Terá início neste sábado (30), o Campeonato Candango da Segunda Divisão 2022, onde 13 equipes (o CFZ desistiu ontem da participação) brigarão por duas vagas na elite candanga em 2023. Enquanto equipes tradicionais não medem esforços para retornar à primeira divisão, outros prometem entrar na briga. Já alguns confiam na molecada para surpreender e, quem sabe, morder uma das vagas ao acesso.
Todos os jogos serão transmitidos pela Eleven, e a tabela da Segundinha pode ser acompanhada a partir da aba ‘Campeonatos‘ do DFSports+.
Primeira rodada
Sábado
- Aruc x Riacho Fundo – 10h30, Municipal de Alexânia
- Botafogo/Cristalina x Legião – 16h, Salvador Amado
Domingo
- Brazlândia x Samambaia – 10h, Rorizão
- Samambaense x Cruzeiro – 15h30, Rorizão
- Greval x Ceilandense – 15h30, Salvador Amaro
Fórmula de disputa
Assim como na temporada passada, o torneio será de tiro curto: as equipes foram divididas em dois grupos de sete que jogam entre si dentro do próprio grupo e, ao final da primeira fase, apenas os dois primeiros se classificam para a semifinal. Daí em diante, as quatro equipes se enfrentam em jogos de ida e volta, onde os finalistas conquistam o acesso e a chance do título, marcada para jogo único e em campo neutro. Esta fórmula dá a característica de decisão para cada jogo, onde não há tempo hábil para recuperação.
O DFSports+ vem acompanhando a movimentação das equipes, e já de cara aponta que Real Brasília e Samambaia largam em vantagem na busca pelo acesso. Mas Sobradinho, ARUC, Ceilandense e Botafogo/Cristalina montaram projetos interessantes e devem bater de frente, brigando pelas vagas na elite. Já Cruzeiro, Brazlândia, Grêmio Valparaíso, Planaltina, SESP Samambaense, Legião e Bolamense apostam nos craques feitos em casa e vão com suas respectivas categorias de base. Vejam os detalhes de cada clube abaixo:
Aruc

Criado em 1999, a Associação Recreativa e Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc) conquistou seu primeiro acesso à elite candanga no ano seguinte, permanecendo até 2003. Em 2005, o time chegou a ser desfiliado, mas retornou em 2019. Ano passado, o time fez parceria com a base do Real Brasília para a disputa da Segundinha, mas foi eliminado na primeira fase.
Para esta temporada, o Gavião está de parceria nova, desta vez com os gestores da base do Luziânia (Wallace Sampaio também é vice-presidente do Luziânia). O técnico Hugo Matos, que comandou a equipe alvianil nos Juniores foi mantido no cargo, assim como vários atletas que estiveram no seu comando.
Mas o time buscou reforços no mercado e trouxe alguns atletas que jogaram pelo Ceilandense ano passado, como o goleiro Paulo Victor, o lateral direito João Pedro, o meia Jefferson, e os atacantes Gabriel Marreta e Ferrugem. Outro jovem de destaque é Gabriel Ximenes, que jogou pela equipe no passado. O time também apostou em destaques do campeonato amador do Entorno, como o meia Rafinha, que já passou pelo Luziânia, e o goleiro Renan.
Botafogo/Cristalina

Antigo Esportivo Guará, o Botafogo-DF chegou com pompa em 2009, trazendo jogadores conhecidos do futebol nacional, como Túlio Maravilha, Zé Carlos e Sérgio Manoel. Mas desde que foi rebaixado em 2013, e com a saída de seu idealizador Walter Teodoro, o alvinegro amarga a segunda divisão.
Em 2019, a equipe esteve muito perto de conseguir o acesso, quando terminou em terceiro lugar na classificação geral, empatado na pontuação com o Ceilandense, mas perdendo nos critérios de desempate.
Depois de ficar de fora em 2020 e 2021, o Botafogo fez uma parceria com o Cristalina EC, campeão do Regional Amador do Entorno no ano passado. A base do time possui vários atletas daquela equipe, mas o time se reforçou também com jogadores experientes, como o goleiro Luiz Fernando, que chegou a jogar fora do país, os zagueiros Cocada (Ceilândia) e Gilson (Paracatu), e o atacante Titico (ex-Brasília). Dentre os mais jovens se destaca o meia Gabriel Hiram, que estava no América-SP. Para comandar o alvinegro, o time trouxe o experiente Luciano Lamoglia (Goytacaz-RJ).
Brazlândia

