No futebol candango, quem é da geração do ano de 1994 com certeza já ouviu falar de Paulo Gama, mais conhecido como Paulinho. O pequeno e talentoso jogador brasiliense sempre foi destaque em vários campeonatos disputados em Brasília. Jogou também pelas categorias de base do Legião e Atlético Ceilandense, além de profissional pelo Bolamense e pelo Cruzeiro-DF. 

Porém, a vida de jogador, como bem sabemos, não é fácil. O tempo foi passando e as oportunidades não estavam aparecendo para o talentoso lateral direito. Mesmo assim, Paulinho não deixou o sonho morrer, mas procurou outras opções, decidiu focar nos estudos e conseguiu entrar para a faculdade no curso de Fisioterapia.

Certa vez, o jogador viajou para os Estados Unidos, afim de matar a saudade dos familiares e da namorada, que moram no país. Como sempre teve vontade de conhecer a Califórnia, o atleta lembrou que um amigo de infância, também brasiliense, tinha jogado futebol pelo time da faculdade, “Lembrei de um grande amigo, Léo Madeira, que havia jogado no College (Faculdade)  de Santa Ana, aqui perto da cidade onde eu estava. Resolvi então perguntar para ele se ele teria como conseguir uns teste antes que eu fosse embora, ele ligou para o  treinador e conseguiu essa chance”, disse Paulinho.

O atleta fez o teste, passou e conseguiu uma bolsa na faculdade. Uma surpresa que ele de fato não esperava. Paulinho então, precisou correr atrás de todas os documentos: “Eu tinha passagem marcada de volta para o Brasil e em hipótese alguma ficaria ilegal no país. Disse ao treinador que iria tirar o visto de estudante, e voltaria há tempo de jogar a temporada. Tirei todos os documentos necessários para estudar. Novamente na Califórnia, dessa vez com visto de estudante, o procurei e fui muito bem recebido por todos do time”, contou o candango.

Em duas temporadas pelo time, o lateral brasileiro mostrou todo o seu talento com a bola nos pés. Além de ser o titular absoluto da equipe, Paulinho foi considerado o melhor lateral direito da competição e também de melhor atleta/aluno com high score (nota alta).

Hoje, Paulinho divide a vida entre treinos e estudos e conta que a rotina é bastante puxada: “ Minha rotina se divide em ir as aulas, treinar e estudar em casa ou na biblioteca. Para jogar aqui não basta ter talento apenas, é  preciso que o atleta tenha nota boa o suficiente pra estar apto, e eles são rígidos quanto a isso”, ressaltou.

O brasiliense é grato por tudo que vem acontecendo em sua vida. Graças ao futebol, ele tem a oportunidade de viver e estudar em um país de primeiro mundo, nada mal para quem um dia só imaginava conhecer a Califórnia: “ Só tenho que agradecer de poder estudar e jogar numa grande Faculdade. Aqui aprendo outras línguas e culturas, pois no time tem jogadores de várias nacionalidades. Isso tudo é muito especial para  mostrar a  mim mesmo que eu era capaz de conseguir ter boas notas e ser um bom atleta.  Quando você foca em algum propósito nos seus objetivos dificilmente algo pode te parar”, finalizou. 


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