Presidente da FFDF abre o jogo e analisa momento esportivo do futebol local e da Seleção Brasileira
Ainda em Brasília para resolver questões de saúde, o presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), Daniel Vasconcelos, conduziu pessoalmente o Conselho Arbitral do Campeonato Candango Série B, ao lado de seu staff e de representantes dos clubes presentes. A reunião, que normalmente dura em torno de duas horas de discussão, acabou sendo reduzida a apenas uma, o que demonstra o alinhamento de todos em relação à organização prévia e o respeito ao trabalho do atual presidente frente à FFDF.
Após a reunião, o DF Esportes entrevistou o dirigente que não só é responsável pela Federação, como também possui grande prestígio junto ao atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Não à toa, foi escolhido para chefiar a delegação da Seleção Feminina que irá disputar a Copa do Mundo. O assunto girou, claro, sobre o resultado final do Arbitral da Divisão de Acesso. Mas, também sobrou tempo para falar sobre os velhos problemas com estádios em Brasília, o bom momento vivido pela dupla candanga na Série D e também sobre a Seleção Brasileira, tanto Feminina quanto a Masculina. A primeira vive a expectativa de disputar a Copa do Mundo a partir da semana que vem. Já a segunda segue sem comando definido, uma vez que a CBF ainda sonha que Ancelotti irá trocar o Real Madrid para assumir a Seleção Brasileira.
Daniel Vasconcelos fez uma análise do Arbitral da Segunda Divisão. Ficou satisfeito com o bom número de clubes interessados (12), fez uma autocrítica positiva e pediu para que as equipes envolvidas se organizem:
“Primeiramente, agradecer a presença do DF Esportes em nos prestigiar e ver o trabalho que a gente faz com toda a transparência. Tudo aqui é decidido juntamente com os clubes, sorteio de tabela, tudo é feito com toda transparência e com todos acompanhando. Um campeonato com doze equipes é um campeonato bem disputado, já estamos vendo nos bastidores algumas equipes se organizando, então eu acredito que a gente terá um campeonato muito forte, isso é um reflexo. A gente já viu uma segunda divisão com seis ou sete clubes, então acho que isso é positivo quando se fala em fomento para o futebol. Acho que isso engrandece e a gente torce que todas as equipes tenham a responsabilidade também de fazer um bom papel, um bom campeonato, se organizem para que a gente não tenha nada negativo para manchar a nossa competição“.
Velho calcanhar de Aquiles do futebol de Brasília, a pauta sobre os estádios vem ganhando um reforço importante com a chegada do Deputado Júlio César assumindo a cadeira de Secretário de Esportes do Governo do Distrito Federal (GDF). O presidente da Federação falou sobre a expectativa da reabertura do Bezerrão, no Gama, e também que as demais praças esportivas possam obter todos os laudos necessários para receberem público:
“É como eu sempre falo, aqui é a mesma novela quando se fala em estádios. Toda a dificuldade, mas o Deputado Júlio (César) tem nos ajudado, se empenhado muito para nos ajudar na questão dos estádios. Então, o Bezerrão ficou mais de dois anos fechado e, nos próximos dias, vamos ter a reabertura do Estádio. Lá no Rorizão, foi feito um investimento da Secretaria de Esportes e também vai ter condições de jogos. A gente vai ter o estádio de Luziânia (Serra do Lago), Serejão, Abadião, o próprio Formosa (Diogão) onde a ARUC está mandando os juniores, a segunda divisão deve jogar lá também. Então, eu vejo que nós não vamos ter problemas com estádios, mas a gente tem que estar cobrando, buscando também. Acho que os clubes que jogam em cada estádio, eles têm que nos ajudar a correr atrás, né? O próprio Sobradinho (Augustinho Lima), falei também com o deputado Ricardo (Vale), que é de Sobradinho, que foi presidente do Sobradinho, para nos ajudar dando essa força. É muito ruim a gente não ter o Augustinho Lima, é muito ruim quando a gente vê aquele público pequeno nos estádios porque, às vezes, o Sobradinho sai pra jogar em Formosa e só quem é muito apaixonado vai acompanhar o clube, senão as pessoas não vão. Ou o próprio Sobradinho vai sair de lá para jogar no Serejão, no Abadião, onde seja… então as pessoas da própria cidade não vão acompanhar. A gente luta para que cada clube jogue em sua cidade, que é para que a gente tenha mais público e assim crescer o futebol de Brasília” pediu.
