Jogadores do Sobradinho denunciam falta de pagamentos, diretoria nega

Foto: André Gomes

O Sobradinho Esporte Clube, tricampeão do futebol candango, passa pela maior crise da sua história. Na Série B deste ano, o Leão da Serra teve mais uma campanha ruim com nenhum ponto marcado, 29 gols sofridos e apenas dois marcados.

Após a goleada sofrida pelo Ceilandense por 12 a 0, o vice-presidente Ricardo Vale renunciou ao cargo e houveram posicionamentos dos ex-jogadores Dimba e Régis, além do gestor de futebol Felipe Carioca, que disse não ter tido nenhum apoio.

O DF Esportes recebeu denúncias por parte de jogadores do Sobradinho que alegam falta de pagamentos e descumprimento de acordos da diretoria. O atleta, que preferiu preservar sua identidade, revelou também que não houve auxílio-transporte. Com envio de comprovantes, o jogador mostrou que a taxa de inscrição para registro no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF teve que ser desembolsada pelos próprios atletas.

Tudo que a diretoria está falando não é dessa forma, o Felipe Carioca não teve nenhum apoio deles e eles que pediram para o Felipe montar o elenco para poder disputar a segunda divisão. Felipe montou o elenco fazendo a avaliação, como foi noticiado, duas semanas antes do início do campeonato, na hora de realizar contrato e registrar, teve atletas, como eu por exemplo, que tivemos que pagar do nosso bolso a taxa da federação e a taxa do contrato, pois ninguém do Sobradinho fez o mínimo esforço. Muitas vezes, esses valores, para alguns atletas, faz muita falta, eu, por exemplo, sou um simples assalariado e tive que tirar 500 reais do meu orçamento. 
Jogador do Sobradinho

Os treinamentos estavam acontecendo em Formosa-GO, onde o Sobradinho havia também alugado uma casa para os atletas. Como a maioria do elenco morava em Brasília, houve a mudança para que o time se preparasse no campo da Universidade de Brasília (UnB).

Outra acusação grave por parte do elenco é em relação a uma declaração de quitação que foi entregue antes do jogo contra o Botafogo-DF. “No jogo adiantado contra o Botafogo-DF, foi pedido para assinar um documento, no momento que fomos ler, vimos que se tratava de um recibo de valores que estavam sendo pago, mas não recebemos. Alguns atletas se recusaram assinar, mas teve atleta que assinou pela emoção de estar jogando um campeonato profissional pela primeira vez”, revelou um dos jogadores do Sobradinho.

Os contratos vigentes com os jogadores seria até dezembro deste ano, mas sem nenhum pagamento até o momento, os atletas estudam entrar com processo para buscarem seus direitos contra o Sobradinho na esfera judicial.

Posicionamento da diretoria

Buscando ouvir todos os lados, a equipe do DF Esportes entrou em contato com a diretoria do clube. O presidente Túlio Lustosa se pronunciou sobre as denúncias feitas. “O futebol profissional do Sobradinho estava sob o comando do Felipe. Fizemos um contrato particular e a responsabilidade sobre as despesas era dele”.

O gestor de futebol, Felipe Carioca, afirmou que tudo foi cumprido conforme o combinado em contrato e pediu que fosse procurado pelos atletas para explicar caso a caso. O ex-jogador também disse que os profissionais que se sentissem lesados, procurassem provar na justiça.

Felipe Carioca disse desconfiar que alguns atletas do plantel podem ter feito parte de esquema de manipulação de resultados. “Na verdade, tem que investigar jogadores que fizeram corpo mole, entregando jogo, fazendo gol contra, tomando cartão de propósito para ser expulso”, afirmou o dirigente.

Apesar da eliminação precoce na primeira fase da Série B, o Sobradinho ainda disputa o Candangão Feminino, e tem o jogo de volta da semifinal contra o Minas Brasília neste sábado (30). No Sub-15, o time está eliminado matematicamente, mas ainda tem duas rodadas a disputar.

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