Morador da M Norte é campeão sul-americano de Jiu-Jitsu

Foto: Arquivo pessoal

Elson Andrade Neto, de apenas nove anos, se sagrou campeão sul-americano mirim de Jiu-Jitsu na última semana. A competição foi organizada pela Federação Brasileira de Jiu-Jitsu (FBJJ) e realizada no Clube da Portuguesa, em Taguatinga-DF.

Para assumir o lugar mais alto do pódio na categoria mirim 2, Elson teve que vencer três lutas. Mesmo com a pouca idade, o garoto já vem colecionando algumas conquistas e, com esse último título, ele chegou a 12 medalhas de ouro. Ele também esteve no pódio outras vezes, com três pratas.

Já sendo campeão brasiliense, do centro-oeste e sul-americano, um dos poucos campeonatos que faltam para o mini lutador é o Brasileiro. Ele chegou a disputar a competição no Rio, não chegou ao pódio, mas tem isso como a próxima meta na sua curta trajetória. Até o momento, Elson está invicto em 2023, na sua categoria.

Trajetória

O jovem lutador é morador do Setor M Norte, que fica em Taguatinga Norte, e é praticante do esporte desde 2020, quando ele tinha apenas 6 anos. Desde os 7 anos de idade, ele atua na Diderot Team, academia localizada na EQNM 36/38, também na M Norte. A academia carrega o nome de um ex-mestre do CT que faleceu precocemente, aos 45 anos, devido a pandemia da COVID-19.

O seu treinador, Alexandre, conhecido como Xandão, disse que o garoto chegou cheio de energia e foi evoluindo muito com os treinamentos. Segundo o coach, o esporte fez Elson até mesmo melhorar o seu comportamento. “Quando ele chegou, ele era bem bagunceiro (risos) e usamos o jeito explosivo dele para as competições. A disciplina dele hoje é totalmente diferente, dentro e fora do tatame. Ele não é mais bagunceiro, hoje ele conversa melhor, o jiu-jitsu influenciou muito no comportamento dele”.

A irmã de Elson, Tauanne, reforçou que o garoto se encontrou no esporte desde o seu primeiro contato. “Ele, desde que entrou, gostou muito do jiu jitsu, o mestre Xandão enxergou um grande potencial para competir. Como o Elson se empolgou, o apoiamos e começamos a levá-lo para os treinos”.

A família do garoto se esforça para levar o pequeno em todos os campeonatos, mesmo com a dificuldade de custos. Mesmo ainda tão novo, Elson quer seguir carreira no jiu-jitsu, mas para isso precisa de mais apoio financeiro.

Ainda estamos em busca de patrocínio, pois os gastos são muitos, mas meu pai e eu sempre fazemos o possível para ele ir a todos os campeonatos possíveis. Ficamos muito felizes com todas essas vitórias, apoiamos na derrota também e ensinamos que nem sempre se pode ganhar. Conseguimos enxergar um futuro profissional no jiu-jitsu para o Elson, e ele, apesar de ser criança, também enxerga esse futuro.
Tauanne, irmã de Elson

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