As Olimpíadas de Tóquio chegaram ao fim, e após 16 dias e 33 modalidades sendo disputadas, o Brasil alcançou um resultado histórico, conquistando 21 medalhas e terminando em 12º. O DF, que teve oito representantes, conquistou uma medalha de ouro – Reinier, no futebol masculino -, mas também teve bom desempenho com os outros atletas.
Tandara – vôlei de quadra
A oposta brasiliense, que vinha sendo uma das titulares no time do técnico Zé Roberto, acabou sendo banida dos jogos pouco antes da semifinal contra a Coreia do Sul por doping.
Em exame realizado no dia 7 de julho, ainda no Brasil, foi constatada a presença de ostarina, substância que modula o metabolismo e pode ajudar no ganho de massa muscular, classificado como anabolizante. A defesa da jogadora do Osasco alega que a substância entrou por acidente em seu organismo, e já foi realizada a contraprova.
Caso a contraprova confirme que houve equívoco no resultado do exame, Tandara receberá a prata conquistada pela equipe, que seria sua segunda medalha olímpica.
Bruno Schmidt – vôlei de praia
Campeão olímpico em 2016 e número seis no ranking do vôlei de praia, Bruno Schimdt não conseguiu repetir o mesmo desempenho ao lado de Evandro. A dupla acabou sendo eliminada nas oitavas de final para a dupla da Letônia, após terminarem a fase de grupos invictos, com 3 vitórias.
Bruno teve sua preparação prejudicada quando contraiu covid-19 e chegou a ficar internado na UTI, tendo 70% dos pulmões comprometidos. Logo após a eliminação, valorizou sua recuperação, e mesmo já estando com 34 anos, disse que ainda não pensou sobre aposentadoria, e quer jogar enquanto se sentir bem.
Kawan Pereira – saltos ornamentais 10m plataforma
Com apenas 19 anos e na sua primeira Olimpíada, Kawan avançou para uma final, o que nenhum brasileiro havia feito antes na história dos saltos ornamentais.
Kawan se classificou para a final na última colocação que daria vaga, com apenas dois pontos de diferença para o 13º colocado. E na disputa por medalha, o piauiense radicado em Brasília ainda conseguiu melhorar o seu feito, terminando na 10ª colocação. O atleta somou 393.85 pontos depois de seis saltos.
Luana Lira – saltos ornamentais 3m trampolim
A paraíbana que vive no DF também disputou a sua primeira Olimpíada, e por apenas três colocações, não conseguiu avançar para a final. Terminou a semifinal na 21ª colocação entre as 27 atletas em disputa, e apenas 18 se classificavam para a última fase.
Na disputa realizada no Centro Aquático de Tóquio, Luana Lira fez 244.35 pontos na somatória de seus cinco saltos (49.95 / 54.00 / 36.00 / 50.40 / 54.00).
Caio Bonfim – marcha atlética
Nos 20km da marcha atlética, Caio Bonfim lutou contra o calor de 30º C e sensação térmica de 36º C da cidade de Sapporo, onde teve que se resfriar com colete de gelo e se hidratar bastante durante a prova.
O brasiliense teve um começo de prova abaixo do esperado e depois se recuperou, terminando a prova na 13ª colocação. Mesmo não tendo repetido o desempenho de 2016, quando terminou na quarta colocação, Caio, que é o principal nome da marcha atlética brasileira, ainda seguirá representando o DF e o Brasil nas competições internacionais.
Ketleyn Quadros – judô
Ketleyn voltou a disputar uma olimpíada após 13 anos, e por pouco não foi para a disputa do bronze. A brasiliense, que é natural da Ceilândia, venceu as duas primeiras lutas, mas acabou perdendo nas quartas de final e também na repescagem, terminando a competição de até 63kg na sétima posição. Ketleyn é a número cinco do judô na sua categoria.
Reinier – futebol
O jovem Reinier, criado na escolinha do Guaraense, garantiu a medalha de ouro, sendo importante saindo do banco de reservas, inclusive convertendo o pênalti que garantiu a equipe na final.
O representante do DF no futebol tem apenas 19 anos, e atualmente é atleta do Borussia Dortmund. Nos próximos Jogos Olímpicos, que serão disputados em Paris, em 2024, o jogador ainda terá 22 anos, dentro da idade permitida para a competição.