Gabriela Conceição de Souza / Rômulo Meira Reis

O judô feminino no Brasil teve início num período impreciso por volta dos anos 1950. Nesta época, de acordo com a Lei 3.199 de 1941 do Conselho Nacional de Desportos (CND), que regulamentava a prática feminina, a fim de não comprometer sua procriação as mulheres não podiam fazer esportes incompatíveis com a sua natureza, e o judô tinha tal entendimento. 

 Em geral as brasileiras que começaram a prática do judô eram as filhas dos japoneses imigrantes, ou filhas dos brasileiros que aderiram ao esporte. Desta forma, os primeiros registros estão nos feitos da paulista filha de japonês Eiko Suzuki, em 1963, que foi a primeira faixa preta da América Latina e Kimie Kihara, japonesa que, ao visitar o Brasil em 1961, ministrou um curso de judô para mulheres na UFRJ. 

Por volta de 1960 a 1970, o judô feminino se difundiu e os campeonatos começaram a acontecer, contudo, sem a participação das brasileiras, devido a sua restrição legal à prática. Todavia, o judô masculino já possuía campeonatos mundiais desde 1956 e se tornou esporte olímpico oficialmente em 1972. 

Com o passar dos anos alguns eventos começaram a contabilizar pontos para as categorias masculina e feminina, com isso o Brasil começou a perder campeonatos pelo somatório total. Para que isso não acontecesse novamente, dirigentes brasileiros enviaram quatro mulheres para o Sulamericano de judô de Montevidéu em 1979, onde seriam somados os pontos de homens e mulheres. Ao retornarem com a conquista do título geral no evento, o Conselho Nacional de Desportos determinou a revogação da Lei proibitiva. 

No ano seguinte, 1980, ocorre o 1º Campeonato Brasileiro de Judô Feminino, no Rio de Janeiro, e o 1º Campeonato Mundial de Judô Feminino em Nova Iorque. Porém, as mulheres brasileiras no judô, embora muitas, ainda ficaram reféns dos eventos que somavam pontos pelas décadas de 1980 e 1990.   

Nas poucas oportunidades de participar de eventos em nível internacional, as brasileiras conquistaram duas vagas para os Jogos Olímpicos de 1988. Com isso houve um salto qualitativo em termos de nível de treinamento, tendo em vista que a preparação para os Jogos aconteceu no Centro de Treinamento em Santa Cruz, onde reuniu atletas de todo o país, sendo fundamental para o desenvolvimento do judô feminino no Brasil. 

Após 1988, as brasileiras se mantiveram em todas as edições dos Jogos, mesmo com uma participação contínua a tão sonhada medalha ainda não havia sido conquistada. Mas em 2005, Rosicleia Campos assume a seleção brasileira feminina como técnica reformulando todas as estratégias e objetivos da trajetória do judô feminino. O resultado foi a medalha de bronze de Ketleyn Quadros nos Jogos de 2008; a medalha de ouro de Sarah Menezes nos Jogos de 2012; e as medalhas de ouro de Rafaela Silva e de bronze de Mayra Aguiar nos Jogos de 2016, dentre muitos títulos em campeonatos mundiais. 

Importante destacar que durante todo o período, oficioso e oficial, as mulheres sofreram dificuldades por estarem a sombra do judô masculino. Entretanto, quando esta relação foi rompida os resultados apareceram e refletem na atualidade melhor desempenho e destaque que o judô masculino. 

O judô feminino no Brasil teve início num período impreciso por volta dos anos 1950. Nesta época, de acordo com a Lei 3.199 de 1941 do Conselho Nacional de Desportos (CND), que regulamentava a prática feminina, a fim de não comprometer sua procriação as mulheres não podiam fazer esportes incompatíveis com a sua natureza, e o judô tinha tal entendimento. 

 Em geral as brasileiras que começaram a prática do judô eram as filhas dos japoneses imigrantes, ou filhas dos brasileiros que aderiram ao esporte. Desta forma, os primeiros registros estão nos feitos da paulista filha de japonês Eiko Suzuki, em 1963, que foi a primeira faixa preta da América Latina e Kimie Kihara, japonesa que, ao visitar o Brasil em 1961, ministrou um curso de judô para mulheres na UFRJ. 

Por volta de 1960 a 1970, o judô feminino se difundiu e os campeonatos começaram a acontecer, contudo, sem a participação das brasileiras, devido a sua restrição legal à prática. Todavia, o judô masculino já possuía campeonatos mundiais desde 1956 e se tornou esporte olímpico oficialmente em 1972. 

Com o passar dos anos alguns eventos começaram a contabilizar pontos para as categorias masculina e feminina, com isso o Brasil começou a perder campeonatos pelo somatório total. Para que isso não acontecesse novamente, dirigentes brasileiros enviaram quatro mulheres para o Sulamericano de judô de Montevidéu em 1979, onde seriam somados os pontos de homens e mulheres. Ao retornarem com a conquista do título geral no evento, o Conselho Nacional de Desportos determinou a revogação da Lei proibitiva. 

No ano seguinte, 1980, ocorre o 1º Campeonato Brasileiro de Judô Feminino, no Rio de Janeiro, e o 1º Campeonato Mundial de Judô Feminino em Nova Iorque. Porém, as mulheres brasileiras no judô, embora muitas, ainda ficaram reféns dos eventos que somavam pontos pelas décadas de 1980 e 1990.   

Nas poucas oportunidades de participar de eventos em nível internacional, as brasileiras conquistaram duas vagas para os Jogos Olímpicos de 1988. Com isso houve um salto qualitativo em termos de nível de treinamento, tendo em vista que a preparação para os Jogos aconteceu no Centro de Treinamento em Santa Cruz, onde reuniu atletas de todo o país, sendo fundamental para o desenvolvimento do judô feminino no Brasil. 

Após 1988, as brasileiras se mantiveram em todas as edições dos Jogos, mesmo com uma participação contínua a tão sonhada medalha ainda não havia sido conquistada. Mas em 2005, Rosicleia Campos assume a seleção brasileira feminina como técnica reformulando todas as estratégias e objetivos da trajetória do judô feminino. O resultado foi a medalha de bronze de Ketleyn Quadros nos Jogos de 2008; a medalha de ouro de Sarah Menezes nos Jogos de 2012; e as medalhas de ouro de Rafaela Silva e de bronze de Mayra Aguiar nos Jogos de 2016, dentre muitos títulos em campeonatos mundiais. 

Importante destacar que durante todo o período, oficioso e oficial, as mulheres sofreram dificuldades por estarem a sombra do judô masculino. Entretanto, quando esta relação foi rompida os resultados apareceram e refletem na atualidade melhor desempenho e destaque que o judô masculino. 

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