Nesta quinta-feira (8), o Brasília Basquete voltou ao ginásio da ASCEB para enfrentar o Mogi das Cruzes. Após uma boa partida contra o Paulistano na segunda (5), a expectativa candanga era de repetir a atuação, mas dessa vez saindo com vitória – no turno o Mogi venceu por 90×86, após uma virada no último quarto. Infelizmente não foi o caso, e os paulistas venceram de novo, dessa vez por 97×77.
Assim, o time brasiliense terminou a competição com mais uma derrota, se mantendo em último na tabela por aproveitamento do torneio. O Mogi, atualmente em 9º e já classificado para os playoffs, ainda fará sua última partida na primeira fase do Novo Basquete Brasil (NBB), em busca de um lugar entre os oito primeiros – o time fará seu duelo derradeiro no sábado (10) contra o Bauru.
Ricardo Oliveira escalou o Brasília com Nezinho, Pedrinho Rava, Arthur, Gemerson e Caio Torres. Já o técnico da equipe paulista, Guerrinha, entrou em quadra com Fúlvio, Lessa, Fabricio, Gruber e Wesley.
Os candangos começaram bem, contando com uma grande atuação do armador Nezinho, lideraram o placar em diversos momentos dos dois primeiros quartos, porém, apesar de uma terceira parcial parelha, não conseguiram manter o ritmo na última etapa e viram o Mogi, liderado por Fúlvio, Coleman e Wesley, vencer com relativa tranquilidade.
Os três jogadores paulistas foram os líderes de estatísticas do duelo: Fúlvio com 11 assistências, Coleman com 24 pontos e Wesley com nove rebotes – este último também se destacou com seus 19 pontos. Do lado brasiliense, o destaque absoluto foi Nezinho, com 22 pontos, mas Arthur e Caio Torres também tiveram boas atuações.
O jogo
Primeiro quarto
A partida começou com Gemerson fazendo um chuá de três para o Brasília. Porém, rapidamente, o Mogi cresceu e tomou as rédeas da partida com Fúlvio dando boas assistências para Lessa e Wesley. Esse último foi, inclusive, o responsável pela virada no placar após um belo toco seguido de cesta e falta sofrida. Com quatro minutos de bola quicando os paulistas venciam por 12×5.
Depois Wesley, que vinha doutrinando no garrafão, acertou um arremesso de três e colocou o Mogi com nove pontos de vantagem, mas Laster e Nezinho, também do perímetro, cortaram a diferença para três: 17×14. O Brasília seguiu reagindo e Nezinho chegou a empatar o placar após outra bola de três. Toma lá, dá cá: Coleman também fez a dele e o primeiro período acabou em 22×19 Mogi.
Enquanto os paulistanos acertaram todos arremessos de dois, os candangos guardaram cinco do perímetro e isso determinou o equilíbrio na pontuação, apesar de o Mogi ter sido superior em assistências e rebotes. O armador Nezinho, do Brasília, com 11 pontos, foi o grande pontuador da parcial. Pelos adversários, o pivô Wesley, com 10 pontos, o ala/armador Lessa, sete pontos, e o armador Fúlvio, cinco assistências foram os destaques.
Segundo quarto
A volta para a quadra foi mais devagar, com muitos erros. Bom para os candangos, que aproveitaram para empatar o placar com Arthur e Nezinho: 24×24. Depois de uma conversão de Douglas Santos, ele errou o lance livre de bonificação e, na sequência, Jefferson acertou uma bola de três para colocar o Brasília na frente, 27×26.
A cesta pareceu acordar o Mogi, e as equipes ficaram trocando a liderança por alguns minutos até que os brasilienses sofreram um apagão e os paulistas abriram 10 pontos de frente, com direito a um chuá do perímetro de Fabrício e uma enterrada do Douglas Santos. Danilo ainda acertou um lance livre para diminuir o prejuízo, fim de quarto e 43×34 no placar.
Com uma rotação maior de jogadores, o maior destaque individual foi o ala pivô Douglas Santos, que fez oito pontos no período. Do lado do Brasília, Arthur foi o melhor pontuador, com cinco pontos. O grande problema da equipe foi o aproveitamento baixo – 30% – nos arremessos de dois. Mesmo assim, o armador Nezinho acreditava na vitória da sua equipe e pediu uma maior atenção nos momentos chave do duelo para concretizar a virada:
Os minutos finais de cada quarto são decisivos, nós vacilamos nesses momentos e precisamos ser mais cuidadosos, além de escolher melhor a bola na definição do ataque, já que os erros que tivemos no ataque proporcionaram bolas fáceis para o adversário. Porém, o jogo está aberto e temos capacidade de tirar a desvantagem e vencer na nossa partida de despedida do campeonato.
Terceiro quarto
Depois do intervalo, o Mogi chegou a abrir 14 de vantagem após uma cesta de Douglas Santos, mas o Brasília reagiu e, com cinco ataques consecutivos, voltou ao jogo depois de uma cesta de Nezinho, seguida pelo lance livre de bonificação: 50×47. Novamente, o susto acordou os paulistanos, que fizeram oito pontos em sequência, com Fúlvio e Wesley, para voltar a respirar tranquilos.
Os candangos ameaçaram nova reação, principalmente com Gemerson, que acertou bolas de três. Mas com Fúlvio orquestrando, o Mogi ampliou sua vantagem, com direito a linda cravada de Gruber. No estouro do cronômetro, Nezinho acertou um lindo arremesso – quase do meio da quadra – e a etapa se encerrou com 70×60 Mogi no placar. Wesley e Fúlvio, sete pontos cada, e Nezinho, nove, foram os maiores pontuadores da parcial.
Último quarto
Com o duelo ainda aberto, os paulistas vieram com intensidade para tentar definir a vitória o quanto antes e, em três minutos, conseguiram ampliar a vantagem para 18 pontos, capitalizando bolas de três e com assistências de Fúlvio, o Mogi praticamente sepultou as chances candangas logo no início da etapa.
O que se viu na sequência foi um massacre paulista em cima dos brasilienses, que cansaram e não conseguiram manter o ritmo no último quarto. Coleman colecionou diversos arremessos do perímetro, colocando seu time com incríveis 23 pontos de frente: 88×65. Nos últimos minutos o Brasília ensaiou uma pequena reação e a partida terminou em 97×77, após cesta de três do Jefferson. Os dois alas foram os maiores pontuadores do quarto, Coleman com 11 e Jefferson com oito.
Fim de jogo
O Brasília encerrou sua campanha no NBB com apenas cinco vitórias em 30 jogos, 2297 pontos feitos e 2699 sofridos, finalizando com um aproveitamento de 16,70% e 35 pontos na tabela de classificação. Uma campanha decepcionante para a equipe candanga, que buscará se reerguer para a próxima temporada, conforme a fala do ala Arthur:
Uma temporada atípica, mas, pelo contexto, nós não merecíamos uma colocação melhor, por causa dos diversos erros que tivemos dentro e fora da quadra, foram vários problemas. Agora é reformular, estou muito orgulhoso dos jogadores e de toda equipe, todo mundo continuou de pé e seguiu o propósito de jogar com tudo essas últimas partidas. Saímos de cabeça erguida, não era uma posição desejada, a temporada não foi muito boa, mas estamos firmes para a próxima.
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