Aloísio Lima é um dos principais nomes do tênis de mesa paralímpico mundial. O Brasiliense de 45 anos que compete pela categoria C1, para atletas cadeirantes (A numeração vai de 1 a 5 e quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físicomotor do atleta.), encerra o ano de 2018 com a conquista do bicampeonato brasileiro e a confirmação da vaga para os Jogos parapan-americanos de Lima, no Peru, em 2019.
Macaco, como foi apelidado pelo pai, conquistou a mais recente competição nacional disputada em Concórdia, Santa Catarina, no início deste mês.
A vaga antecipada para os Jogos Parapan- Americanos foi confirmada dias depois na seletiva que aconteceu no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
O candango vai tentar o bicampeonato da competição das Américas. Aloísio subiu no lugar mais alto do pódio em 2015 em Toronto, Canadá.

O esportista, que passou por duas cirurgias no braço esquerdo neste ano, avalia 2018 como positivo. “ Foram praticamente seis meses parado sem poder treinar, mesmo assim, terminei o ano como campeão brasileiro e conquistei a vaga para o Pan . As cirurgias aconteceram da forma com que os médicos esperavam. Então, não tenho do que reclamar”.
Sobre a responsabilidade de tentar manter o título, o multicampeão garante estar tranquilo. “ defender título faz parte da vida do atleta de alto rendimento, eu me preparo para isso. A vitória ou a derrota são definidas por alguns detalhes. Eu estou preparado“.
Em seu vasto número de conquistas, Aloísio ainda tem o bronze por equipes no Mundial da China de 2014, mesma cor da medalha que o levou ao pódio dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro- 2016, ao lado de Guilherme Costa e Iranildo Espíndola.
O esporte sempre fez parte da vida de Aloísio. Prova disso é que ele ficou tetraplégico após uma queda quando praticava rapel no ano de 2003. Depois do acidente, começou a praticar tênis de mesa como parte dos exercícios de reabilitação. Aos poucos veio a rápida adaptação e o amor pela modalidade .
Outros Brasilienses já confirmaram vaga no para Parapan- Americano de 2019. São eles:
Carla Maia e Iranildo Espíndola, ambos competidores da classe 2.
Ronaldo Pinheiro garantiu o título da classe C2, porém até o momento não tem os pontos necessários no ranking para disputar os jogos de Lima.
*O tênis de mesa paralímpico também é disputado por atletas andantes, a classe é numerada de 6 a 11 (a classe 11 é disputada por atletas com deficiência intelectual). Quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físicomotor do atleta.