Uma das equipes mais tradicionais de Brasília, o Brazlândia é bicampeão candango da segunda divisão (2007 e 2011), e desde que fora rebaixado em 2013 não conseguiu retornar à elite candanga. O time até esteve próximo do acesso ano passado, quando montou uma boa equipe e se classificou às semifinais, mas acabou caindo para o Brasília.
Para este ano, os planos são muito mais modestos. A diretoria decidiu não investir e vai disputar a Segundinha com a equipe Sub-20, que quase se classificou para as quartas de final no Candanguinho deste ano sob o comando do experiente treinador Luiz Henrique. Dentre os destaques mantidos estão o zagueiro Darlan, que foi o artilheiro da equipe no Sub-20 com três gols, e o meia Rheifyt. O único reforço é o meia Murilo, ex-Santa Maria.
Ceilandense

Sempre entre altos e baixos, o Ceilandense tenta retornar à primeira divisão depois de ter sido rebaixada em 2020. Ano passado, o Tricolor Suburbano chegou a se classificar para as semifinais da Divisão de Acesso, mas acabou superado pelo Paranoá.
Para esta temporada, o clube aposta em nomes rodados do futebol local e nacional para buscar o acesso. A começar pelo técnico Mariozan Felipe, de 55 anos, que dirigiu alguns clubes do Espírito Santo. No elenco, nomes conhecidos do futebol de Brasília como os zagueiros Cocada (Ceilândia), Negueba (Luziânia) e Somália (Taguatinga), o meia Henrique (Taguatinga), além dos atacantes Wallace (Ceilândia) e Gabriel (Samambaia).
Cruzeiro

Criado em 2000, o Cruzeiro Futebol Clube conseguiu passar apenas duas temporadas na elite, em 2015 e 2016. De lá para cá, o Carcará vem disputando a Segundinha, e no ano passado, foi eliminado na primeira fase como penúltimo colocado de seu grupo.
Para este ano, pouca coisa mudou. O time alviazulino deverá ir à campo com a mesma base que disputou o Candanguinho Sub-20 (onde também não foi muito bem), além de alguns jogadores mais experientes, que já estavam na equipe no ano passado. O técnico será o mesmo dos Juniores, Lucas Pablo.
Grêmio Valparaíso

Depois de vários anos inativo, o Grêmio Valparaíso retomou as atividades e participou de sua primeira competição na condição de federado: o Campeonato Candango de Juniores. O Canarinho fez uma boa campanha, mas acabou eliminado nas quartas de final para o Ceilândia, um dos favoritos ao título.
Para a Segunda Divisão, o time aposta na mesma equipe que disputou o Candanguinho Sub-20, incluindo aí o jovem técnico, Matheus Nery. Dentre os reforços mais experiente até o momento estão os meias Rodrigo Menezes (Luziânia) e Felippy dos Prazeres, que estava no Oratório-AP.
Legião

Fundado em 2001 e profissionalizado em 2006, o Legião começou em Brasília de forma avassaladora. Campeão da terceira divisão em 2006, o time foi vice-campeão da Segundinha de 2007, estreando na elite em 2008. Logo de cara, ganhou a vaga na série C do mesmo ano com as desistências de Ceilândia e Brazlândia. No ano seguinte, sofreria seu primeiro rebaixamento, mas voltou em 2012, permanecendo na elite por mais dois anos, até que em 2014 caiu e não voltou mais.
O Leão Branco então foi adquirido pelo empresário Jaime Corso, que optou em retomar o projeto original de revelar jogadores. De lá para cá, o Legião esteve perto do acesso em 2020 quando se classificou para as semifinais da Divisão de Acesso, mas acabou eliminado pelo Santa Maria. Ano passado, o time ficou na lanterna do grupo A.
Para esta temporada, o time seguirá a mesma linha e disputará a Segundinha com os atletas da base, inclusive do Sub-17, e alguns atletas mais experientes, como o atacante Gabriel Gaúcho, que estava no Verê-PR e já passou pela equipe. A missão de conquistar o acesso ficou ainda mais difícil depois que o time perdeu o técnico Hugo Almeida e quatro destaques para o Brasil de Pelotas-RS. Caberá ao ex-técnico da equipe Sub-17, Marcus Vinícius, buscar as soluções dentro do próprio elenco e fazer uma boa campanha.
Planaltina

