Brasília é um enorme celeiro de atletas. Em qualquer modalidade, daqui saiu Leila, do vôlei, Joaquim Cruz do atletismo, os penta-campeões Lúcio e Kaká, que aliás foi o último  brasileiro a ser considerado o melhor jogador de futebol do mundo, entre outros.

Quem também vem fazendo bonito e trilhando um ótimo trabalho dentro do jiu-jitsu é o brasiliense Frederico Silva, o ‘’ Fredinho”. O faixa-preta que cresceu nas quadras da Asa Norte, hoje brilha nos Estados Unidos, desenvolvendo todo o seu talento na arte suave. A história do lutador começou há exatos 13 anos, quando ele deu os primeiros rolamentos dentro do tatame: “Eu comecei a treinar em 2006, tinha 16 anos na época. Um amigo de infância me chamou e continuei por forte influência do meu primo que na época era faixa marrom”, disse Fredinho.

De cara, Fred Silva já viu que tinha desenvoltura no esporte e, não à toa, todos que acompanhavam de perto o viam como uma grande promessa. Fredinho acreditou em seu potencial, levou o jiu-jitsu a sério e não parou mais. De lá para cá foram vários títulos dentro do esporte, dentre eles o ouro no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu, considerado o maior torneio do esporte no Brasil, na faixa azul e na marrom.

Já é clichê que viver do esporte no Brasil é extremamente duro e difícil e por isso, o faixa preta, como muitos outros, buscou a estabilidade financeira e o sonho de viver do jiu-jitsu em outros países: “Em 2015 eu recebi o convite de vir para o estado da Carolina do Norte para treinar e dar aulas na academia Alliance Charlotte, escola de jiu-jitsu do meu primo e multi-campeão Lucas Lepri”, contou.

Há quatro anos vivendo na América do Norte, o faixa preta deu um salto em sua carreira. Hoje, aos 29 anos de idade, o brasiliense vem crescendo dentro do esporte, ganhando experiência e claro títulos: “Foi uma oportunidade única poder treinar e dar aula em uma das maiores academias e com um nível tão alto de Jiu-Jitsu”, ressaltou o faixa-preta.

Dos mais relevantes Fredinho, foi vice-campeão no Pan americano No Gi ( sem kimono), bronze no Mundial IBJJF, o maior e mais desejado  campeonato do esporte, realizado na Califórnia na categoria dos leves, além de vários Opens em terras norte-americanas: “ Os maiores campeonatos de jiu-jitsu estão aqui nos EUA. O esporte é supervalorizado por todos, especialmente para os pais que buscam uma arte marcial para os seus filhos”, comemorou.

Com os investimentos e a valorização do esporte, O jiu-jitsu cresceu de forma exorbitante em todo mundo. Os lutadores americanos vêm trabalhando forte e atualmente são a segunda maior potência do esporte: “Com o crescimento do Jiu-Jitsu, os EUA chegou em um nível muito grande com diversos atletas em destaque. Isso é muito bom para o esporte e para a sua globalização, porém nas grandes finais do mundial,  a predominância ainda são dos brasileiros”, disse Fredinho.

A expectativa do atleta da equipe Aliance Charlotte é estar no top do jiu-jitsu. Hoje ele vive do esporte, dando aulas e treinando duro em busca do seu maior objetivo: “Meu sonho é competir e ser campeão nas principais competições no esporte, como o mundial  e o ADCC que é o maior evento de  luta agarrada onde atletas mundiais de vários esportes como, jiu-jitsu, judô, luta livre, wrestling, sambô e greco romana, competem entre si”, disse o campeão.

O plano do brasiliense é continuar lutando e vivendo do esporte, sua grande paixão. Segundo ele, os alvos já estão traçados,:“Mas também sonho em um dia ter a minha academia e poder ter uma influência positiva na vida das pessoas” finalizou.


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