Com o clima de Copa do Mundo assolando o Brasil às vésperas do Mundial do Catar, o DFSports+ preparou um levantamento especial com jogadores que disputaram a maior competição esportiva do planeta e já passaram pelo futebol candango.
Nove times já tiveram a honra de ter, em seus plantéis, alguns desses jogadores. Na lista contém nomes conhecidos como Lúcio e Kaká, nascidos no DF, mas também outros nomes mais antigos e que acabaram sendo esquecidos. Confira a lista:
CEUB
Rildo – Considerado um dos melhores laterais de sua época e ídolo do Botafogo-RJ, Rildo teve uma passagem entre 1973 e 1976 pelo CEUB, na época do auge da extinta equipe candanga, que foi a primeira equipe profissional do DF e também a primeira a disputar o Campeonato Brasileiro. Ele disputou 45 jogos e marcou dois gols.
O lateral esteve na Copa de 1966, quando o Brasil vinha de duas conquistas seguidas, e ainda marcou um gol na única partida que jogou. Ele era cotado pra também jogar a Copa de 1970, tendo sido titular em todos jogos das Eliminatórias, mas uma lesão e problemas cardíacos acabaram tirando o lateral de mais um Mundial. Aos 79 anos, o ex-lateral faleceu em maio de 2021, em Los Angeles, nos EUA.
Paulo Victor – Paraense radicado em Brasília, o ex-goleiro da Seleção iniciou sua carreira em Brasília em 1975, no CEUB. Acabou indo jogar depois no Brasília, que teve alguns jogadores da extinta equipe em seu elenco para disputa do Campeonato Brasileiro. Após o começo na capital federal, Paulo Victor chegou ao Fluminense-RJ e foi campeão brasileiro em 1984, se tornando um dos ídolos do clube.
Após o fim da carreira, o ex-goleiro manteve residência fixa no Distrito Federal, se tornando comentarista do SporTV, e em 2020 chegou a fazer parte da Secretaria de Esportes do GDF. Hoje, aos 65 anos, além de ter casa em Brasília, também passa muito tempo no Rio de Janeiro.
TIRADENTES
Polozzi – José Fernando Polozzi ficou conhecido por formar uma dupla de zaga chamada de paredão com Oscar, zagueiro que fez história na Seleção. Com o futebol apresentado na Ponte Preta, foi Bola de Prata do Brasileirão de 1977, e se juntou ao grupo que disputou a Copa do Mundo em 1978. Aquele grupo terminou invicto, com três vitórias e um empate, mas acabou ficando apenas com o terceiro lugar.
Após o Mundial, Polozzi nunca mais teve chances de vestir a amarelinha. No fim de sua carreira, em 1992, veio para o futebol candango defender o extinto Tiradentes, que tinha sede na cidade de Ceilândia. O zagueiro fez 27 jogos pela equipe e não marcou nenhum gol, sendo vice-campeão do Campeonato Candango de 1992, marcado por vários nomes de peso na época.
C. R. GUARÁ
Eder Aleixo – Um dos grandes atacantes da história do Atlético Mineiro, sendo hoje o 13º que mais fez gols pela equipe de Belo Horizonte, Eder foi conhecido por suas confusões dentro e fora de campo, mas também pelos seus vários gols e pelo seus chutes fortes certeiros, que era um tormento aos goleiros adversários, o que o levou a receber o apelido de “O bomba de Vespasiano”.
Eder jogou a copa de 1982 e era tido como certo em 1986. Porém, no último jogo da equipe nas eliminatórias, deu um soco no rosto de um lateral da seleção do Peru e encerrou ali sua passagem pela Seleção. No DF, fez sucesso no Guará, quando ajudou a equipe a conquistar o inédito título de campeão candango, em 1996, marcando um gol em 11 jogos.
