Veja qual time mais encheu as arquibancadas nas primeiras rodadas do Candangão
Com o fim da pandemia da covid-19, a torcida voltou a comparecer nas arquibancadas dos estádios. Certo que ainda bem longe do sucesso de público das grandes equipes brasileiras, temos que levar em conta que o governo também não ajuda, né? Basta ver que enquanto o maior estádio de Brasília (Mané Garrincha) possui toda a estrutura exigida por Lei para receber torcedores, os outros quinze estádios públicos possuem pendências que estão longe de serem resolvidas pelo descaso da classe política.
O Bezerrão, segundo melhor estádio do DF, segue interditado por conta de reparos no gramado. O estádio utilizado pelo Gama era conhecido por receber milhares de torcedores, já que é acolhido pelo comunidade, e um dos poucos exemplos de sucesso, onde a bilheteria dos jogos realmente servia de fonte de renda para o clube.
Entretanto, uma luz no final do túnel surgiu com a possibilidade da celebração de convênios de gestão. O Real Brasília foi o pioneiro na iniciativa ao realizar parceria com o Clube Vizinhança, a fim de revitalizar o estádio Ciro Machado (Defelê), único estádio particular do DF. Hoje, o local que abriga jogos de todas as categorias do Leão do Planalto é uma das poucas praças a possuir todos os laudos de funcionamento. Tanto que hoje serve de mando de jogo para outras equipes, como Gama e Paranoá.
Outro caso de sucesso foi a Parceria Público Privada (PPP) do estádio JK, localizado na cidade do Paranoá. O local estava sucateado pelas administrações e ganhou um grande investimento do Capital CF para regularizá-lo e servir de “casa”. Hoje, o JK possui todos os laudos necessários, e foi premiado com o melhor público das rodadas iniciais. Em duas partidas, o Capital colocou uma média de 1.800 pessoas nas arquibancadas, superando equipes mais tradicionais como Gama e Brasiliense.
O estádio Serejão, localizado em Taguatinga, também foi alvo de PPP, mas desta vez com o Brasiliense. O clube amarelo também investiu na reestruturação do estádio, mas ainda não o suficiente para receber toda a capacidade que possui para receber torcedores. Com as restrições impostas pelas autoridades, apenas uma parte do estádio Serejão pode receber público (e de quebra com torcida única). Apenas 1.090 pessoas puderam assistir ao maior clássico do DF do estádio.
Outros estádios sonham em ter de volta pessoas torcendo em suas arquibancadas, mas isso está longe de se tornar realidade. Exemplos como Metropolitana (Núcleo Bandeirante), CAVE (Guará), Francisco Pires (Cruzeiro), Adonir Guimarães (Planaltina) e Augustinho Lima (Sobradinho) não têm nem ideia ou projeto de “se” ou “quando” serão regularizados. Enquanto isto não ocorre, o futebol do DF respira com a ajuda dos municípios do Entorno. O Serra do Lago, em Luziânia-GO, é um bom exemplo disto. Apesar de não possuir luxo, o Serra possui todos os laudos necessários para receber partidas de futebol profissional.
Veja abaixo o ranking dos cinco maiores públicos nos estádios nas três primeiras rodadas. Com a reabertura do estádio Rorizão (Samambaia), a tendência é que o público compareça mais e estes números cresçam.
- 1º: Capital 1 x 2 Samambaia – 2.214
- 2º: Capital 0 x 0 Brasiliense – 1.419
- 3º: Brasiliense 1 x 2 Gama – 1.090
- 4º: Gama 2 x 0 Taguatinga – 540
- 5º: Gama 0 x 1 Real Brasília – 221
Desde quando o bezerrao é maior que o serejão?
De três uma, ou a capacidade a capacidade do Defelê é menor que o anunciado, ou muita gente pulou ou murou, ou o Gama divulgou o público a menos. No primeiro deveria ter umas 1000 (estádio estava com mais de dois terços de lotação) e no segundo umas 400 pessoas (perto de um terço). E vamos ver se o próprio capital não inflou público igual, aparentemente, fazia quando jogava no Mané.