Com as recentes decisões implementadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na prática do futebol feminino profissional do Brasil, mudanças promissoras para o futuro da modalidade estão por vir. Conforme noticiado anteriormente, a Série A1 do Campeonato Brasileiro terá nova fórmula de disputa e a Séria A2 terá seu número de competidores ampliado. Na divisão principal da maior competição de futebol feminino do país, as equipes se enfrentarão entre si em turno único, onde os oito melhores se classificarão para uma nova fase mata-mata e os quatro últimos serão rebaixados para a Série A2.

A Série A2, por sua vez, sofreu mudanças ainda mais radicais. A partir de 2019, graças ao licenciamento de clubes da CBF e da Conmebol, os clubes que integram a Série A do Brasileirão masculino serão obrigados a manterem investimentos na formação de equipes femininas de futebol que cumpram requisitos mínimos estabelecidos pelas entidades futebolísticas. Com isso, a segunda divisão do Brasileirão feminino passará a ter 36 equipes disputando o troféu – anteriormente eram 16.

Nova competição de base

Mas a grande novidade certamente é a criação da mais nova competição feminina de base. Prevista para ser disputada entre 8 de julho e 21 de setembro, o Campeonato Brasileiro Sub-18 terá a participação de 24 equipes dividias em seis grupos com quatro clubes cada.

A criação de uma competição voltada para atletas em formação atende a uma cobrança antiga de profissionais que lidam com o futebol feminino e a decisão de estipular a categoria “sub-18” não foi randômica: “O futebol feminino está perdendo jogadoras muito rapidamente para o exterior”, conta Romeu de Castro ao jornal O Globo. O gerente de futebol feminino da CBF prossegue: “É necessário que se forme atletas que sejam usadas nas equipes adultas e ao mesmo tempo fomentem as duas categorias de seleções de base que temos, sub-17 e sub-20”, enfatiza.

Minas/Icesp

Atual campeão brasileiro da Série A2, o Minas/Icesp disputará a inédita competição Sub-18 representando o Distrito Federal. A vaga para compor a tabela com outras 23 equipes que disputarão o primeiro título da competição veio justamente graças ao título da segunda divisão profissional. Apesar de ainda não ter sido divulgada oficialmente pela CBF, Minas/Icesp e Vitória-BA estariam apalavradas com Romeu de Castro acerca da vaga para a competição.

Em conversa com o DF Sports, a presidente do Minas, Nayeri Albuquerque, falou da importância da vaga para o futebol feminino de Brasília como um todo: “Estamos muito felizes por isso. Esse título do Brasileirão A2 está muito além do que a gente imaginava, pois abriu portas para o DF e o futebol feminino em si. A oportunidade de participar do sub-18, que é algo inédito, é muito bom pra gente. Estamos correndo atrás”, ponderou a carola. A presidente confirmou também que o clube fará seletivas de atletas para formar equipes sub-16 e sub-17.

A vaga para disputar a primeira edição do Campeonato Brasileiro Sub-18 estende ainda mais o leque para equipes femininas do Distrito Federal. Além do Minas/Icesp que disputará a Série A1 do Brasileirão no profissional e o Brasileirão Sub-18, o Cresspom se prepara para a disputa da Série A2. A vaga do clube veio graças à conquista do Campeonato Brasiliense por parte do Minas, que bateu o próprio Cresspom na decisão e, por ter se garantido na elite do futebol brasileiro meses antes, assegurou uma vaga para o DF na segunda divisão de 2019.

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