BRASILIENSE
Júnior Baiano – Vice-campeão da Copa do Mundo de 1998 e campeão pelos clubes onde passou, Júnior Baiano chegou quase 10 anos depois ao Brasiliense, após algumas polêmicas. Em sua passagem pelo Jacaré, o zagueiro conquistou dois títulos estaduais, em 2007 e 2008, também ajudando a manter a equipe amarela na Série B.
Depois, defendeu Volta Redonda e Macaé antes de encerrar sua carreira no futebol dos Estados Unidos. Após o fim da carreira, Júnior Baiano já chegou a trabalhar como treinador e também como comentarista no SBT.
Vampeta – O Brasiliense pode se considerar um time privilegiado por ter dois pentacampeões que já passaram pelo clube. Vampeta veio para o Brasiliense após ser campeão no Kuwait. Foi contratado para jogar com um outro velho conhecido do futebol brasileiro e seu amigo, Marcelinho Carioca, na primeira e única participação da equipe na Série A do Brasileirão. Porém, a equipe acabou rebaixada, e o “velho Vamp” não deixou boa impressão nos 37 jogos feito pelo Jacaré e deixou clube pela porta dos fundos.
Com o fim de sua carreira, Vampeta ficou conhecido pelas histórias descontraídas contadas. Atualmente, faz parte da equipe de comentaristas da Jovem Pan Esportes.
Lúcio – Já o veterano Lúcio participou de três Copas, sendo um dos destaques do pentacampeonato em 2002. O zagueiro foi revelado pelo time do Planaltina E.C., passando depois pelo Gama, quando foi emprestado ao Guará, onde apareceu para o futebol nacional. Em duelo contra o Internacional pela Copa do Brasil em 1997, o Guará perdeu por 7 a 0, mas o jovem Lúcio, de 19 anos, chamou atenção do técnico Celso Roth. Foi comprado por 300 mil reais. A partir daí, sua carreira decolou, tendo disputado os maiores campeonatos de futebol do planeta.
Voltou ao Gama no começo de 2018 para disputar o estadual. Após fazer bons jogos na equipe, foi contratado pelo Brasiliense, para a disputa do Candangão, ficando lá até 2019. Anunciou a sua aposentadoria no mesmo ano, mas ainda mantém residência na capital federal.
Cicinho – Despontando como um grande lateral, Cicinho teve passagens vitoriosas pelo São Paulo, onde foi campeão da Libertadores da América e também campeão Mundial e pelo Real Madrid. Destaque que o fez disputar a Copa do Mundo de 2006 como reserva do Cafu, disputando dois jogos na campanha. Ele passou por diversas dificuldades entre lesões e problemas particulares. que acabaram atrapalhando o segmento de sua carreira.
Cercado de muita expectativa e considerada uma contratação midiática, o lateral acertou com o Brasiliense em outubro de 2017, mas teve sua passagem abreviada por novamente apresentar problemas com lesões, dessa vez nos dois joelhos, jogando apenas dois jogos. Ao rescindir com o Jacaré, Cicinho voltou a São Paulo para anunciar o fim de sua carreira. Atualmente trabalho como comentarista no SBT Sports de São Paulo.
GAMA
Último brasileiro a ser eleito melhor do mundo, Kaká nasceu no Gama e foi criado em Taguatinga, tendo dado seus primeiros passos no maior campeão candango. O destaque do jogador era tanto que aos oito anos já chegou ao São Paulo FC. Depois de apenas dois anos como profissional, foi convocado para a Copa de 2002, sendo campeão sem entrar em campo. Ele faria a estreia nos minutos finais do jogo contra a Alemanha, mas o jogo acabou antes que ele pudesse entrar.
Kaká fez história no Milan sendo multicampeão, o que o levou a ser coroado com a Bola de Ouro em 2007, o único brasiliense a conseguir tal feito. Também chegou a conquistar alguns títulos na Seleção Brasileira e no Real Madrid. Voltou ao São Paulo em 2014, mas logo deixou o clube para ir para o Orlando City, onde atuou por três temporadas e anunciou sua aposentadoria em 2017.