Tricampeão: Ceilândia bate o Capital nos pênaltis e conquista o Candangão BRB 2024
Neste sábado (6), Capital e Ceilândia entraram em campo para o 51º e último jogo do Candangão BRB 2024, na Arena BRB Mané Garrincha. Quem vencesse levantaria a taça e, em caso de empate, a disputa da taça iria para os pênaltis. Em campo, um jogo truncado, com boas chances de gol, mas que ficou marcado pela chance clara perdida por Cabralzinho no primeiro tempo, frente ao gol do Luan Santos.
Com o empate garantido, as penalidades decidiram o campeão da temporada. Após uma bela disputa entre os goleiros, quem levou a melhor foi o Thiago Santos, do Gato Preto, que pegou quatro cobranças, ajudou o Ceilândia a conquistar o título e, ainda por cima, a receber o prêmio de R$ 1 milhão.
Primeiro Tempo
As equipes começaram fazendo aquele típico jogo de final. Ambos trabalhavam a bola, iam conhecendo os espaços, mas com um certo receio de atacar. Aos 8’ veio a primeira grande chance de gol e que tirou o “uh” da torcida vindo dos pés de Cabralzinho. Romarinho veio carregando a bola por dentro, viu o companheiro livre pelo lado esquerdo, rolou pro camisa 10 que ficou de frente pro gol, bateu rasteiro, mas mandou à esquerda de Thiago Santos.
Diferente do primeiro jogo, o Ceilândia buscava mais o campo de ataque, forçando o Capital a jogar um pouco recuado. Em outra boa oportunidade do Gato Preto aos 11’, Kennedy recebeu pelo lado direito, avançou até a quina da área e fez o cruzamento. A bola passou pelo Romarinho e Felipe Clemente, porém nenhum dos dois conseguiu desviar para as redes.
Em questão de faltas e cartões, a partida era tranquila até os 24’ quando o Cabralzinho pegou firme o Wallace Pernambucano no grande círculo central, levando o primeiro amarelo do jogo. No minuto seguinte, Bosco também fez falta em Wallace Pernambucano e foi advertido com o cartão amarelo. Na cobrança da infração, o Coruja resolveu assustar o Ceilândia aos 26’. Romarinho jogou a bola na área, ela passou por todo mundo e ia entrando, mas o Thiago Santos se esticou inteiro, fazendo a defesa.
O Capital tentava chegar ao campo adversário aos poucos. Aos 36’ e na individualidade, Lucas Oliveira partiu do campo de defesa costurando a marcação do Gato Preto, chegou próximo a meia lua da grande área e mandou de canhota, porém a bola passou longe da meta defendida por Thiago Santos. Aos 42’, em falta lateral, Wallace Pernambucano cobrou a bola baixa, só que a zaga do Ceilândia tava esperta e conseguiu cortar lá de dentro da área.
Apesar do nível técnico ter caído, a equipe alvinegra estava mais concentrada em campo e, nos minutos finais da primeira etapa, conseguiu fazer mais uma finalização. Paulinho recebeu na intermediária, trouxe pra dentro e mandou de canhota, porém a bola subiu muito e foi pra fora.
Segundo Tempo
Logo no início da etapa final, a torcida do Ceilândia teve sua participação mais ativa no jogo. Jogando papéis em direção ao gramado, o jogo parou por dois minutos, até que todos fossem retirados da linha próximo ao assistente nº 2, Lucas Costa Modesto. A primeira finalização do segundo tempo veio pelo lado do Coruja. Aos 7’, Euler saiu jogando errado nos pés do Romarinho, ele arriscou de muito longe, por cima do gol.
Seguindo incisivo no ataque, o Capital quase abriu o placar na Arena BRB Mané Garrincha aos 10’. Renan Luís pegou pelo lado esquerdo, fez o cruzamento buscando a segunda trave, ela viajou e acabou acertando o travessão de Thiago Santos. O Gato Preto chegou com perigo pela primeira vez na etapa final aos 15’. Kennedy foi a jogada individual frente a área e rolou pro Cabralzinho, que tava livre, mas a bola veio forte e o camisa 10 não conseguiu o domínio, que o deixaria em excelentes condições de marcar o primeiro do jogo.
Aos 20’, o Coruja veio ao ataque novamente, se aproximando do gol do Ceilândia. Felipe Guedes foi acionado na lateral, trouxe pro meio e serviu o Romarinho. O camisa 10 tricolor ajeitou e mandou colocado em direção ao gol, mas no meio do caminho estava Badhuga, que cortou de cabeça.