Uma das equipes mais antigas do DF está de volta à disputa da Segunda Divisão. Desde que se profissionalizou, em 1978, o time sempre participou do Candangão fazendo campanhas medianas, até ser rebaixado em 1998. Chegou a disputar a Segundinha em 1999, mas não conseguiu o acesso e fechou as portas. Até que em 2017, o empresário Ricardo Martins retomou o clube e o Galo voltou aos gramados.
No ano passado, o Planaltina formou uma boa equipe e brigou pela vaga às semifinais, mas acabou eliminado na primeira fase. Para esta temporada, o time não fará loucuras e manterá a mesma equipe que fez boa campanha no Campeonato de Juniores. O técnico uruguaio Hugo Pilo permanece à frente da equipe.
Real Brasília

Antigo Dom Pedro II, o Real Brasília nasceu em 2017 como uma potência do futebol do DF. Apesar de possuir uma das melhores estruturas locais e contar com bom poder de investimento, o Leão do Planalto jamais brigou pelo título local, e a melhor colocação foi um terceiro lugar conquistado em 2020.
Por este motivo, ninguém entendeu como o Real Brasília foi rebaixado ano passado, ao lado de Samambaia, Formosa e Sobradinho. De volta à Segundinha, o time foi um dos primeiros a se movimentar e montar a sua equipe com jogadores de destaque do cenário local.
Nomes como o do goleiro Wendell (Atlético-GO), zagueiros Eduardo José (Juazeirense-BA) e Fernando (Ceilândia), volantes Geovane e Werick (Ceilândia), os meias Filipe Cirne (Gama) e Peninha (Ceilândia) além dos atacantes Pedrinho (Capital), Mirandinha (Ceilândia) e Ian Carlos (Brasília), se juntam aos destaques da equipe Sub-20 para buscar o acesso. O técnico será o experiente Luis Carlos Carioca (ex-Brasília).
Riacho City

O Riacho City é a maior incógnita da Segundinha. A equipe terá como base atletas do Sub-20 e do futebol amador local, entretanto, até o momento da publicação desta matéria, os nomes não estavam inscritos no BID da CBF. A equipe será comandada por Marcos Paiva, que tem passagem como diretor do Gama.
Samambaia

Rebaixado em 2021, o Samambaia está de volta à Divisão de Acesso com um único pensamento: retornar à primeira divisão. E a Cobra Cipó vem se movimentando há algum tempo a fim de montar um bom elenco para a Segundinha.
O time ganhou um importante aliado nessa missão: o Brasiliense. O Jacaré cedeu alguns de seus jogadores e de quebra disponibilizou seu CT para o clube. No comando do time está Luís dos Reis, ex-técnico de Sobradinho e Brasília.
No elenco, nomes de peso do cenário local dão musculatura ao time verde e amarelo. Destaques como os volantes Clécio (Paranoá) e Pipoca (Manauara-AM), o meia Felipinho, que estava no Ceilândia e acertou com o Brasiliense, chegando na equipe por empréstimo, além dos atacantes Wisman (Taguatinga), Michel Platini (Paranoá) e Lucas Victor (Taguatinga), que se juntam à promessas da base e prometem lutar por uma das vagas de acesso.
Samambaense

Antigo Planaltina de Goiás, o SESP Samambaense surpreendeu ao conseguir o acesso à elite de Brasília em 2016. Mas a alegria durou pouco, e apenas um ano depois o time já retornaria à Segunda Divisão, onde se encontra até hoje. Ano passado. a equipe acabou eliminada ainda na primeira fase.
Para esta temporada, o time decidiu montar sua equipe com atletas jovens, revelados por clubes de expressão e que não foram aproveitados por seus clubes, além de firmar uma parceria com uma escolinha de futebol de Anápolis-GO. Levando em conta o pouco tempo de preparação, é difícil prever o que pode acontecer à Pantera.
Sobradinho

Assim como o Samambaia, o Sobradinho foi rebaixada ano passado e vem forte para lutar por uma das vagas à Primeira Divisão em 2023. A começar pela recontratação do técnico Victor Santana, que foi campeão candango pelo Leão da Serra em 2018, batendo o Brasiliense nos pênaltis.
Já o elenco conta com nomes conhecidos do DF e poderia disputar sem sustos uma primeira divisão. São os casos do goleiro Fernandes (Brasiliense), dos zagueiros Medeiros (Ceilândia) e Luan (Taguatinga), laterais Gabriel Régis (Gama), Douglas Rato (Taguatinga) e Gleicinho (Ceilândia), meias Júnior Alves (Gama), Dougão (Ceilândia), Fernandinho (Gama) e Zé Carlos (Luziânia), além do atacante Junnior Batata (Goiânia-GO)