Relembre quem são as promessas que surgiram no futebol candango

Foto: Divulgação/CBF

Não é novidade que o DF revela múltiplos talentos que fazem sucesso no futebol brasileiro e mundial. Alguns surgem como grandes promessas, nem todos vingam, mas todos saem muito cedo para times de maior prestígio nacional. Um dos principais fatores para a saída precoce é a falta de investimento no futebol local.

Em pesquisa detalhada, o DF Esportes trouxe alguns nomes que surgiram entre o final dos anos 80 e começo de 90, e que ainda atuam no futebol profissional. Hoje, esses atletas estão com idade entre 29 e 33 anos. Grande parte atua fora do Brasil após obter destaque no cenário nacional.

Na lista feita, Gama, Santa Maria e Planaltina são as Regiões Administrativas que mais aparecem. A maior parte dos atletas também passou pelas escolinhas do Instituto Zé Vasco e Guaraense.

Relembre um pouco da trajetória dos atletas que iniciaram carreira no futebol do DF.

Vaná

Foto: Divulgação

Natural de Planaltina, o goleiro Vaná tem boa carreira fora do Brasil. Atualmente vestindo a camisa do Aris Limassol, do Chipre, ele jogou no Instituto Zé Vasco e depois foi para a base do Planaltina. O arqueiro começou sua carreira no Gama, e logo saiu para o sub-17 do Athletico Paranaense. No ano seguinte, foi para o Coritiba, onde atuou pouco e foi emprestado depois para Canoas, Chapecoense e ABC, até ir para o futebol português.

Se destacou rapidamente pelo Feirense e foi contratado pelo Porto, onde fez apenas 10 jogos. Ainda no futebol português, passou pelo Famalicão, onde voltou a ter destaque e encaminhou a sua ida para o futebol cipriota, onde está na sua segunda temporada.

Jhon Cley

Foto: Marcelo Sadio

Natural de Santa Maria, Jhon Cley foi criado no futebol de Brasília e esteve no sub-15 do Brasiliense entre 2008 e 2009. Em 2011, chegou ao Vasco após passagem rápida pelo Olé Brasil-SP. Na base cruzmaltina, se destacou na Copinha e foi campeão da Taça BH em 2013. No mesmo ano, estreou nos profissionais.

O meia fez 54 jogos pelo Vasco e marcou três gols, sendo vendido ao futebol saudita em 2015. Depois, passou por Goiás, Boa Esporte, CSA, Marítimo-POR, Caxias, Brusque e Figueirense. Atualmente, está no futebol vietnamita, com dois gols em quatro jogos.

Felipe Anderson

Também nascido em Santa Maria, Felipe, o mais conhecido da lista, deu os seus primeiros dribles no campo de terra do projeto social da PMDF. De origem humilde, chamou atenção de escolinhas e jogou no Federal e no Gaminha, onde disputou campeonatos como federado. Em 2006, com apenas 12 anos, um empresário vindo de Curitiba o convidou para fazer testes no Astral, time paranaense. Ele foi com apenas R$ 15 no bolso, acabou aprovado e logo chamou atenção do Coxa.

Felipe foi para a base do Santos em 2007, e de lá só saiu em 2013, após conquistar a Libertadores pelo clube. Passou pelas Seleções de base e foi convocado também para a categoria principal, inclusive na ‘Era Tite’. Então, foi para a Lazio, onde teve grande destaque e acabou contratado pelo West Ham para jogar a Premier League em 2018. Apesar de ter tido um destaque no início, acabou perdendo espaço e foi emprestado para o Porto em 2020. No ano seguinte, retornou para a Lazio, onde segue se destacando aos 29 anos.

Leandro

Foto: Divulgação/CBF

Mais um talento nascido no Gama, Leandro começou sua trajetória no Guaraense, mas foi emprestado ao alviverde para a disputa da Copa Santiago em 2010, tradicional torneio sub-17. O Periquito foi vice-campeão e o jovem atacante chamou atenção do Grêmio, que o levou para os juniores em 2011. No mesmo ano, Renato Portaluppi promoveu o habilidoso jogador, que logo caiu nas graças da torcida. Leandro chegou a ser convocado para o Pan-Americano de 2011 para defender a Seleção Brasileira.

Mesmo na base da Seleção, Leandro perdeu espaço no Grêmio em 2013 e foi emprestado ao Palmeiras, onde sagrou-se artilheiro do time, chegando a ser convocado para a Seleção Brasileira principal. Foi adquirido em definitivo pelo Porco, mas acabou emprestado para o Santos e Coritiba. No Coxa, ele voltou a ter destaque, e em 2017, foi vendido para o futebol japonês, onde atua até hoje pelo FC Tokyo.

Marcos Júnior

Também do Gama, Marcos, que foi apelidado de “Kuririn” pela semelhança com o anime DragonBall Z, é da mesma geração de Leandro. Logo aos 15 anos de idade, ele chegou a Xerém e lá foi feliz sendo bicampeão brasileiro. Era tratado pela torcida como um amuleto, e em 2018, aceitou proposta para atuar no Yokohama Marinos.

No Japão, já conquistou dois títulos da Liga e um da Supercopa. O atacante, conhecido por sua velocidade, foi artilheiro da Liga em 2019, e desde então, soma 38 gols. Com 30 anos, Marcos Júnior é ídolo da torcida do Yokohama Marinos.

