A classificação do Real Brasília para mais uma final de Campeonato Candango ao bater o Cresspom na tarde desta quarta-feira (16), foi acompanhada de uma ótica especial – a auxiliar de Pia Sundhage, Beatriz Vaz, esteve no estádio Defelê para prestigiar o duelo.
Em uma conversa em primeira mão com a reportagem do DF Sports+, Beatriz explicou que a Seleção quer estar mais perto das possíveis selecionáveis.
A gente tem procurado acompanhar, temos viajado e estado perto e houve a possibilidade de vir para cá. Em Brasília tem times com muita representatividade no cenário nacional. Ficamos contentes pela possibilidade de vir. Essa é a nossa proposta – estar perto.
Beatriz Vaz, auxiliar técnica da Seleção Brasileira
Ao ser questionada como funciona a escolha das atletas, a auxiliar explica que a ideia é ir em diferentes regiões do país. “Temos procurado conhecer cada vez mais. Algumas orientações são dadas [pela Pia, sobre quem observar]. Vamos em diferentes jogos, em diferentes ambientes, e tem dado resultado”, aponta.
Segundo Beatriz, o futebol de Brasília, mesmo que em processo de evolução, é visto com carinho na Seleção e no cenário brasileiro. “Dentro do futebol feminino as referências são muito positivas. São times que gostam [do esporte], que se propõem a fazer algo muito organizado, não só dentro de campo, mas fora também”, destaca.
Por fim, a auxiliar deixou um recado para as meninas da capital do país que sonham em trilhar carreira no futebol. Ouça:
Dos gramados para a comissão técnica
Beatriz Vaz integra a Seleção Brasileira desde o final de 2017, meses depois de anunciar sua aposentadoria. Esteve na Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019, na França, ao lado do ex-treinador Vadão. Hoje, integra o grupo de auxiliares da treinadora sueca Pia Sundhage.
Como atleta, passou por Ferroviária e Flamengo, no qual conquistou dois Campeonatos Brasileiros, um em cada. Atuou nos Estados Unidos e ficou mais de cinco anos na Seleção Brasileira, época em que foi coroada campeã da Copa América de 2014.
O DF é amarelo!
Convocações para a Seleção Brasileira não é nenhum fator de surpresa no futebol feminino de Brasília. Entre equipe principal e de base, nos últimos meses, o futebol candango ostenta quatro convites para servir o país.
A primeira, Nycole Raysla, de 20 anos. Hoje, ela joga no Benfica de Portugal, mas carrega na bagagem passagens por Ceilândia, Cresspom e Minas Brasília, último clube antes de partir rumo à terras lusitanas.
Na goleada contra o equador por 6×0, no fim do mês passado, a centroavante esteve em campo na segunda etapa, e precisou de pouco menos de 45 minutos para mostrar o potencial com dribles desconcertantes, assistência e um pênalti sofrido, que culminou no quinto gol.
Com apenas 22 anos, Victoria Albuquerque já é campeã da Libertadores e do Brasileirão pelo Corinthians, porém, antes de ir para São Paulo, onde também foi eleita revelação e melhor meio-campo do Campeonato Brasileiro Feminino A1 de 2019, a atleta defendeu por três anos as cores do Minas Brasília.
Em setembro, a meia-atacante foi um dos nomes lembrados pela treinadora Pia Sundhage para um período de treinamentos na Granja Comary, com foco nos Jogos Olímpicos de Tóquio de 2021. Na base, Vic disputou duas Copas do Mundo sub-20 e venceu o Sul-Americano sub-20 de 2018.
E por falar em base, o Minas Brasília tem mais uma joia em mãos. Em outubro, a meia Giulia Giovana, 16 anos, foi convocada pela primeira vez para a Seleção Brasileira sub-17. Em novembro, um novo convite, dessa vez, para disputar jogos preparatórios diante do Chile, em Santiago.
Por último, Rafa Soares, de 20 anos. Embora não seja natural da capital do país como as citadas, a mineira atualmente defende as cores do Real Brasília, e em novembro, figurou na Seleção sub-20 para treinos visando a disputa da fase final do Campeonato Sul-Americano da categoria, remarcado para janeiro de 2021, na Argentina.