Vilson Tadei chegou à Brasília em 2019, após subir a Anapolina da segunda para a primeira divisão goiana no ano anterior. O experiente treinador de 67 anos que antes jogou de meia em equipes como São Paulo-SP, Vasco-RJ, Grêmio-RS e Coritiba-PR pode falar com autoridade conhecer o futebol. Os títulos da Série B1 pelo Monte Azul-SP em 2004 e da A2 com o Linense-SP são prova disto. Mas foi no Distrito Federal que teve suas mais importantes conquistas como treinador: o “Carequinha” ou “Pingo de Ouro” como era chamado na época de atleta vem fazendo história por aqui. Bicampeão candango pelo Gama (2019 e 2020), Campeão da Copa Verde (2020 mas disputado em 2021) e campeão candango de 2021 pelo Brasiliense, sendo que dois destes títulos foram conquistados de forma invicta.

O técnico mais vitorioso que o DF já conheceu está de volta ao futebol candango depois de mais uma passagem pela Xata. Sua contratação pelo emergente Capital foi foi um misto de surpresa com esperança para a Coruja, que fez um baita campeonato em 2020 mas viu sua trajetória precocemente interrompida com a eliminação nas quartas de final. Tadei chega com a missão de substituir Rogério Mancini e desta vez, obter um final feliz para o tricolor em 2022.

O DF+ bateu um papo com o treinador onde ele falou à respeito de seu retorno ao DF e o que pensa do futebol candango:

CONVITE DO CAPITAL

“Foi até interessante, eu estava no meu último trabalho na Anapolina, e o tempo (de contrato) foi até o final do mês de novembro. E eu quando estou trabalhando, não fico especulando, arvorando para lá a para cá não. Eu deixo as coisas acontecerem. E depois que terminou (o goiano), eu estava em casa e recebi um telefonema do (Roberto) Patu (Diretor de Futebol) e ele me dizia do interesse do Capital. Manifestei meu interesse que gostaria de conversar para chegar à um denominador comum. Tive outras oportunidades, mas já falei para este ou aquele que tinha uma proposta e que não gosto de deixar outros esperando, que aguardaria uma semana para definir e assim foi. O Patu estava de viagem e ele já me falou “ó, dá um tempo que eu estou chegando para a gente conversar”. Aí já manifestamos alguma coisa e depois conversamos mais para definir e alinhar. Então foi com muita alegria que eu recebi (o convite), muita tranquilidade e humildade porque eu gosto às vezes de ser sério, às vezes brincalhão, mas são situações.

O QUE ESPERAR DA CORUJA EM 2022

” A gente encara isso como um grande desafio, evidentemente a gente sempre vem com o intuito de fazer o melhor. Se a gente vai ser ou não vai ser, a gente não sabe porque não posso prever lá na frente, mas de antemão dizer que a gente vai trabalhar muito e preparar a equipe para que a gente possa ter sucesso. Vamos ver com o grupo, estamos buscando alguns jogadores, e isso é importante, e a gente não está se precipitando no sentido de trazer este ou aquele com muita rapidez, mas com tempo hábil para que ele possa treinar junto com os demais e entrar no mesmo nivel da competição. então, estamos aí atentos sempre na esperança que a gente possa fazer um grande trabalho no Capital também”.

PASSAGEM PELO GAMA

“Olha, é muito trabalho, as escolhas que nós fizemos. Desde quando chegamos aqui no Gama, as nossas escolhas foram muito bem focadas, determinadas, buscando o perfil dos atletas como pessoas e como jogadores. E isso foi preponderante, falar do Gama a gente sabe todos os problemas então, depois do outro ano com a pandemia e tal, continuamos praticamente com a mesma equipe, algum outro jogador que substituiu este ou aquele jogador também ficamos bastante fortalecidos. Isso pra mim foi inédito, porque reverter uma situação que nós nos encontrávamos não era fácil, mas a gente conseguiu”.

BRASILIENSE

“Depois o Brasiliense então a gente tinha, tipo assim, a obrigação de ganhar o campeonato, mas a gente levou com muita tranquilidade o grupo, trabalhando a cabeça dos jogadores, tipo não criar muita ansiedade ou expectativas porque as coisas tinhas que acontecer naturalmente, como de fato ocorreu, conquistamos um campeonato a meu ver muito difícil porque você disputou três fases e terminou as três em primeiro lugar e na final você não tinha vantagem nenhuma. Se o outro (time) faz 1×0, nosso trabalho teria ido por água abaixo. Felizmente as coisas aconteceram, o grupo estava muito focado e a gente conquistou (o título) sendo que a gente anteriormente havia conquistado a Copa Verde, que foi benéfico para o clube e para nós uma conquista muito grande”.

CAMPEONATO CANDANGO

“E agora a gente está aqui, não ´é fácil a gente disputar o campeonato candango. Eu como sou do estado de São Paulo as pessoas falam, “é, o campeonato de Brasília é um campeonato fraco”, qualquer lugar é fraco. Eu sei contestar. Então vamos lá, no RJ tem três times fortes, São Paulo tem quantos, três ou quatro. E o resto? E olha que interior não é fácil não. O bicho pega lá. Aí tem o Paraná, dois ou três, tem o Sul, dois ou três. Então tudo é fraco? Não é assim que funciona. O campeonato candango é difícil e eu fui muito feliz quando estive na Anapolina e fiz dois jogos (treino) com times daqui de Brasília. Samambaia e outro time aqui que não me lembro. E ali eu já percebi como era o futebol de Brasília, para depois de um ano eu estar na Anapolina eu ter uma ideia do que era. Então, parece que não, mas você ter o conhecimento do campeonato é muito bom, da maneira como as equipes jogam. Então a gente sempre se pauteou por esta performance, por este caminho e as coisas têm acontecido. Espero que a gente seja feliz”

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