Rafinha

Foto: Divulgação

Rafinha nasceu no Maranhão, mas aos quatro anos chegou no DF junto de sua mãe Edilma. O pequeno atacante de 1,64m começou na Escolinha do Guaraense, e até hoje é exemplo para todos os alunos que passam por lá. O humilde garoto chamou atenção do CFZ-DF e logo foi para o CFZ-RJ. Em 2010, com 16 anos, ele chegou ao Flamengo, seu time de coração.

Em 2013, fez sua estreia como profissional com grande destaque e 43 gols na temporada. De 2014 em diante, foi emprestado para Bahia e Atlético-GO, e também chegou a jogar na Coreia do Sul e na Tailândia. Em 2018, foi em definitivo para o Avaí, e posteriormente atuou por Cafetaleros, do México, São Bento-SP e The Strongest, da Bolívia. Em 2023, disputou o Pernambucano pelo Maguary, mas acabou sendo dispensado por indisciplina.

Henrique Almeida

Foto: Mourão Panda

Nascido em Taguatinga, o atacante de 31 anos foi mais um com passagem pelo Guaraense. Seu brilho repentino o fez chegar ao Athletico já aos 15 anos. Rapidamente, foi para o São Paulo, e lá foi convocado para a Seleção sub-20. No Mundial sub-20 de 2011 foi artilheiro e escolhido craque da competição. Apesar disso, não conseguiu o mesmo destaque no profissional.

O atacante atuou também por Granada-ESP, Botafogo-RJ, Bahia e Grêmio, mas só voltou a ter um prestígio no Coritiba. Os 24 gols marcados em dois anos pelo Coxa o fizeram ir para o futebol turco e também português. Teve lesão grave no Goiás e só retornou em 2021, na Chapecoense. Em 2022, conseguiu ser importante no América-MG e permanece como peça fundamental do elenco. Neste ano, Henrique atuou contra o Cruzeiro no Mané Garrincha, e marcou o gol da vitória.

Edigar Junio

Divulgação: V-Varen Nagasaki

Edigar é filho de Bibi, artilheiro do futebol amador do Gama nos anos 80/90. O atacante jogou em várias escolinhas, entre elas, do ex-jogador Romualdo e também no Guaraense. Na escolinha do Internacional, o atacante fez testes na Espanha, mas por falta de passaporte, retornou ao Brasil e logo foi ao Fluminense, onde ficou por oito meses.

Após mais um bate e volta fora de Brasília, Edigar, já com 17 anos, continuou treinando em algumas escolinhas. Dessa vez, rapidamente conseguiu ir para o PSTC, do Paraná e só voltou a sua cidade natal para passar férias. No ano seguinte, foi para o Athletico, mas lá não conseguiu destaque e foi emprestado para o Joinville, onde marcou muitos gols. No Bahia, ele foi muito bem, marcando 44 gols em três anos. Em 2019, foi emprestado ao Yokohama Marinos, do Japão, e depois foi adquirido pelo V-Varen Nagasaki, onde já está há quatro temporadas.

Jobson

Foto: Divulgação/Instagram

Jobson é nascido no Pará, mas foi jogando pelo Brasiliense que ele foi revelado para o futebol. No DF, foi campeão dos juniores em 2007 pelo Jacaré, e em seguida, emprestado ao Samambaia para a Segundinha. No ano seguinte, Jobson foi o artilheiro amarelo na Série B, com nove gols marcados. Foi emprestado ao Jeju, da Coreia do Sul, e depois ao Botafogo, onde se projetou nacionalmente. No alvinegro, foi essencial na campanha que manteve o time na Série A.

Apesar de escândalo de doping por uso de drogas, o Botafogo aceitou renovar com Jobson, que se destacou novamente. Porém, logo foi emprestado para Atlético-MG, Bahia, São Caetano e também para o futebol árabe. Em terras sauditas, se recusou a fazer exame antidoping e, mais uma vez, foi punido. Ficou três anos sem jogar após ficar preso por acusações de estupro e por ter matado um homem em acidente de trânsito. Acertou o retorno ao Brasiliense em 2018 e foi emprestado ao Capital, onde conquistou a Segundinha, mas no Jacaré não foi bem.

Entre 2019 e 2020, rodou por diversos times e, em 2021, chegou a acertar com o Luziânia, mas logo deixou o time para atuar em Rondônia. Em seguida, foi para o Capixaba jogar a Copa Espírito Santo, onde foi artilheiro. Também passou por outras equipes menores antes de ir para o Rio Branco jogar o Paranaense, mas após cinco jogos, foi dispensado. Atualmente, está sem clube.

3 thoughts on “Relembre quem são as promessas que surgiram no futebol candango

  • Deixaram de citar o nome do Gustavo ledes saiu da escolinha aqui do Gama ( cruzeirinho ) foi direto para o Barcelona , jogou nas seleções de base de portugal , ate o sub 20 , esteve no Rio ave ( portugal ????????) voltou para Espanha , hoje está no Chipre ( AEK LARNACA ) . Sou o pai dele , qualquer dúvidas e perguntar …..

  • Outra coisa , gostaria de saber quem deu a INFORMAÇÃO PARA VCS Q O LEANDRO SAIU DO QUARAENSE ? Saiu da minha escolinha junto com GUSTAVO LEDES ( meu filho ) procuram saber direitinho a trajetória do LEANDRO, os 2 jogaram juntos ….

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