É inegável que a pandemia do novo coronavírus vem preocupando a todo mundo, mas a incerteza sobre o possível prazo para o retorno das atividades convencionais também vem tirando o sono de muita gente. E o DF não fica atrás, sobretudo quando se trata da reabertura das praças para o recomeço do Campeonato Candango, interrompido no dia 18 de março.
Depois de trinta dias de férias coletivas, uma das medidas da Federação de Futebol (FFDF) foi pedir orientações ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) sobre como deverá ser o procedimento para o retorno das atividades do futebol profissional. E as notícias não são nada boas. O órgão respondeu recomendando que não seja realizado qualquer evento esportivo que provoque aglomeração.
O MPDFT sequer considera a realização das partidas com portões fechados, que permitiria aos clubes e Federação pelo menos finalizar o Candangão deste ano o quanto antes. Os motivos elencados foram, entre outros, o estado de emergência declarado pelo governador Ibaneis Rocha, a orientação de isolamento social pregada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a perspectiva de a curva de contágio da covid-19 ascender entre os meses de maio e junho.
Porém, o mesmo órgão deixou uma brecha. Caso seja criado um protocolo de saúde que evite a disseminação do vírus no meio esportivo, há a possibilidade de que os treinos e jogos sejam liberados. A iniciativa já foi implementada no Rio Grande do Sul e permitiu que Grêmio e Internacional retornassem aos treinos.
Entre as medidas combinadas, estão a descontaminação dos centros de treinamento, investimento em estruturas temporárias, horários alternados para treinos, suspensão de troca de uniformes e testagem rápida de todos os envolvidos. Com isto, um decreto municipal autorizou o retorno das atividades de ambos os clubes.