Paranoá repete melhor campanha de sua história e deixa bom legado para 2024

Foto: Filipe Fonseca

No último sábado, Paranoá chegou a ficar 10 minutos com os pés na final, mas nos acréscimos, sofreu o empate do Real Brasília em pênalti polêmico e acabou eliminado. Mesmo fora da grande final, a Cobra Sucuri repetiu a ótima campanha de 2005, quando acabou caindo também nas semis e terminou na terceira colocação.

O time voltou à elite candanga em 2022, quando chegou a figurar entre os quatro primeiros, mas perdeu fôlego na reta final. Em 2023, começou o campeonato muito bem, mas oscilou e chegou a sair do G4, e viu a classificação ser conquistada na bacia das almas. Apesar de ter sofrido gols em todos os jogos, o time conseguiu ter um ótimo desempenho ofensivo para buscar empates e viradas.

Campanha

A Cobra Sucuri apresentou um elenco mesclado entre jovens e experientes jogadores, e todos eles com destaque nos clubes que passaram. O clube fez um alto investimento e trouxe Paulo Rangel, jogador com longa rodagem. Além dele, também tinha Michel Platini, que acabou deixando o clube às vésperas do início do Candangão. A principal contratação chegou faltando duas semanas, o meia Vitor Júnior, ex-Botafogo e Internacional.

O início do Paranoá foi melhor do que o planejado, com duas vitórias por 2 a 1 para cima do Santa Maria e Brasília. Porém, no duelo da terceira rodada, o time começou sua oscilação com uma atuação ruim e uma derrota elástico por 3 a 0 para o Ceilândia.

Contra o Gama, a equipe teve um confronto direto pelo G4. O duelo foi bastante equilibrado e acabou terminando empatado. No jogo seguinte, o clássico da RA do Paranoá foi disputado no pré-Carnaval. Contra o Capital, mais uma vez o time começou perdendo, e novamente buscou o empate. Após o resultado, o técnico Klésio Moraes, que estava no clube desde 2021, deixou o comando para seguir um novo projeto

Pela sexta rodada, o Paranoá tinha jogo contra o lanterna Taguatinga na estreia do novo técnico, o renomado Luis Carlos Souza, o Carioca. Uma vitória botava o time de volta no G4 e quebrava o jejum de dois jogos. Com o favoritismo todo do Paranoá, o TEC surpreendeu e abriu 2 a 0. Era o quarto jogo que o Paranoá começava perdendo e, mais uma vez, conseguiu empatar. Esse foi o terceiro empate consecutivo da equipe, e dessa vez, contra o pior time do Candangão naquele momento.

Bastante pressionado, o Paranoá tinha pela frente o forte time do Brasiliense. O time precisava quebrar um jejum de 18 anos para conseguir se manter vivo na busca pelo G4. Dessa vez, começou vencendo, mas sofreu o empate. Quando tudo parecia caminhar para mais um placar igual, a Cobra Sucuri conseguiu uma vitória salvadora em cabeçada de João Carlos. O time entrou no G4 e a situação parecia encaminhada.

Time guerreiro

Na penúltima rodada, enfrentou o líder Real Brasília e sofreu um revés que deixou o time na quinta posição para a última rodada. O confronto era contra o Samambaia, terceiro colocado. O Doguinho ficou na frente duas vezes no placar, só que mais uma vez o Paranoá mostrou espírito guerreiro, buscou o empate e depois a virada, com dois gols de Lucas Victor. Essa vitória concedeu a última vaga para a próxima fase, para voltar a enfrentar o Real na semifinal.

No jogo de ida, o Paranoá botou mais de mil torcedores no Estádio JK e mais uma vez começou atrás do placar. Assim como na maior parte do campeonato, se recuperou e empatou a partida aos 50 minutos do segundo tempo, com Dedé. O gol deu esperança para o jogo de volta.

Na partida decisiva, o Paranoá conseguiu abrir o placar aos 36 do 2º tempo, com o predestinado Lucas Victor, que de novo entrara no decorrer do jogo. Porém, nos acréscimos, a bola tocou na mão do zagueiro Dedé, o árbitro Rodrigo Raposo foi chamado pelo VAR e assinalou o pênalti, que dividiu opiniões. Luquinha cobrou muito bem, sem chances para o goleiro Matheus Damasceno, e carimbou a eliminação da Sucuri.

O final não foi o esperado pela equipe, que se mostrou persistente e organizada. Porém, o Paranoá sai com a sensação de que deu seu máximo, tanto por parte da diretoria, quanto pelos atletas. Destaques para Willian Jr, que comandou o meio campo do time, e do artilheiro dos gols decisivos, Lucas Victor, que apesar de ser considerado reserva, marcou seis gols.

Com investimento forte, o Paranoá não quer parar por aí, e tem planos de investir ainda mais em sua estrutura. O time viu que seguindo com o trabalho sério, pode chegar longe nos próximos anos. A equipe ainda conta com chance remota de classificação para as competições nacionais de 2024, caso Ceilândia ou Brasiliense se classifiquem para a Série D.

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