Jogadoras brasilienses brilham no futebol europeu e concorrem à premiações
O futebol feminino da capital federal tem o histórico de revelar grandes atletas e neste ano, duas crias do esporte candango estão brilhando no continente europeu. São elas as atacantes Dany Helena, do Maccabi, de Israel e Layssa Cristina, do Lokomotiv, da Rússia.
Por coincidência, as duas começaram suas trajetórias no esporte na Ceilândia. Dany, de 31 anos, nasceu e cresceu na cidade e sua caminhada no futebol profissional foi vestindo as cores do Cresspom, onde foi bicampeã candanga. Do DF, a atacante voou para grandes times, como o Flamengo, onde foi artilheira do Brasileiro e foi convocada para a Seleção Brasileira. Com passagem no futebol espanhol, fez uma temporada no Real Brasília e está em sua segunda temporada em Israel.
Também ceilandense, Layssa, de 21 anos, deu os primeiros passos em uma escolinha no P Sul e logo aos 11 anos chegou no Ceilândia, onde foi revelada e foi vice-campeã candanga com apenas 15 anos, chegando também a vestir a amarelinha da Seleção no Sub-17. A jovem destaque do Gato Preto foi contratada pelo Internacional, onde ficou seis temporadas até rumar para o Red Bull Bragantino. Após ser campeã do Brasileiro Feminino A-2, foi transferida para o gigante russo, Lokomotiv Moscou.
Candidatas a premiações
Dany fez uma ótima temporada no futebol israelense, foram 37 gols em 27 jogos, além de dois títulos conquistados. Pelo segundo ano consecutivo está concorrendo a premiação de melhor jogadora da Liga. “Estou muito feliz em ser indicada por mais um ano. É uma temporada longa e difícil e é uma honra estar entre as indicadas”, disse a artilheira.
Adaptada na segunda temporada no país, Dany atribui isso à convivência com as outras brasileiras do elenco do Maccabi. “Foi uma adaptação rápida e boa, as brasileiras que já estavam lá nos ajudaram muito em tudo facilitaram tudo pra gente”
Para votar na atacante como melhor jogadora, basta clicar neste link e selecionar a primeira opção.
A temporada do Lokomotiv ainda não se encerrou e Layssa tem quatro gols, uma assistência e dois pênaltis sofridos. A cria do Ceilândia se considerada também já familiarizada com o futebol russo. “Eu já estou mais adaptada ao futebol e também com as minha companheiras e isso torna tudo mais fácil dentro de campo”.
Layssa foi vencedora do último prêmio de jogadora do mês do Lokomotiv e as boas atuações a fizeram concorrer mais uma vez. “Eu fico muito feliz com o reconhecimento do meu trabalho, os torcedores me apoiam bastante e vem gostando do futebol que eu estou apresentando aqui”, contou a atacante.
Para votar em Layssa, basta acessar o site do Lokomotiv e clicar no emoji em formato de coração.
Vida em meio à Guerra
As duas atletas estão vivendo em países que estão em conflitos. Israel está em guerra com a Palestina e a Rússia está tendo confrontos com a Ucrânia, mas as atletas contam que não estão sendo tão afetadas, mas torcem para o fim das guerras.
“Espero que essa guerra possa acabar logo e que possamos ter paz novamente”, falou Dany, que vive em Israel. Layssa também se mostrou incomodado com o cenário do país. “É um pouco complicado, mas acontece poucos casos sobre a guerra então isso nos tranquiliza um pouco”.
Seleção Brasileira
Com média de mais de um gol por jogo, Dany Helena sonha em voltar a vestir a amarelinha e se sente confiante para que isso aconteça.
A seleção é o sonho de toda jogadora. Fiz uma boa temporada e tive uma boa média de gols. Espero que um dia eles olhem com mais carinho para a liga Israelense que hoje tem muitas jogadoras brasileiras
Ainda jovem e com passagem na Seleção de base, Layssa sonha em estrear na categoria principal. “Eu vejo possibilidades de chegar a Seleção, é difícil pois, temos muitas jogadora boas, principalmente na minha posição, mas acredito que eu trabalho com o foco de ser melhor a cada dia e o trabalho vem sendo feito, tenho certeza que esse momento vai chegar um dia e estou tentando me preparar ao máximo para isso”.
As atletas avaliam muito bem a evolução do futebol candango e brasileiro. “O DF é celeiro de grandes jogadoras. Fico muito feliz com o sucesso das candangas e tenho muito orgulho de ser daqui. E com certeza voltaria sim, aqui foi onde comecei, onde tenho amigos e as pessoas que amo”, revelou Dany.
Eu acompanho os jogos do Brasileiro e consigo ver uma evolução muito grande a cada ano, mais investimento, o campeonato está sendo cada vez mais competitivo e isso ajuda o futebol feminino num todo
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