o Brasília enfrentou adversidades no primeiro ano de volta entre os melhores. Em novembro, um surto de covid-19 afastou sete jogadoras e três integrantes da comissão técnica, obrigando a equipe a parar os treinamentos e ter três jogos adiados.

Trajetória

As comandadas do treinador Rogério Portela iniciaram a competição com derrotas nas três primeiras rodadas. No entanto, a virada de ano veio acompanhada de uma mudança de postura – das oito vitórias na fase classificatória, seis foram conquistadas em 2021.

Dessa forma, a equipe garantiu a oitava colocação, carimbando a vaga para os playoffs pela quarta vez na história e de quebra, terminou na frente do tradicional Pinheiros.

Foto: Patricy Albuquerque

Destaques individuais

No elenco durante a Superliga B, a oposta Ariane viveu um ano mágico nesta temporada e colheu frutos da sequência de trabalho. A atleta foi a maior pontuadora da liga na primeira fase – com 380 pontos, terceira maior pontuadora por set, com média de 4,22 pontos, e top 3 nos saques quesito Ace.

Ao DF Sports+, Ariane celebrou o momento. “Eu estou muito feliz com toda a trajetória do Brasília. Fizemos um segundo turno digno da nossa equipe. Lutamos, batalhamos, deixamos nosso máximo em cada jogo. Deus sabe de todas as coisas e ele nos honrou com uma trajetória linda. Eu estou muito feliz de ter terminado a fase classificatória como maior pontuadora da Superliga, estar entre as três maiores pontuadoras por set, entre as melhores sacadoras no quesito Ace, tudo isso é para honra e glória de Deus. Minha base vem dele, e tudo que sou e tenho hoje é graças a ele primeiramente, segundo a minha família por acreditar em mim, e terceiro a essa equipe do Brasília”, destaca.

O coletivo fez com que eu chegasse às conquistas individuais. Sou eternamente grata ao Brasília por ter aberto as portas para mim, e acreditado no meu potencial desde o início. Feliz de ter colocado o Brasília na Superliga, através do primeiro lugar na Superliga B, e hoje ter colocado o Brasília nos playoff

Ariane, oposta do Brasília Vôlei
Ariane foi um dos destaques individuais do Brasília
Foto: Patricy Albuquerque

Outro nome que teve um bom desempenho na competição foi a levantadora Ju Carrijo, que destacou a volta por cima da equipe. “Acredito que a palavra dessa temporada foi superação. Uma temporada/ano atípico para todos, todos se reinventando com a pandemia, estabelecimentos, pessoas, cidades, enfim, posso dizer que dificuldades nos uniu e conseguimos crescer durante a competição”, diz.

Tivemos um primeiro turno abaixo do que esperávamos, até por conta de tudo que vivemos. Praticamente a equipe toda pegou covid-19, então voltar a pegar um bom ritmo, recuperar parte física e crescer para o returno foi algo que nos orgulhamos

Ju Carrijo, levantadora do Brasília Vôlei

“Em relação ao meu desempenho pessoal, acho que foi uma boa temporada para mim, pude estar voltando a liderar uma equipe, disputando de igual pra igual com times favoritos ao título. Acredito q consegui me doar da melhor maneira possível ao time, e contribuir para conquistas de grandes feitos”, comenta.

Ju Carrijo com o troféu de melhor em quadra
Foto: Patricy Albuquerque

Avaliação

Em entrevista concedida a reportagem, o gestor do time, Flávio Thiessen, avaliou o ano. “Estamos bem satisfeitos com a nossa participação na Superliga 2020/2021, os nossos objetivos nessa temporada de retorno a principal competição nacional foram plenamente alcançados”, revela.

Foi uma temporada bastante atípica e de grande superação , não só para o Brasília Vôlei mas para todas as equipes em função da pandemia. Graças aos nossos patrocinadores e parceiros conseguimos oferecer uma excelente estrutura e boas condições de trabalho para nossa equipe e estar entre as oito melhores equipes do voleibol nacional corou todo esse trabalho.

Flávio Thiessen, gestor do Brasília Vôlei

“Para a próxima temporada, esperamos subir um degrau a mais para melhorar nossa classificação, e se Deus quiser, contar com a presença do público brasiliense em nosso ginásio”, finaliza o mandatário.

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