Medalhista de ouro, Matheus Brasília se emociona com recentes conquistas no Pan Americano
O Brasil terminou o Pan Americano de Santiago com uma de suas melhores performances de todos os tempos. No quadro de medalhas, o Brasil ficou atrás apenas dos Estados Unidos na segunda colocação geral, com 66 medalhas de ouro, 73 de prata e 66 de bronze. Entre as medalhas de ouro conquistadas, uma foi especial para o candango Matheus Brasília (foto acima).
Natural de Taguatinga, Matheus Brasília foi uma das sensações da Seleção Pan Americana de Vôlei durante o Pan Americano deste ano. Levantador da equipe do São José-SP, Brasília foi um dos pilares da amarelinha na campanha do ouro, quando derrotou a arqui rival Argentina na final por 3 sets a zero. Matheus foi escolhido como o melhor atleta de sua posição, durante a entrega de medalhas.
Nada mau para um menino que saiu de casa incentivado pelos pais e irmã aos dez anos de idade para participar de um projeto social chamado “Amigos do Vôlei” em 2007. Falando de São Paulo com o DF Esportes, Matheus Brasília relembrou como foi seu início de carreira no DF: “Comecei em Brasília mesmo, em um projeto social criado pela Leila (do Vôlei, senadora) e a Ricarda (braço direito da senadora), duas ex-atletas profissionais de vôlei, medalhistas olímpicas, e comecei lá mas infelizmente o projeto terminou. Eu continuei em Brasilia atuando pelo CID (Centro de Iniciação Esportiva) com o professor Douglas, e a partir dali eu continuei me desenvolvendo. Tendo destaque, fui convocado para a Seleção de Brasília para disputar o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, e em um desses brasileiros de São Leopoldo-RS (2013), eu tive o convite de integrar a equipe do Pinheiros-SP”.
Com apenas quinze anos, Matheus Brasília temeu aceitar o convite da tradicional equipe paulista para mudar para São Paulo-SP e ficar longe da família. Mas o seu treinador (Douglas) o incentivou a aceitar o desafio: “Fui então para o Pinheiros-SP, um clube tradicional do estado de São Paulo, formador, olímpico. Junto com o professor Sílvio (Forti), aceitei o convite e fui para São Paulo em 2015, e daí comecei minha jornada até virar um atleta profissional” disse.
Ali começou a carreira de sucesso de Matheus Brasília, que depois de muitos anos atuando no Pinheiros-SP, passou por São Bernardo-SP e SESI-SP, onde conquistou o terceiro lugar na Superliga em 2019. Depois de defender Copel/Maringá-PR e Azulin/Uberlândia, atualmente, o levantador disputa a Superliga pelo Farma Conde/São José-SP (foto acima): “Ano passado a gente ficou em terceiro lugar na Superliga e eu fui eleito o melhor levantador do Campeonato” lembrou.
A primeira convocação para a Seleção Brasileira viria em 2019, e a partir daquele momento se criava o desejo de conquistar algo maior pelo seu país. Matheus Brasília descreveu como foi a sensação de defender o Brasil nos jogos pan americanos: “Passei pelas categorias de base da Seleção Brasileira, entre jogos sulamericanos e Mundial, e depois de minha passagem pelo SESI tive a minha primeira convocação para a Seleção Adulta. Esse ano foi a minha primeira conquista atuando pela Seleção Brasileira. Foi uma sensação diferente, única. Eu cresci vendo os jogos pan americanos como as olimpíadas das américas, um campeonato super importante. Hoje ter a oportunidade de participar foi um feito muito significativo na minha carreira, foi motivo de muito orgulho e muita honra pela convocação e pela disputa ali dos jogos pan americanos, e ser coroado com a medalha de ouro, fez valer toda a caminhada, todos os esforços diários. Acaba trazendo mais responsabilidade e mais vontade de conquistar ainda mais, não só com a Seleção como nos clubes, na minha carreira”.
Mas foi na hora do pódio que o atleta candango teve a sua melhor sensação. Segundo ele, estar junto com os companheiros recebendo a premiação pela conquista, fez valer a pena todos os esforços diários para chegar até ali:
“Foi uma emoção única, Principalmente ali na hora do hino nacional tocado no lugar mais alto do pódio, muita emoção trazer essa medalha de ouro que tem doze anos de espera que não chegava no lugar mais alto do pan americano. foi muito gratificante, acho que o nosso grupo merecia, sensação de trabalho cumprido. E ser reconhecido pelo prêmio individual de melhor levantador também traz um gosto especial a mais de ter contribuído com a minha equipe, meu país e ainda ter esse reconhecimento, é indescritível. Me dá a sinalização de que estou no caminho certo”
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