Semifinal eletrizante confirma que o sonho da final é Real

Foto: Júlio César Silva

Pelo jogo de volta da primeira semifinal do Candangão, Real Brasília e Paranoá gladiaram no Estádio Defelê. Além da vaga na decisão, a partida valeu também vaga na Série D, Copa do Brasil e Copa Verde de 2024. O Real Brasília jogou com a vantagem do empate após ter conquistado a melhor campanha na primeira fase da competição.

Os dois times buscavam o feito inédito de chegar na final, mas foi o Real que se deu melhor na missão. O jogo foi eletrizante e terminou empatado em 1 a 1, com os dois gols sendo marcados após os 36 minutos da segunda etapa. Lucas Victor, do Paranoá, e Luquinha, do Real, mostratram protagonismo mais uma vez, só que o atacante do Leão que sorriu no fim.

As duas próximas partidas do Real Brasília serão as mais marcantes da recente história da equipe no futebol masculino. A vaga na decisão garante à equipe o calendário cheio em competições nacionais no ano de 2024. O resultado carimbou a grande campanha feita na primeira fase, e é o auge do projeto iniciado em 2016.

O Paranoá não terá mais calendário nesta temporada, mas deixa um bom legado para os próximos anos, já o Real aguarda o desfecho do duelo entre Brasiliense e Capital, marcado para amanhã.

Primeiro tempo

Com três minutos, Emerson Mineiro fez boa jogada pela direita e chutou bem, ao lado do gol. O Paranoá começou com uma postura bastante ofensiva e tinha mais posse de bola. Logo aos cinco minutos, Uederson, que estava jogando no sacrifício, sentiu a coxa e foi substituído por Luquinha. A Cobra Sucuri teve então mais uma boa chegada com Willian Júnior, que tocou para Luiz Meneses e deu chute venenoso ao lado do gol.

O Real aparentava nervosismo e, com 16′, já havia tomado três cartões na partida. Em sequência, Douglas Rato avançou pela direita e cruzou para Daniel Guerreiro, que finalizou de primeira, por cima do gol. O Leão do Planalto teve a sua melhor oportunidade em cobrança de falta de Guilherme, que obrigou Matheus Damasceno a fazer uma excelente defesa.

Após a parada técnica, Daniel Guerreiro brigou e a bola sobrou para Willian, que arrematou com muita força para fora da meta. O Real conseguiu dar uma freada no ímpeto do Paranoá que, apesar da posse de bola, não conseguia oferecer grande perigo. Os mandantes chegaram a conseguir acertar a trave com Luquinha, mas o atacante não estava em condição legal.

Apesar do laudo de torcida única, a torcida do Paranoá compareceu sem trajar o uniforme do clube. Embalados pelos cantos dos torcedores, o PEC buscava infiltrar na defesa do Real, só que os mandantes se fechavam com perfeição. Principalmente a dupla de zaga Hyago e Josué, que fazia mais uma partida excelente, dificultando as investidas paranoaenses.

Segundo tempo

A bola mal rolou no meio de campo e Marcos Paulo já serviu Luquinha, que soltou o pé para espalmada do goleiro Damasceno. A volta do intervalo foi com um jogo truncado e com poucos espaços aparecendo dos dois lados. Já aos 10′, Vandinho tentou cruzamento e a bola quase encobriu o grandalhão Wendell, mas saiu na linha de fundo.

Com 17′, Caio Mendes cruzou para Luquinha que bateu no canto do goleiro Damasceno, porém, o assistente anulou o gol por impedimento que foi confirmado pelo VAR. A anulação foi um balde de água fria para a torcida e também para o time do Real, que vibrou bastante com o gol.

Já aos 30′, Lucas Victor avançou pela direita e quase Jayme conseguiu antecipar o goleiro Wendell, que fez a defesa em dois lances. Com muitos atendimentos médicos, o jogo parava bastante na etapa final. O mesmo Lucas Victor deixou Jayme na cara do gol, o atacante chutou forte e a bola explodiu no peito do lateral Douglas Rato.

O Paranoá ia para cima nos minutos finais e, com 36 marcando no cronômetro, Vandinho cruzou e Lucas Victor, autor do gol da classificação para as semifinais, apareceu para brilhar mais uma vez, cabeceando para o fundo das redes. O placar parcial dava a vaga na final para o Paranoá. O Real tentou responder rápido em cobrança de falta para Marcos Paulo, que cabeceou por cima do gol.

A Sucuri chegou muito perto do segundo gol, Nathan arrancou pela esquerda, só que chutou fraco para defesa de Wendell. Já aos 46 minutos, em chute de Luquinha, houve um toque no braço do zagueiro Dedé, o VAR chamou o árbitro Rodrigo Raposo, que assinalou a penalidade. Luquinhas foi para a bola e cobrou com perfeição, no canto direto, marcando o gol que recolocou o Real de volta na final do Candangão.

No último lance de ataque, Paranoá teve lateral cobrado na área, Nathan emendou uma linda bicicleta, que acabou terminando nas mãos do goleiro Wendell.

Ficha técnica

REAL BRASÍLIA 1 X 1 PARANOÁ

Campeonato Candango, semifinal, jogo de volta
Estádio Defelê, Vila Planalto – 01/03, 15h

Público: 491 pessoas
Renda: R$ 2625

Árbitro: Rodrigo Raposo;
Assistente 1: Lehi Sousa;
Assistente 2: Milton Alves;
Quarto Árbitro: Marcello Rudá;
Inspetor: Rodrigo Paulino;
Árbitro de Vídeo: Rafael Diniz;
Assistente VAR: Leila Cruz.

Real Brasília

Wendell; Caio Mendes, Josué, Hyago e Gabriel Lima; Tiago Ulisses, Igor Feijão e Guilherme (Maxwell); Uederson (Luquinha), Marcos Paulo e Matheus Jesus (Juan).
Técnico: Gérson Ramos

Gols: Luquinha (49, 1º tempo)
Cartões amarelos: Marcos Paulo, Hyago, Josué, Luquinha, Giba (2)
Cartão vermelho: Giba.

Paranoá

Matheus Damasceno; Douglas Rato, Dedé, Medeiros e Vandinho; André (Filipe Werley) , João Carlos, Luiz Meneses (Gabriel Pedra) e Willian Jr (Nathan) ; Emerson Mineiro (Lucas Victor) e Daniel Guerreiro (Gabriel Pedra).
Técnico: Luis Carlos Souza

Gols: Lucas Victor (36, 1º tempo).
Cartões amarelos: Dedé (2), Lucas Victor
Cartões vermelhos: Dedé.

Receba as notícias no seu celular

Agora, você recebe todas as notícias direto no seu celular, para acompanhar tudo da palma da mão. Basta clicar neste link que você será direcionado para a nossa comunidade no WhatsApp.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *