Desde pequeno ele sempre gostou de artes pelas artes marciais. Porém o desejo e amor pela luta, ficou um pouco de lado, como a grande maioria dos garotos brasileiros, Lúcio Curado tentou ser jogador de futebol. Mas a difícil e dura realidade do mundo da bola fez o canhoto aposentar as chuteiras
logo cedo. Quando tinha 15 anos, ele conheceu o Jiu-jitsu, foi amor à primeira vista. “Comecei a treinar, com o professor Nielsen “Grilo”, e nunca mais parei”, conta o Lutador.

Desafio sempre foi o lema do campeão, quando era apenas faixa azul, Lúcio resolveu estrear no MMA, incentivado pelas raízes ideológicas do mestre Nielsen, o atleta caiu para dentro do “problema” e subiu no ringue, “Em 2008, decidi testar minhas habilidades. quando fiz minha primeira luta, percebi então que seria a minha profissão”, disse o casca-grossa.

A estreia não poderia ter sido melhor, vitória no primeiro round com um lindo mata- leão. Quem o via treinar sabia que tinha futuro, com a escassez de eventos de MMA na capital federal o atleta viu a promissora carreira ser interrompida, Curado continuou firme na arte suave, ganhou títulos e conquistou à tão sonhada faixa-preta.

Em meados de 2010 com a febre do esporte no Brasil, o lutador viu a oportunidade de calçar as luvas novamente. Começou a treinar boxe e muay-thai para ter base na luta em pé, e não fez feio. O jovem e promissor lutador emplacou vitórias em adversários duros e experientes, até que surgiu a chance de lutar no maior evento de MMA da América latina: o Jungle Fight Championship. “Assinei contrato no Jungle e após duas vitórias tive a chance de disputar o cinturão da categoria peso leve até 70 quilos”, falou o campeão.

Foto: Arquivo Pessoal

O jovem faixa-preta da equipe Gracie Barra, estava à uma vitória do cinturão de uma das categorias mais acirradas do esporte. Lúcio embarcou com seu fiel professor Nielsen para a cidade do Rio de Janeiro, para o maior desafio até então da carreira. Curado enfrentou o norte americano Sean Peters, e após três rounds de total domínio, o atleta trouxe para Brasília o cinturão nas malas.

O título veio juntamente com a felicidade, glória e reconhecimento. Mas nem tudo na vida são flores, em sua primeira defesa de cinturão o atleta enfrentou o experiente e duro Ivan Batman, que tem em seu currículo passagem no UFC maior evento de MMA do planeta, acabou sendo derrotado, “ Fui campeão de uma grande organização muito jovem com 22 anos. Acabei tendo altos e baixos durante minha carreira, mas nunca desisti apesar das dificuldades e falta de apoio que encontramos atualmente em
nosso país”, ressaltou o casca-grossa.

O atleta que hoje está com 29 anos segue na batalha e no sonho de viver do esporte. Em seu cartel os números são expressivos, são 17 combates com 11 vitórias. Em sem último compromisso o campeão cruzou o mundo pelos ares, lutou em Tóquio capital japonesa e a vitória não veio por um detalhe, na reta final do combate onde era certo o triunfo, Lúcio sofreu uma golpe na cabeça que abriu um profundo corte, obrigando o árbitro parar a luta.

O faixa-preta deixou uma ótima impressão aos organizadores do evento, e em 2019 pretende voltar na terra do sol nascente, “ Esse ano espero voltar a competir no Jiu- Jitsu esportivo, e fazer de duas à três lutas de MMA”, conta Curado. Mesmo com todas as dificuldades que os atletas do esporte passam aqui no Brasil, ele não desiste “O que me motiva a continuar é tentar evoluir como pessoa e atleta. Além de poder conhecer o mundo por meio da luta e me testar contra os melhores oponentes, sei que tenho potencial para isso”, disse o faixa-preta.

O talentoso lutador não esconde o desejo de ir para os Estados Unidos onde a valorização do atleta é notória. Segundo ele a expectativa é de ir embora para a América e rever o seu mentor, “ Minha meta atualmente é poder ir para os Estados Unidos e reencontrar meu primeiro professor Nielsen Nunes que me introduziu no mundo do MMA. poder fazer algumas lutas por lá. No Brasil os atletas não são valorizados como deveriam ser”, finalizou o casca-grossa.

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