As chances de gol foram ficando mais escassas, só que não deixaram de surgir. Weriton foi lançado pela direita aos 30’ e fez o cruzamento para dentro da área encontrando o Deivão. Ele dominou, ajeitou e rolou para trás, na chegada do Felipe Guedes, que emendou de pé direito, mas ela explodiu na zaga e ficou fácil pro Thiago Santos. Os minutos finais ficaram marcados pelas muitas paradas para atendimento e substituições, fazendo a decisão ir, pelo segundo ano seguido, para as disputas de pênaltis.
Pênaltis
Depois do sorteio, ficou decidido que os pênaltis seriam cobrados no gol próximo à torcida do Capital. E para a alegria da torcida Coruja, Pedro Bambu cobrou mal e Luan Santos caiu para a defesa. Na vez do Capital, Romarinho também desperdiçou. Ele bateu buscando o canto direito, mas a meia altura e Thiago Santos espalmou. Na segunda rodada da disputa, Euler abriu a contagem. O zagueiro deslocou o goleiro Luan Santos e abriu o placar. Pelo Capital, Leozinho mandou chute forte, só que o Thiago Santos voou mais uma vez para defender.
Na abertura da terceira rodada, Júlio César foi confiante para a bola, jogou do lado direito, enquanto Luan Santos caiu pro outro lado, ampliando o marcador pro Gato Preto. Pelo Coruja, Mattheus Silva esperou até o último momento para definir e rolou no canto esquerdo, deixando o Thiago Santos plantado no meio do gol, diminuindo o placar.
Já na terceira rodada das cobranças, Elbinho bateu bem sua penalidade, no cantinho, balançando as redes. Pelo Capital, Maycon Lucas foi pra bola, bateu firme e deixou o time vivo nas disputas de pênaltis. Para a tristeza do Ceilândia e euforia do Capital, Kennedy tomou pouca distância da bola, tentou surpreender, mas o Luan Santos tava esperto e defendeu. Na quinta cobrança para o Coruja, Éder Lima jogou a bola de segurança, mandando no meio do gol e empatando o jogo.
Nas alternadas, Nolasco foi o primeiro a cobrar. Diferente do Kennedy, ele tomou bastante distância da bola, bateu à meia altura e mais uma vez o Luan Santos se esticou inteiro para defender. Na bola que poderia dar o título ao Capital, Deivão chutou no meio do gol e Thiago Santos, bem colocado, defendeu mais uma.
Na sétima rodada da disputa, Railson abriu pelo Ceilândia. O camisa 21 correu, fez a paradinha e mandou rasteiro, no canto, a bola ainda bateu na trave e entrou. Do lado tricolor, Lucas Oliveira foi para a responsabilidade, jogou no canto direito, porém o Thiago Santos caiu para quarta defesa dele na disputa dos pênaltis, que deu o Tricampeonato do Candangão para o Ceilândia Esporte Clube.
Ficha técnica
CAPITAL X CEILÂNDIA
Candangão BRB 2024, final, 2ª rodada
Estádio Mané Garrincha, Brasília – 06/04, 15h
Público: 15.737 pessoas.
Renda: R$ 71.785,00.
Árbitro: Maguielson Lima Barbosa
Assistente 1: Lehi Sousa Silva
Assistente 2: Lucas Costa Modesto
4º árbitro: Matheus de Moraes Silva
Inspetor: Raimundo Nonato Lopo de Abreu
VAR: Rodrigo Batista Raposo
Auxiliar VAR: Leila Naiara Moreira da Cruz
Supervisor VAR: Marrubson Melo Freitas
Delegado: Geufran Almeida de Oliveira
Capital
Luan Santos; Éverton Silva (Weriton), Lucas Oliveira, Éder Lima e Renan Luis (Renan Mota); Felipe Guedes, Deizinho (Leozinho), Marconi (Maycon Lucas) e Romarinho; Kadu Barone (Deivão) e Wallace Pernambucano.
Técnico: Paulinho Kobayashi
Gols: não houve.
Cartões amarelos: não houve.
Cartões vermelhos: não houve.
Ceilândia
Thiago Santos; Paulinho, Euller, Badhuga e China (Elbinho); Bosco (Júlio César), Pedro Bambu e Cabralzinho (Nolasco); Kennedy, Felipe Clemente (Railson) e Romarinho (Luiz Felipe).
Técnico: Adelson de Almeida
Gols: não houve.
Cartões amarelos: Cabralzinho, Bosco e Euler.
Cartões vermelhos: não houve.
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Excelente jogo!!! O futebol nos proporciona alegrias e tristezas, mas alimenta a nossa alma, mesmo não sendo o nosso clube de coração é muito gratificante, ver todos os envolvidos no espetáculo que é o esporte, no espetáculo que é o futebol! Parabéns ao Ceilândia tri campeão, e ao Capital em sua final muito bem disputada!