Nascida em Luziânia-GO, 31 anos, formada em Educação Física e integrante do quadro Fifa. Essa é uma breve apresentação da árbitra assistente Leila Naiara Moreira da Cruz, que foi aprovada com louvor no teste físico habilitatório para representar Brasília e o Brasil nos Jogos Pan Americanos de Lima de 2019, que vai de 26 de julho a 11 de agosto.
Leila trabalhava em uma academia quando seu amigo Rogério Bueno, árbitro da CBF, a chamou para fazer o curso de arbitragem. “No começo eu me recusei, mas ele me inscreveu mesmo assim e acabei indo. Com o tempo fui me apaixonando pela arbitragem”. Para a árbitra, as mulheres vêm superando o pensamento equivocado de que o futebol é coisa de menino, e apesar de já ter sofrido preconceito, diz não se importar.
No quadro Fifa desde o começo de 2019, essa será a primeira competição internacional fora do país na carreira de Leila, que já apitou Chile x Canadá no Torneio Internacional de Futebol Feminino em Brasília, em 2013. Para o Pan, o teste foi o ARIET, que tem como objetivo avaliar a resistência com alternância de deslocamentos com mudança de direção e sentido durante a execução. É uma prova específica para assistentes, que exige muita concentração e condicionamento físico.
O processo para alcançar o escudo Fifa é longo. Começa no curso de arbitragem, depois em jogos do Sindicato dos Árbitros e da Federação, seguido por indicações ao quadro da CBF e só depois indicações ao quadro entidade máxima do futebol. “Além desse processo todo, existe também muito trabalho físico e teórico, disciplina, comprometimento e foco”, afirma a assistente. Com esse objetivo conquistado, o próximo passo da carreira de Leila será fazer jogos da Série A do Brasileirão.