Daniel também disse estar muito feliz com as campanhas de Ceilândia e Brasiliense no grupo A5 da Série D. Enquanto o Ceilândia já está classificado para a segunda fase, com a melhor defesa dos 64 times que disputam a competição, o Jacaré entra na última rodada dependendo apenas de si para cravar a classificação para o mata-mata:
“Eu estou bem otimista, o Ceilândia vem com um time muito bom, consistente, tanto que se classificou com uma rodada de antecedência em primeiro lugar da chave, e o Brasiliense também vem numa crescente muito boa nos últimos jogos, só depende dele mesmo para se classificar. Então, a gente fica na torcida para que os dois passem e que avancem até as semifinais para a gente ter o acesso de um dos dois ou, quem sabe, os dois, se não se confrontarem no caminho. Que eles conquistem o acesso, porque só assim a gente consegue crescer o futebol de Brasília voltando às divisões nacionais. Nós da Federação temos nos empenhado. Quando os clubes pedem, nós os acompanhamos mesmo fora de Brasília, quando acham que nós somos bem-vindos (risos), a gente vai. A gente só não vai onde não é chamado, agora, quando o clube pede que a gente acompanhe, faço questão de acompanhar porque a gente sabe da importância da Federação presente em cada jogo. Então, vamos juntos torcer, eu acho que quando a gente torce para o Ceilândia e para o Brasiliense na série D, a gente está torcendo pelo futebol de Brasília. Só tendo um acesso para a Série C e depois série B é que a gente terá um crescimento no futebol de Brasília“.
O atual chefe da delegação da Seleção Feminina também se mostrou otimista com a perspectiva da Seleção Feminina encantar na Copa do Mundo deste ano. Segundo ele, o presidente da CBF investiu pesado na equipe comandada pela técnica Pia Sundhage e enfatizou o clima de união vivido pelas atletas:
“Eu sou até um pouco suspeito de falar, porque eu acompanho a Seleção Feminina desde 2018, inclusive, eu não fui convocado pelo Presidente (Ednaldo Rodrigues) para ser chefe de delegação, fui convocado pelas meninas. Então, eu criei uma amizade de carinho e de respeito com as jogadoras, e o presidente tem dado todo o apoio e suporte necessário, tudo o que a Seleção Masculina tem, ele tem feito na Feminina também. As meninas saíram daqui de Brasília, foram para a Austrália de vôo fretado, o presidente tem tratado isso com muito carinho, com muito zelo, e a gente sabe da capacidade de cada menina. A gente sabe que as seleções européias ali, os Estados Unidos, a própria França que está no grupo do Brasil, se a gente olhar estão um pouco à nossa frente. Mas, a gente sabe que futebol é dentro de campo, é momento, e eu posso dizer para você que eu convivo esse momento com as meninas no dia a dia, mesmo eu não estando lá, as coisas estão passando todos os dias por mim aqui. E eu posso dizer que o momento é muito bom, estão numa harmonia e numa união muito boa, e a gente tem tudo para fazer uma grande Copa do Mundo e, se Deus nos abençoar, a gente volta com a taça para o Brasil“.
Para finalizar a entrevista, pedimos a opinião do Presidente da FFDF sobre a novela envolvendo a escolha do técnico da Seleção Brasileira Masculina, que já rendeu vários capítulos tensos. Ednaldo Rodrigues insiste que o atual técnico do Real Madrid-ESP, Carlo Ancelotti, já teria aceitado a proposta da CBF para comandar o escrete amarelo a partir de 2024, quando se encerra o contrato com os Merengues. Todavia, se arrependeu de ter colocado o técnico da Seleção Sub-20, Ramon Menezes, como interino, e para “consertar” o erro, a bola da vez é Fernando Diniz, do Fluminense-RJ. Mas, nem a boa fase no tricolor carioca foi capaz de mudar a obsessão do presidente da CBF em ter o veterano treinador internacional à frente do Brasil:
“Rapaz, isso aí é uma questão de opinião, de treinador e tudo, mas se fosse minha a decisão, eu já tomaria ela em definitivo, já deixaria o próprio Diniz para não virar essa novela toda aí e até valorizar também o que a gente tem no Brasil. Ele faz um grande trabalho no Fluminense-RJ, como fez em vários outros clubes, mas isso é uma visão de cada um, a gente tem que respeitar. O presidente Ednaldo, ele tem conduzido aquela entidade com muito zelo, então com certeza ele sabe o que está fazendo“.
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